GEOGRAFIA - 3.º ANO    AULA 01


O QUE SÃO RECURSOS HÍDRICOS


Recurso hídrico é toda água proveniente da superfície ou sub-superfície da Terra, e que pode ser empregada em um determinado uso ou atividade, podendo também passar a ser um bem econômico. Todo recurso hídrico é água, mas nem toda água é recurso hídrico.

Recursos hídricos referem-se à quantidade total de água disponíveis para o uso humano em um determinado local, seja ela superficial representadas por rios e lagos ou subterrânea armazenadas em aquíferos.


A ÁGUA NO PLANETA TERRA

No planeta, de toda a água existente, cerca de 97,5% é água salgada.


A água doce representa 2,5% de toda a água da Terra, estando em rios, lagos, aquíferos e vapor.

  .

A água doce distribui-se desta forma:

Gelos e geleiras - 77,39%         Águas subterrâneas - 22,03%


Água superficial, incluindo lagos, rios, pântanos e represas - 0,37%


Humidade do solo - 0,18%                Vapor atmosférico - 0,03%


A água tem variados usos para os humanos. É essencial para

a vida: as células humanas são formadas por 70% de água. As perdas de água são repostas diariamente, para manter o equilíbrio.

É usada para cozinhar e para limpeza. O uso da água é indispensável na agricultura e também em várias indústrias. A água se tornará num futuro próximo o liquido mais preciso do mundo.

Apesar de grande parte do planeta ser formado por água, apenas uma pequena parte serve para consumo.  

A quantidade existente no planeta é constante. A água passa pelo ciclo da água, passando por diversas fases.


O CICLO DA ÁGUA, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico, refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, 

subterrâneas e das plantas.

 

A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os seguintes processos principais de transferência:


Evaporação dos oceanos e outros corpos d'água (rios, lagos e lagunas) no ar e a evapotranspiração das plantas terrestres e animais para o ar.


Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar e caindo diretamente na terra ou no mar.


Escoamento superficial sobre a terra, geralmente atingem o mar.



Veja no vídeo a seguir, o que é a evapotranspiração, conheça os "rios voadores" e constate como  o desmatamento da Amazônia interfere na reposição das águas das bacias hidrográficas.


 BACIA HIDROGRÁFICA


A bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso d'água é a área onde, devido ao relevo e geografia, a água da chuva escorre para um rio principal e seus afluentes. A forma das terras na região da bacia fazem com que a água corra por riachos e rios menores para um mesmo rio principal, localizado num ponto mais baixo da paisagem.


Desnível dos terrenos orientam os cursos d'água e determinam a bacia hidrográfica, que se forma das áreas mais altas para as mais baixas. Ao longo do tempo, a passagem de água da chuva vinda das áreas altas desgata e esculpe o releve no seu caminho, formando vales e planícies,


Qual é a região mais seca do Brasil?


A região semi-árida do Nordeste e parte de Minas Gerais no sudeste


Como podemos ver no mapa acima, a região semi-árida contempla todos os estados do nordeste e parte de Minas Gerais no sudeste. Existem alguns pontos onde a seca se tornou alarmante.

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 A economia no continente africano

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A riqueza da África e a exploração das Transnacionais


A riqueza mineral da África é destacada pelas reservas de petróleo e gás natural, o urânio também é um destaque mineral.


Com aproximadamente 30,2 milhões de quilômetros quadrados, a África é o terceiro maior continente. Essa é a região mais pobre do planeta, abrigando os países com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).


O continente africano é muito conhecido pelos problemas socioeconômicos, conflitos étnicos, subnutrição, doenças (a maioria dos portadores do vírus HIV reside na África), entre outros aspectos negativos, entretanto, pouco se comenta da riqueza de seu solo.


A África possui grandes reservas minerais, fato proporcionado em razão de sua formação geológica, que é da idade pré-cambriana, predominante das eras Arqueozoica e Proterozoica. Portanto, essa região é formada por terrenos muito antigos, apresentando condições favoráveis para a formação de minérios.


Atualmente (2010), esse continente abriga cerca de 10% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, com destaque para o Congo, Egito e principalmente Angola, Argélia, Líbia e Nigéria, que integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).


Outro importante mineral encontrado no subsolo africano é o urânio – o continente detém 25% das reservas mundiais. Esse material é de fundamental importância para a produção de energia nuclear. Os maiores produtores são a África do Sul e o Gabão.


A África do Sul, também possui grandes reservas de antimônio, diamante, ouro (maior produtor mundial), manganês, platina, cromo, entre outros.


Entre as principais nações africanas que abrigam reservas minerais estão: Marrocos (fosfato), Zâmbia (cobre), Zimbábue (ouro), Guiné (bauxita), Namíbia (urânio), Uganda (cobre e cobalto), Sudão (ouro, prata, zinco, ferro, etc.), Botsuana, Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, e Gana (diamante).


Com tantas riquezas minerais, por que o continente africano é pobre economicamente? A resposta está na forma de exploração dos recursos, visto que são as empresas transnacionais das nações desenvolvidas (Estados Unidos, Canadá e as nações europeias) que se beneficiam desses recursos.


Nesse sentido, as grandes potências imperialistas se enriquecem e intensificam a pobreza econômica dos países da África.


COMO ISSO FUNCIONA?


As empresas transnacionais tem filias em muitos países, inclusive em paraísos fiscais, assim sendo a empresa vende baratinho para uma filial em um paraíso fiscal pagando pouco imposto aos países africanos. Do paraíso fiscal, onde ela não paga imposto,  vende para o mercado mundial por um preço muito mais alto.


Detalhe: tudo isso é feito no papel, pois, o produto não sai da África para os paraísos fiscais e de lá são exportados. Eles saem direto da África para os mercados mundiais. 


A África do Sul como exemplo


Podemos resumir o que acontece na África a um dos seus países, a África do Sul.


Por que a riqueza exaurida secularmente do subsolo da África do Sul não modificou o modo de vida no país de uma forma com que todos e todas pudessem usufruir de seus benefícios?


Com uma riqueza mineral vasta - incluindo grandes reservas mundiais de cromo, vanádio, manganês, carvão, petróleo, ouro e diamante -, só em 2017, a mineração teve um valor total da indústria de US$ 33,17 bilhões e representou cerca de 60% das exportações do país.


Mesmo assim, camuflada pelo desenvolvimento econômico, o legado de um país minerado por tantos anos tem sido a pobreza econômica de seu povo, sobretudo para os negros.


Cidade do Cabo, capital da África do Sul abaixo, a direita as residências dos brancos ricos, a esquerda as residências do negros pobres.

Dentre a população das favelas, com mais de 25 milhões de habitantes, os negros são maioria, sendo 600 vezes mais pobres do que a minoria de branca.  A população da África do Sul é formada por 79 % de negros; 9,6 % de brancos; 8,8 de mestiços e 2,6 % de indianos/asiáticos.


Com uma população de cerca de 55 milhões de habitantes, o nível de desemprego atual no país é bastante significativo. No início dos anos de 1990, o desemprego na África do Sul era de 50%. Hoje, se somarmos os desempregados oficiais aos que não procuram mais emprego, e portanto, não contabilizados pelo governo, atingimos a 35%”,  todavia, o governo criou uma categoria de emprego do lar que exclui das estatísticas de desemprego mais de dois milhões de pessoas, em sua grande maioria mulheres. Essa divisão empregada não é válida. Somando mais isso, o índice de desemprego no país chega novamente perto dos 50%.


Se o desemprego e a informalidade assolam a economia sul-africana, a má distribuição de renda e os baixos salários são outros fatores preocupantes. A média salarial está estagnada, pois 54% de toda riqueza produzida no país em 1996 era distribuída em forma de salários aos trabalhadores da África do Sul. Hoje, menos de 40% é distribuída.


A mineração acentua ainda mais essa pobreza ao transferir renda nacional ao capital internacional. Os trabalhadores da mineração ficam com menos de 36% de toda renda produzida pelas mineradoras na África do Sul.


Uma economia meramente extrativista baseada na mineração não foi capaz de diversificar e criar uma base industrial, levando a situação calamitosa de desemprego e pobreza da população.


MÃO DE OBRA E CAPITAL ESTRANGEIRO


Tendo a mineração como carro chefe da economia, a África do Sul chamou a atenção do capital estrangeiro. Empresas como Anglo American, AngloGold Ashanti, Impala Platinum e BHP Billiton fizeram da África do Sul seu canteiro de obras.


Desde o início do seu desenvolvimento, no século XIX, a força motriz do trabalho no setor, foi a mão de obra da população negra, que foi submetida a condições precárias de trabalho. 


A MINERAÇÃO NA ÁFRICA DO SUL


Uma das maiores empresas de mineração do mundo, a britânica Anglo American, tem operações em várias commodities no território e emprega mais de 100 mil pessoas, sendo maior empregador do setor privado no país.


Completados seus 100 anos em 2017, a empresa é uma chave importante para compreender o período segregacionista sul-africano, o apartheid, adotado de 1948 a 1994. Isso, porque o domínio do capital estrangeiro, ou seja, de brancos sobre a exploração das minas, é encarado pela maioria negra como um legado do apartheid.


O interesse das mineradoras, como a Anglo American, era, então, poder colocar o negro, a força motriz do trabalho da mineração, ainda mais em condições precárias de trabalho e altamente lucrativa para a elite branca que comanda o sistema minerador do país.


Nada mais lucrativo para esse capital das mineradoras que acentuar a exploração da natureza com uma força de trabalho superexplorada, pois acumula ainda mais pelas duas vertentes possíveis na mineração: com a renda extraordinária da natureza e com a mais valia dos trabalhadores negros.

Destas grandes empresas de mineração de carvão, a BHP Billiton é um dos maiores fornecedores da Eskom e um dos maiores fornecedores para o mercado de carvão de energia marítima.


O negócio de carvão da Anglo American possui e opera nove minas, e atualmente está trabalhando em vários projetos para aumentar a produção para 90 milhões de toneladas por ano.


A África do Sul é o maior produtor mundial de cromo (14.000 Mt), metais do grupo da platina (193 t), manganês (4.7 milhões Mt) e vermiculita (210.000 t). A África do Sul é o segundo maior produtor mundial de ilmenita (1,17 Mt), rutilo (130 000 t) e zircônio (370 000 t).


Cerca de 40% das reservas totais de ouro são encontradas na África do Sul. Além disso,  é o principal fornecedor mundial de vanádio, tendo ainda muito minério de ferro e bauxita em seu território.


E enquanto os ricos depósitos minerais da África do Sul têm sido o foco da capitalização sustentada da mineração em larga escala por mais de 100 anos, a grande quantidade desses corpos ainda oferece uma abundância de oportunidades de mineração lucrativas e diversificadas: as reservas dos grupos de metais raros do país, por exemplo, são esperados para durar mais 335 anos, e suas reservas de carvão de 256 anos.


Mão de obra negra, usada na exploração de ouro e diamantes na África.

A despeito de tanta riqueza mineral, aliado ao expressivo e lucrativo negócio turísticos com as savanas, mais da metade da população mora em favelas.


A África do Sul é considerado o país com a maior desigualdade social do mundo. Se você está achando  injusto como as empresas transnacionais estrangeiras enriquecem com a pobreza do povo africano, olhe para o lado, a mesma coisa vem acontecendo há anos com a exploração do minério de ferro pela VALE, e agora com petróleo do Pré-Sal concedido à exploração de empresas transnacionais.

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AULA COMPLEMENTAR 15

Continente africano e seus

aspectos físicos: Parte I                                 PLAY

Continente africano e seus aspectos físicos: Parte II                                PLAY


Principais características da África


O continente africano é banhado, em suas laterais, pelos oceanos Índico e Atlântico. E ao norte, separando a África da Europa, há o Mar Mediterrâneo. O litoral desse continente é grande - cerca de 27 mil km de mar.

costa africana é regular, ou seja, os acidentes geográficos são poucos. As incidências são algumas baías, golfos e penínsulas. Por causa dessa baixa variação no litoral, o continente tem poucos portos marítimos e a regularidade costeira não é ideal.

As 
coordenadas geográficas da África são formadas pelos Trópicos de Câncer e Capricórnio, além da linha do Equador e pelo Meridiano de Greewnich.

Os paralelos cortam todo o continente por causa de sua ampla extensão. E como o continente está no centro da Terra, o meridiano de grau 0º, o Greewnich, que também está ao centro, corta essa região.

A África é um continente antigo e que os pesquisadores acreditam ser o berço da humanidade. Isso porque diversos fósseis antigos foram encontrados na região. O homo sapiens, por exemplo, foi encontrado em território africano e tem cerca de 300.000 anos. ASSISTA.

O primeiro país a ser um Estado, acreditam os historiadores, foi o Egito, que assim como Grécia Antiga e Roma Antiga teve um momento de ápice e declínio


Relevo


A maior parte do norte da África está coberta pelas grandes extensões do Saara, a 2.ª maior região árida do planeta. Na porção referente ao Saara estão incluídos desertos menores como os desertos da Líbia e da Núbia. Outros desertos menores ao sul da África são os desertos de Kalahari e deserto da Namíbia.

Em meio ao deserto aparecem dois planaltos importantes: Tibesti e Hoggar, na parte central do Saara. O relevo da região também é marcado por depressões, com destaque para a bacia do Lago Assal, 156 metros abaixo do nível do mar.


Na porção noroeste, entre Marrocos, Argélia e Tunísia está a Cadeia do Atlas, um conjunto montanhoso que possui aproximadamente 2,5 mil quilômetros de extensão, com altitudes de mais de 4.000 metros.


Sua localização entre as águas do Atlântico, Mediterrâneo e o Saara contribui para a formação de áreas secas.


Ao longo da margem sul do Saara estão três grandes bacias sedimentares: bacia de Djouf, através da qual corre o rio Níger; bacia do Chade, contendo o lago Chade e a bacia do Sudão, onde está um trecho do rio Nilo. 


O maior pico da África é  o Kilimanjaro, na Tanzânia (5.895 m).

Hidrografia


A África possui alguns rios importantes e caudalosos, mas sua hidrografia não pode ser considerada equilibrada. Seus rios são mal distribuídos por conta da presença de diversas áreas de clima desértico, o que agrava a situação de seca e escassez de água em várias localidades do continente.


Na região do Saara existem muitos rios temporários, também conhecidos como intermitentes, pois o fluxo desses rios diminui no período mais seco até cessar completamente.


Apenas o rio Nilo, o segundo maior do mundo em extensão, com cerca de 6.700 km, não perde o seu fluxo no percurso do deserto para o mar. O Nilo nasce na região equatorial próxima da floresta Nyungwe, em Ruanda. Por desaguar no Mar Mediterrâneo, formando um imenso delta, ele foi historicamente aproveitado para a irrigação e a agricultura.

As regiões equatoriais possuem uma drenagem bastante desenvolvida, principalmente pela presença do rio Congo, detentor da segunda maior vazão do planeta, com aproximadamente 41.000 m3/segundo.


O principal rio da África Ocidental é o Níger (4.800km), já na porção sul destacam-se o Orange (2.200 km), Zambeze (2.574 km) e o Limpopo (1.600 km).


A principal região lacustre está no Grande Rift Valley, onde estão localizados os Lagos Vitória, Albert, Tanganica e Niassa (ou Malawi). Por estarem relacionados ao relevo modificado pelos movimentos das placas tectônicas, esses lagos são chamados de lagos tectônicos.

O Lago Vitória, no platô entre as ramificações do Rift Valley, é o maior lago da África, com uma área total comparável ao território da Irlanda e repleto de nascentes que se dirigem para o rio Nilo.

RIFT VALLEY - ASSISTA O VÍDEO


Clima e Vegetação

Devido a localização geográfica do continente africano existe uma diversidade de climas, desse modo é possível encontrar tropical ou intertropical, mediterrâneo e semi-árido entre outras variações climáticas.


No entanto, o que predomina é o clima intertropical, dessa forma as temperaturas na região são quase sempre elevadas superiores a 20ºC a média mensal, essa característica climática é determinada pelo relevo presente na costa, por se tratar de montanhas impede a entrada de massas de ar no centro do continente.

As disparidades climáticas existentes na África são responsáveis pelos índices pluviométricos que variam de acordo com as regiões, nas áreas intertropicais onde concentram as grandes florestas ocorre uma grande incidência de precipitação, já em outros lugares praticamente não se desenvolve chuvas, por exemplo, nos desertos.

A partir do contexto climático podemos constatar os seguintes tipos de clima no continente africano.


• 
Desértico - predomina na região centro sul incluindo a Ilha de Madagascar. Na África existe o maior deserto do mundo que é o Saara;

• 
Equatorial - compreende ao centro-oeste. É quente e úmido o ano todo com variações de temperatura de 25 e 30 graus Celsius;

• 
Tropical - é o clima de maior predominância, é seco e quente e tem variações de 22ºC e 25ºC;

• 
Mediterrâneo - é o clima de menor abrangência no continente, predomina em pequenas porções ao sul e ao norte. São regiões mais frias onde a variação térmica é de 15ºC e 20ºC.

Curiosidades sobre a África


A África abriga os animais mamíferos mais mortíferos do mundo: os leões, os elefantes, os crocodilos e o pior deles, os hipopótamos. Apesar de parecer dócil, é agressivo e oferece grandes riscos às pessoas que visitam seu habitat natural. A forma mais comum de ataque é de baixo para cima, quando estão mergulhando em algum lago ou rio. 

6 ANIMAIS QUE MAIS MATAM PESSOAS NO MUNDO: Veja


Além de abrigar os hipopótamos, a África é casa dos elefantes. Isso atraí caçadores e provoca uma matança, principalmente aos elefantes marfim. A espécie possui chifres com alto valor de marcado.  A "Humanidade" matou 144.000 elefantes em sete anos, 30% dos que restavam.

continente africano também sofre com a falta de água potável. O solo da África, no geral, tem muitas impurezas e a população é muito grande para a quantidade de água limpa que o território possui. Por isso, há estimativa de que mais de 300 milhões de pessoas não tem acesso a água limpa.


Apenas 14km separam a África da Europa. A proximidade é tão grande que existe a hipótese do governo dos dois continentes criar uma ponte que facilite o trânsito entre essas duas regiões.


Os BIG FIVE da África: O grupo consiste do leão, do elefante africano, do búfalo-africano, do leopardo e do rinoceronte. O nome de big five foi escolhido pela dificuldade de serem caçados e não pelo tamanho, por este motivo o leopardo encontra-se na lista e o hipopótamo não.

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AULA COMPLEMENTAR 14

África e sua distribuição espacial: Parte I             PLAY

África e sua distribuição espacial: Parte II                PLAY


África

 

A África é  terceiro maior  continente em extensão territorial. O território estende-se por mais de 30 milhões de km2, ocupando, aproximadamente, 20% da área continental da Terra. No continente vivem mais de um bilhão de habitantes, fazendo dele o segundo mais populoso entre os demais.


A África é conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma história milenar, é capaz de contar a história de toda a humanidade.


Apesar da enorme riqueza do continente, muitos países africanos apresentam baixos índices de desenvolvimento, com diversos problemas sociais, como a miséria, baixa qualidade de vidasubnutrição e o analfabetismo.


A população da África é de 1.225.080.510 habitantes e a densidade demográfica é 36,4 hab/km2

 

Na África são faladas mais de mil línguas africanas, além de idiomas como o Árabe, Inglês, Francês, Português, Espanhol, Africanêr, entre outros.

 

São 54 países e 7 territórios independentes.


O continente africano é dividido regularmente em África do Norte e África Subsaariana

A África do Norte é uma região colonizada por franceses e ingleses. Grande parte da população está economicamente ativa na agricultura mediterrânea e na pecuária; Egito e Marrocos destacam-se devido sua relativa industrialização.


A África Subsaariana foi colonizada por europeus, e suas condições de vida é uma das piores. Cerca de 30% da população sofre de fome crônica, sem contar dos conflitos étnicos sobre suas condições socieconômicas que afetam a região.


Eles ainda utilizam a agricultura plantation; que sempre foi um sistema agrícola que produzia, principalmente, produtos tropicais em latifúndios monocultores para a exportação, era muito comum a utilização do trabalho escravo nesse sistema.


A Africa do Sul é o único país que em exceção, relacionado a economia. É o mais industrializado do continente e possui matéria prima como ouro, ferro, pedras preciosas.


Ambas são abrangidas pelo Deserto do Saara, uma ao sul, e outra ao centro. Ou seja, a África Subsaariana, fica abaixo do deserto. 


Deserto do Saara


O deserto do Saara é o segundo maior deserto do mundo com aproximadamente 9 milhões de km2 de extensão. Lembrando que toda a África tem 30 milhões de km2.


Ele localiza-se ao norte da África (entre a África Mediterrânea e a África Subsaariana) abrangendo diversos países do continente africano: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Sudão e Tunísia.


É delimitado pelas fronteiras: Mar Mediterrâneo e Cordilheira do Atlas ao norte, Mar Vermelho a leste, o Sahel ao sul e o Oceano Atlântico a oeste.


A África, também é comumente dividida desta forma:


  • África Setentrional
  • África Ocidental
  • África Central
  • África Oriental
  • África Meridional


África Setentrional


É a maior região do continente em termos de área. A população distribui-se de forma heterogênea pela área, concentrando-se nas porções de maior umidade.


Nessa região, também chamada Norte da África, há uma grande concentração de minérios voltados para o mercado de exportação, ao passo que a agropecuária é pouco desenvolvida, devido às suas condições naturais.


Apenas no Vale do Rio Nilo é que a agricultura desenvolve-se, devido à grande fertilidade do solo, graças às cheias do rio.


África Ocidental

 

A África Ocidental caracteriza-se pela predominância de clima equatorial, vegetação representada pelas savanas e florestas. A população concentra-se especialmente nas regiões ao sul, pois no Saara as condições geográficas não são atrativos populacionais. Nessa área a agricultura é uma das atividades econômicas praticadas, com destaque para o cultivo de cana-de-açúcar, cacau e banana.


África Central


Essa região limita-se com o Oceano Atlântico, a oeste, e regiões montanhosas, a leste. É atravessada por diversos rios, apresenta altas temperaturas, umidade do ar elevada, predominância de clima tropical e presença das savanas.

África Oriental



A África Oriental caracteriza-se pela presença de formações montanhosas, vulcões e lagos. O clima predominante é o tropical, e a vegetação é dos tipos equatorial, savana e estepes, com áreas desérticas.

A economia da região baseia-se na agricultura com o cultivo de café e algodão, voltado ao mercado de exportação. Essa região apresenta baixos índices de desenvolvimento humano e diversos problemas sociais.

África Meridional


Essa região caracteriza-se pela presença de planaltos; clima tropical, desértico e mediterrâneo; e vegetação de savanas, estepes e florestas.

Parte dela é rica em minérios como ouro, cobre e crômio. Em outras partes, é praticada a agricultura, como as plantações de cana-de-açúcar, café e fumo.

A COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA


Existe um motivo e uma explicação para que na África se fale tantas línguas europeias. 

Em 1830 missionários e exploradores adentram no continente com a finalidade de “salvar as almas selvagens”, mascarando pela religiosidade que a verdadeira intenção era a da conquista da África pela Europa.


Em 1884-1885 foi sacramentada na Conferência de Berlim a partilha da África, todo o seu território foi transformado em colônias das grande potências europeias. Como vemos no mapa a seguir

O continente africano foi colônia de potências europeias até a segunda metade do século XX. Sua independência se deu pela ocorrência da Segunda Guerra Mundial, que aconteceu na Europa entre 1939 e 1945. Um acontecimento que envolveu muitos países, dentre eles nações europeias que detinham territórios de exploração no continente africano.


Após o conflito, a Europa ficou bastante debilitada no âmbito político e econômico. O enfraquecimento das nações fez ressurgir movimentos de luta pela independência em todas as colônias africanas. No decorrer da década de 1960, os protestos se multiplicaram e muitos países europeus concederam pacificamente independência às colônias. Porém, a independência de alguns territórios se efetivou depois de prolongados confrontos entre nativos e colonizadores.


As antigas colônias se transformaram em países autônomos, no entanto, a partilha do território foi realizada pelas nações europeias, que não consideraram as divergências étnicas existentes antes da colonização. Desse modo, os territórios estipulados pelos colonizadores separaram povos de mesma característica histórico e cultural e agruparam etnias rivais. Veja a composição étnica da África a seguir:

Tal iniciativa produziu instabilidade política, que resultou em diversos conflitos entre grupo étnicos rivais. Diante dessa situação, as minorias continuaram sendo reprimidas por grupos majoritários, assim como acontecia no período colonial.


O continente está atualmente fragmentado em 53 países independentes. A incidência de conflitos tribais e o neocolonialismo dificultam a instabilidade política e econômica da região.


A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA ÁFRICA

A colonização portuguesa na África está relacionada às suas primeiras incursões no século XV durante as grandes navegações, conhecido como o antigo sistema colonial e depois com o imperialismo do século XIX até a metade do século XX.


Cabo Verde, Madeira e São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique


Esses foram os territórios portugueses na África, não à toa, fala-se português nestes países. Ao longo da história, principalmente no século XX, os portugueses exploraram esses territórios com violência e etnocentrismo, em contrapartida, vários grupos desses países se organizaram em movimentos pró direitos civis dos grupos africanos e pela independência. Após pressões internas (dentro dos países africanos e em Portugal) e externas (outras nações), Portugal reconhece a independência das ex-colônias entre 1974-1975.

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AULA COMPLEMENTAR 13

Diferentes grupos étnicos da população brasileira: Parte I                             PLAY

Diferentes grupos étnicos da população brasileira: Parte II                                PLAY


Composição étnica do Brasil


A composição étnica do Brasil envolve uma ampla diversidade de raças e etnias, tradições, culturas, idiomas e outros elementos.


O Brasil, como se sabe, é um país com uma grande diversidade étnica, ou seja, apresenta uma elevada variedade de raças e etnias. Nesse caso, o termo “raça” não é compreendido em seu sentido biológico, mas sim em seus aspectos socioculturais de modo a diferenciar os grupos populacionais por características físicas externas, geralmente a cor e outros aspectos. Já o termo “etnia” costuma definir as populações com base também em suas diferenciações culturais e linguísticas, envolvendo também tradições, religiões e outros elementos.


Há, dessa forma, uma incontável variedade de tipos que definem a composição étnica do Brasil. Por exemplo, só de indígenas, segundo dados do IBGE, existem cerca de 305 etnias que pronunciam mais de 270 idiomas. Esse número é acrescido às diferentes ramificações de povos europeus, africanos, asiáticos e tantos outros que descenderam dos povos que migraram para o país durante o seu período histórico pós-descobrimento.


De um modo geral, podemos dizer que a composição étnica brasileira é basicamente oriunda de três grandes e principais grupos étnicos: os indígenas, os africanos e os europeus. Os índios formam os agrupamentos descendentes daqueles que aqui habitavam antes do período do descobrimento efetuado pelos portugueses. Com a invasão dos europeus, boa parte dos grupos indígenas foi dizimada, de modo que várias de suas etnias foram erradicadas.


Já os negros africanos compõem o grupo dos povos que foram trazidos à força da África e que aqui foram escravizados, sustentando a economia do país durante vários anos por meio de seu trabalho. Boa parte de nossa cultura, práticas sociais, religiões, tradições e costumes está associada a valores oriundos desses povos. Dentre as etnias africanas que vieram para o Brasil, destacam-se os bantos, os sudaneses e outras populações.


Já os povos europeus que vieram para o Brasil basicamente se formaram de populações portuguesas, além de grupos franceses, holandeses, italianos, espanhóis e outros, que configuraram a matriz étnica predominante no país, segundo vários estudos.


Há de se registrar também a miscigenação dessas diferentes composições étnicas que habitam o Brasil. Por miscigenação entende-se a mistura das diversas etnias, que deu origem a novas populações que resguardaram traços físicos e também culturais de ambas as suas matrizes.


A miscigenação entre brancos e negros originou os povos chamados de mulatos. Já da mistura entre índios e brancos surgiram os mamelucos, considerados como os primeiros brasileiros no período após o descobrimento. Já a miscigenação entre índios e negros deu origem aos cafuzos.


Mas é claro que essa divisão é apenas uma visão simplista, pois é impossível dizer que apenas essas etnias formam a população brasileira, conforme o “mito das três raças” e suas derivações. Na verdade, existem centenas ou talvez milhares de agrupamentos diferentes ao longo do território brasileiro, de modo que qualquer classificação sempre restringirá a um certo limite algo que é muito mais amplo.


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica a população brasileira com base em cinco tipos diferentes de raças: os brancos, os negros, os pardos, os amarelos e os indígenas, cuja distribuição podemos observar no quadro a seguir, elaborado com base em informações obtidas pelo Censo Demográfico de 2010:


População brasileira por cor ou raça, de acordo com o Censo de 2010


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AULA COMPLEMENTAR 12

Formação espacial da América Latina 

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A América Latina é integrada pelos países que possuem língua neolatina, ou seja, francês, português e espanhol.


Com mais de 42 milhões de quilômetros quadrados, o continente americano é o segundo mais extenso do planeta. Sua população é de aproximadamente 925,2 milhões de habitantes, que estão distribuídos em 35 países e em vários territórios que não possuem total autonomia política, como, por exemplo, a Guiana Francesa.

A divisão mais comum dessa grande porção continental é baseada na posição geográfica das terras americanas no globo terrestre: América do Norte, América Central e América do Sul. No entanto, o continente americano também pode ser dividido em América Anglo-saxônica e América Latina, sendo estabelecidas através do idioma e dos elementos históricos e culturais.

O processo de colonização no continente americano foi promovido pelos europeus, com destaque para os espanhóis, portugueses, britânicos, holandeses e franceses, e uma das principais heranças desse processo é a língua. Nesse sentido, as nações colonizadas por países cujo tronco linguístico é o germânico (inglês), pertencem à América Anglo-saxônica. A América Latina, por sua vez, é integrada pelos países que possuem língua neolatina (francês, português e espanhol).

Entretanto, apesar de serem ex-colônias de países de tronco linguístico germânico (inglês e holandês), o Suriname, Jamaica, Trinidad e Tobago, entre outros, são considerados países da América Latina, pois apresentam características históricas e culturais semelhantes às dos latino-americanos.

Outro elemento importante para essa divisão se refere aos aspectos geopolíticos e socioeconômicos, visto que Canadá e Estados Unidos são as únicas superpotências do continente, fortalecendo essa unificação em América Anglo-saxônica. Já as nações latino-americanas estão em processo de desenvolvimento econômico e, a maioria delas, apresenta diversos problemas sociais.

Portanto, os países da América Latina estão distribuídos pelas três regiões geográficas do continente: México (América do Norte) e todas as nações da América Central e do Sul, que apresentam laços históricos e culturais semelhantes.

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AULA COMPLEMENTAR 11

América Latina e seus recentes conflitos: Parte I           PLAY

América Latina e seus recentes conflitos: Parte Il          PLAY


Não existe hoje nenhuma guerra entre países na América Latina. Mas isso não significa que não haja disputas. Pelo menos 12 divergências fronteiriças se desenrolam atualmente na região, envolvendo 15 países latino-americanos.


“Essa é a região que mais recorre à Corte de Haia para resolver divergências dessa natureza”, disse ao Nexo Alberto Van Kleverer, responsável pela defesa da posição do Chile numa disputa que se arrasta há 111 anos com a Bolívia. “Pelo menos os países daqui não têm recorrido à força”, pondera o jurista. A Corte de Haia à qual Van Kleverer se refere fica na Holanda e serve para resolver impasses entre Estados.


O último conflito armado internacional na América Latina ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 1995, entre Peru e Equador, justamente por uma divergência de fronteira, num trecho conhecido como Cordilheira do Condor.


Na época, o Exército equatoriano começou a instalar postos avançados além da linha que os peruanos consideravam como limite de fronteira. As provocações escalaram rapidamente levando a um enfrentamento bélico, com uso de artilharia e bombardeios aéreos. O número de mortos e feridos é um mistério. As cifras oficiais variam de 30 a 350, com os dois governos evitando assumir as próprias baixas.


De lá para cá, outros casos chegaram a mobilizar tropas, mas entreveros de fato não ocorreram. Há no momento, 12 situações em diferentes níveis de tensão e de indefinição entre países latino-americanos. Nenhuma dessas situações envolvem o Brasil, país que é o maior da região e o que mais comparte fronteiras com países vizinhos.


01

Colômbia x Venezuela


Os dois países disputam um golfo no Caribe, importante pelas reservas de petróleo que contém. A Colômbia diz que o limite deveria ser determinado pelas ilhas Los Monjes, que projetam as posses colombianas para além do continente. Já a Venezuela, defende que marcos no continente deveriam ser usados como referência, o que aumenta a posse venezuelana.


A disputa ganhou novo capítulo em 2015, depois que a Venezuela expulsou cidadãos colombianos que viviam em seu território, em retaliação a um enfrentamento entre contrabandistas e forças de segurança na fronteira. Na mesma época, a Colômbia disse que caças de combate da Venezuela violaram seu espaço aéreo, reavivando a animosidade latente.


02

Chile x Bolívia


Os bolivianos reivindicam soberania sobre uma faixa costeira de 400 km contínuos, o que equivale à distância entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O Chile anexou o território durante a Guerra do Pacífico, em 1879, e desde então mantém a Bolívia sem acesso soberano ao mar - situação comparável na América do Sul apenas à do Paraguai, que também não possui litoral.


A disputa dura 111 anos e ocupa o topo da agenda de política externa e de defesa dos dois países, que há 37 anos cortaram as relações diplomáticas. O caso foi levado em abril de 2013 pelo presidente boliviano Evo Morales à Corte Internacional de Haia.


03

Chile x Peru


Assim como a Bolívia, o Peru também perdeu território para o Chile na Guerra do Pacífico. Nesse caso, a divergência está no mar, não em terra. Peruanos e chilenos divergem sobre como traçar a linha imaginária que determina o que é de um país e o que é de outro.


Para o Peru, a linha deve avançar sobre o Pacífico seguindo como um prolongamento da linha em terra, na mesma inclinação, na direção sudoeste, o que tiraria parte do mar chileno. Para o Chile, esse prolongamento deve ser horizontal, paralelo às linhas longitudinais do globo.


Em 2014, a Corte de Haia decidiu que a linha segue como pedem os peruanos até a metade. E, daí em diante, continua como pediam os chilenos. A decisão não pôs fim ao impasse, que se mantém agora em relação a alguns marcos terrestres de apenas centenas de metros.


Na quinta-feira (2), a Justiça militar do Peru condenou um militar a 35 anos de prisão “traição à pátria”, ao passar informações de inteligência ao Chile, envolvendo a disputa territorial.



04

Chile x Argentina


A fronteira austral entre estes dois países é determinada em vários pontos por marcos naturais mutáveis, o que leva a divergências esporádicas. O acordo que perdura até hoje determinou que, a partir da crista da Cordilheira dos Andes, são os rios que determinam a linha fronteiriça - olhando para o norte, sabe-se que é território argentino toda vez que as águas descem na direção leste (direita), e é território chileno quando elas correm na direção oeste (esquerda).


Antes desse acordo, manobras militares e provocações nacionalistas quase levaram os dois países a uma guerra aberta em 1978. A divergência era latente desde 1888, mas só eclodiu quando os dois governos estavam sob controle dos ditadores Augusto Pinochet, no Chile, e Leopoldo Galtieri, na Argentina. Tropas dos dois países chegaram a cruzar fronteiras e aviões de combate faziam rasantes sobre navios de guerra na época. A escalada só teve um fim depois de uma intervenção direta do papa João Paulo II como mediador. De todas, talvez seja a disputa mais adormecida, mas não está completamente resolvida. 


05

Inglaterra x Argentina


Os argentinos reivindicam até hoje a posse do arquipélago formado pelas ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul. A disputa levou a uma guerra contra a Inglaterra em 1982, com vitória britânica. Ao todo, morreram 649 militares argentinos, 255 britânicos e 3 civis em dois meses e meio de intensos combates navais e aéreos a poucos quilômetros da Antártida.


A controvérsia, no entanto, persiste até hoje. A Argentina mantém o tema no topo de sua agenda diplomática - prova disso é a palavra “Malvinas” estampada como primeiro item do menu do site do seu Ministério das Relações Exteriores. Ainda hoje, em jogos de futebol entre os dois países, é comum ver faixas com dizeres sobre a guerra e a posse do arquipélago chamado de Malvinas pelos argentinos, e de Falklands pelos ingleses.


06

Cuba x EUA


O presidente cubano, Raúl Castro, cobrou a desocupação do “território ocupado ilegalmente na base naval de Guantánamo”, em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, em 29 de setembro de 2015.


Guantánamo passou a ser posse americana em 1898 e hoje é usada como campo de detenção para prisioneiros da “guerra ao terror”, iniciada em 2001 pelo então presidente George W. Bush, após os atentados do grupo terrorista Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas, em Nova York.


Como a desativação da base foi uma das maiores promessas de campanha não cumpridas pelo atual presidente dos EUA, Barack Obama, são remotas as chances de que um diálogo sobre esse assunto venha a prosperar por enquanto.


07

Nicarágua x Colômbia


A Colômbia usa um tratado de 1928 para reivindicar a posse de um conjunto de ilhas, mas a Nicarágua rechaça a validade do documento, que foi firmado quando o país se encontrava sob ocupação americana.


Em 2007, a Corte de Haia decidiu em favor da Colômbia com relação à posse das ilhas, mas deixou pendente o traçado do limite entre os dois países pelo mar. Para os nicaraguenses, a linha está mal desenhada, pois - assim como alega o Chile no impasse com o Peru - deveria ser traçada num paralelo com as linhas longitudinais do globo.


08

Venezuela x Guiana


Três quartos do território da Guiana são reivindicadas pela Venezuela. A posse da área de 159 mil km2, chamada Essequibo, é regulada desde 1899 por um pacto firmado entre a Venezuela e o Reino Unido, a quem a Guiana pertenceu até 1966, mas Caracas não reconhece o documento. Se a Venezuela obtiver uma decisão favorável numa instância de arbítrio entre Estados, como a Corte de Haia, tomará para si 75% da Guiana, que já é o terceiro menor país da América do Sul, na frente apenas do Suriname do Uruguai.


No fim de setembro de 2015, o Ministério da Defesa da Venezuela despachou tropas para a fronteira entre os dois países, no que classificou como “exercício de deslocamento operacional”. O governo da Guiana respondeu, dizendo que o vizinho toma “um caminho perigoso em vez de buscar uma solução pacífica”.


09

Guiana x Suriname


A Guiana é, de longe, o país mais ameaçado quando se trata de demandas territoriais. Além de ter de lidar com a reivindicação da Venezuela sobre três quatros do seu território, os guianeses tentam conter ainda o assédio do Suriname, que pede para si o equivalente a 7% do país vizinho.


A disputa entre guianenses e surinameses envolve uma região de selva chamada Tigri, que também faz fronteira com o Brasil. Embora as rusgas tenham se iniciado no século 19, o clima esquentou de verdade em 1969 entre Guiana e Suriname.


10

Guatemala x Belize


Os dois vizinhos centro-americanos divergem sobre a posse de dezenas de ilhas e de uma área de mais de 11 mil km2, o que equivale a metade do Estado de Sergipe ou o dobro da Paraíba. A disputa teve início em 1859 na partilha de territórios que foram colônia da Inglaterra e da Espanha.


11

El Salvador x Honduras x Nicarágua


Os três disputam a fixação de limites fronteiriços no Golfo de Fonseca. O países são pequenos, mas fizeram barulho. O caso foi parar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na Corte de Haia e na OEA (Organização dos Estados Americanos), com sede em Washington.


A Marinha nicaraguense chegou a atacar pesqueiros hondurenhos que estavam supostamente navegando em sua costa. O governo de Honduras reagiu ameaçando usar aviões de combate contra Nicarágua e El Salvador.


12

Antártida: vários países


Quem viaja ao Chile vê todos os dias, em todos os canais de TV, a previsão do tempo para o “Território Antártico Chileno”, que aparece na tela como um corte em “V” sobre um mapa branco, de gelo. Já Buenos Aires determina que crimes cometidos na parte da Antártica que diz lhe pertencer devem ser julgados na cidade argentina de Ushuaia.


Os procedimentos demonstram como o “território internacional” da Antártida é disputado diariamente por vários países. Alguns desses desenhos fronteiriços na Antártida se sobrepõem, envolvendo mais de dois países.


O Tratado Antártico, que entrou em vigor em 1961, defende o uso da região exclusivamente para fins pacíficos, mas não resolve “reivindicações de soberania” prévias à sua adoção, nem tampouco aceita novas demandas de posse sobre territórios.


O problema é que ele deixa congeladas as divergências acumuladas ao longo de décadas de expedições pioneiras europeias, que clamavam para si a posse de pedaços do polo sul.

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AULA COMPLEMENTAR 10

O conceito de América Latina – parte l     PLAY

O conceito de América Latina – parte ll     PLAY


A América Latina é uma porção do continente americano localizada entre o Rio Grande (fronteira entre os Estados Unidos e o México) e a Terra do Fogo (conjunto de ilhas situado no extremo sul da América do Sul).


Nessa porção do continente americano, vivem cerca de 586 milhões de pessoas*. A área total é de 21.060.501 km2, o que resulta em uma densidade demográfica de 27,8 habitantes por km.


Essa regionalização leva em conta a história e as características culturais. O continente americano fica então dividido em América Anglo-saxônica (Estados Unidos e Canadá) e América Latina, que recebe esse nome porque é composta por países que têm como língua oficial idiomas que derivam do latim, como português, espanhol e francês. Por essa razão, o México também está incluído nessa divisão.


Os países da América Latina possuem um passado colonial em comum. A colonização de exploração foi a marca do passado desses países. A maioria dessas atuais nações serviu às suas metrópoles e teve suas economias voltadas à exportação, o que impediu a constituição de um mercado interno consolidado e causou prejuízos que permanecem até os dias atuais. Essa característica também diferencia expressivamente a América Latina da América Anglo-saxônica.


Outra característica histórica que é comum aos países da América Latina é a concentração de terras nas mãos da elite, mesmo após a descolonização. Esse fator é um dos responsáveis pelas marcantes desigualdades sociais e econômicas presentes nesses países. Todavia, apesar de muitas semelhanças, esse conjunto de países possui diferenças que nos permitem agrupá-los em grandes conjuntos regionais:


  • México; América Central; Suriname e Guianas


América Central é a região formada por dois conjuntos de países: a porção ístmica (ligada ao continente) e a porção insular (composta por ilhas).

Suriname e Guiana – países independentes – e Guiana Francesa (departamento ultramarino francês), embora estejam na América do Sul, possuem características socioeconômicas mais parecidas com as dos países caribenhos (América Central).


  • América do Sul:


América Andina: é  marcada pela presença da Cordilheira dos Andes. São chamados andinos os países que compõem essa sub-região latino-americana: Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia e Chile.


América Platina: Os países platinos são aqueles banhados pela Bacia do Prata (Plata, em espanhol), que é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Os países que constituem essa sub-região são: Argentina, Paraguai e Uruguai.

 

Brasil : é  o país mais extenso da América Latina e com maior população. O Brasil é o único país que tem a língua portuguesa como idioma oficial. Faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e do Equador.


De onde saíu o termo América Latina? Veja


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AULA COMPLEMENTAR 09

O “choque de civilizações” no mundo contemporâneo: Parte I

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O “choque de civilizações” no mundo contemporâneo: Parte II

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Em recente pronunciamento no Vaticano, o Papa,  João Paulo 2º exortou os cristãos a trabalhar para evitar um "choque de civilizações". Preocupado com a violência e o crescimento do terrorismo, o papa fez um alerta: "É importante que, no mundo atual, os cristãos sejam homens inclinados ao diálogo". Segundo o pontífice, o grande desafio deste século será encontrar formas de evitar conflitos e guerras no mundo.


A expressão "choque de civilizações", à qual o papa se refere, foi apresentada por Samuel Huntington, professor da Universidade Harvard que publicou em meados dos anos 90 um polêmico artigo em que defendia que os conflitos globais do novo século teriam como motivação desavenças não entre Estados nacionais, mas entre civilizações.


A disputa ideológica entre americanos e soviéticos ou entre capitalistas e comunistas, que marcou o período da Guerra Fria, sucumbiu sob as ruínas do Muro de Berlim no final dos anos 80. Com a desintegração da URSS, rompeu-se o modelo bipolar e reforçou-se a supremacia dos Estados Unidos no papel de liderança política, econômica e militar do mundo ocidental.


Os atentados de 11 de setembro e a declaração de guerra contra o terror, liderada por Washington, recolocam na pauta dos temas internacionais a tese de Huntington. Analistas alertam para o perigo de transformar o combate ao terrorismo num choque entre civilizações, opondo o mundo islâmico ao Ocidente. 


Após a Segunda Guerra Mundial, os impérios coloniais de europeus cederam ante os movimentos de descolonização autóctones, marcados pelo nacionalismo árabe, por vezes laico, e pelo fundamentalismo islâmico. É interessante notar, ainda, que a grande dependência do Ocidente por petróleo, principalmente, desde o fim da Segunda Guerra, permitiu que os países islâmicos acumulassem enorme poder de barganha e fortunas incalculáveis ao longo do século XX.


De certa forma, países ocidentais alimentam com dólares governos islâmicos que, muitas vezes, financiam grupos fundamentalistas e terroristas. O revigoramento do islamismo e o acirramento do choque de cultura entre o Oriente e o Ocidente, neste final de século, está diretamente relacionado com o dinheiro gerado pela exploração de petróleo.


Desde o começo da década de 1970, o preço do barril da commodity deixou de ser mais barato do que água para custar entre 60 e 70 dólares. Aceitar a validade do argumento de Samuel Huntington e perceber que o autor, há mais de uma década, percebera o potencial recrudescimento dos conflitos religiosos não é negar que existam outras variáveis em jogo nas guerras atuais. É difícil refutar a idéia, no entanto, de que muitos conflitos que destroçaram a África e mesmo a Europa na década de 1990, por exemplo, tem raízes no embate entre o Cristianismo e o Islamismo.


O Papa João Paulo II, em 1993, já chamava a atenção para o massacre das minorias cristãs no Sudão, a carnificina entre Bósnia e Sarajevo, a violência entre sérvios e albaneses, a tensão entre búlgaros e suas minorias turcas e entre russos e muçulmanos na Ásia Central.


Enquanto fundamentalistas preparam-se para um choque de civilizações, o Ocidente cala-se diante de qualquer manifestação do mundo islâmico contra sua cultura, contra sua religiosidade e contra seus valores milenares.


Já no Brasil, o materialismo histórico dialético marxista que predomina nas análises acadêmicas nacionais mostra-se insuficiente para entender o que leva uma mãe muçulmana a desejar para o filho o futuro mórbido que espera um homem-bomba. De fato, quando mães, que de maneira inata sempre protegeram seus filhos, passam a fomentar o suicídio, algo tem de estar muito errado. E a teoria de Samuel Huntington consegue dar uma pista do que está ocorrendo.


ASSISTA AO VÍDEO para ententer melhor sobre civilizações e a teoria de Samuel Huntington e a ajuda dos meios de comunicação neste processo.

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AULA COMPLEMENTAR 08

Problemas e soluções Socioespaciais e

Ambientais Urbanos nas Cidades Brasileiras.     

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Aula complementar + atividade


Muitos problemas ambientais nos centros urbanos são causados pela poluição e acarretam transtornos e prejuízos ao planeta.


O desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses locais.


Esses problemas ambientais são causados por diversos fatores antrópicos. Abaixo estão relacionados alguns desses problemas:


Poluição do ar:


A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente.


Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias.


Poluição das águas:


A situação dos rios e córregos é preocupante, pois a poluição das águas afeta diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é jogada nos rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto.


Ilha de calor:


É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura; enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia.


Inversão térmica:


É quando a poluição do ar impede a troca normal de temperatura do ar na superfície, ou seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em baixo e o ar quente e mais leve fica em cima.


Efeito estufa:


Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida.


Erosão:


Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, compactação do solo, etc.


Chuva ácida:


Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano.


Enchentes e desmoronamento:


As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das chuvas não têm para onde escoar.


Falta de áreas verdes:


O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e agrava a poluição do ar.


Poluição visual e sonora:


As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros podem causar transtornos psicológicos na sociedade.

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AULA COMPLEMENTAR 07

A Integração Regional do Mundo e da

América Latina        PLAY

Após o fim das guerras de independência, vários Estados soberanos surgiram nas América Latina,  a partir das antigas colônias espanholas e portuguesa.


Um dos líderes da independência sul-americana, Simón Bolívar, imaginou várias uniões que assegurariam a independência da América espanhola para conseguir resistir às potências europeias, em especial a Grã-Bretanha, e à expansão dos Estados Unidos.


Durante as guerras de independência, a luta contra a Espanha foi marcada apenas por um incipiente senso de nacionalismo. Não ficou claro o que os novos estados que substituíram a monarquia espanhola deveriam ser. A maioria dos que lutaram pela independência identificavam América espanhola como um todo o seu local de nascimento, os quais se referiam como sua pátria.


A experiência da Segunda Guerra Mundial convenceu governos hemisféricos que a ação unilateral de uma nação não poderia garantir a integridade territorial das nações americanas em caso de agressão extra-continental, em especial de incursões soviéticas ou comunista.


 

No final do século XX, muitos líderes latino-americanos viram a necessidade de uma organização alternativa que não fosse dominada pelos Estados Unidos.  O comércio, não só a política, também serviu como o principal objetivo em torno da criação de várias organizações exclusivamente latino-americanas a partir de meados do século XX que resultou no MERCOLSUL.


O Mercado Comum do Sul, conhecido como Mercosul, é um bloco econômico sul-americano formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e outros países associados e observadores.


Foi criado, na tentativa de aumentar a oferta de emprego e renda, melhorar a produtividade e intensificar as relações econômicas entre os países. Esse bloco econômico regional é muito parecido com outros existentes pelo mundo, mas apresenta peculiaridades próprias da região sul-americana.

 

Criação do Mercosul


No dia 26 de março de 1991, na cidade de Assunção, capital do Paraguai, foi assinado o Tratado de Assunção, documento que oficializou a criação do Mercosul, que tem sua sede oficial localizada em Montevidéu, Uruguai. A partir dessa data, estava oficializado o bloco econômico que envolve os quatro países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai

 

Objetivos do Mercosul


O objetivo principal do Mercosul, no início de sua criação, era estabelecer uma zona de livre comércio entre os países envolvidos. Essa zona garantiria a circulação comercial de produtos sem precisar dos trâmites burocráticos em relação a uma exportação.

 

Quais são os participantes do Mercosul?


Os países participantes do Mercosul devem ser distinguidos entre três grupos:


Países-membros: são os países que fundaram o Mercosul ou aqueles que ingressaram após a criação do bloco. São eles: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa desde 2016).


Países associados: países que assinaram tratados de livre comércio com o Mercosul a fim de estimular suas economias e trocas comerciais, mas não possuem as mesmas vantagens que os membros, como a TEC. Nesse grupo, enquadram-se Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.


Países observadores: países que apenas observam as reuniões, participam de eventos para ver o andamento das negociações, mas não possuem direito a veto ou de opinar em alguma cláusula. México e Nova Zelândia são esses países.

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AULA COMPLEMENTAR 06

A Questão dos Refugiados no Mundo     

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O número de refugiados no mundo aumenta a cada ano. Os principais problemas estão relacionados com conflitos políticos e situações de guerrilhas.


Um dos principais problemas, em termos populacionais e a nível global, é a questão dos refugiados. O conceito de refugiado foi regulado pela Organização das Nações Unidas por meio da Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, realizada em 1951 e adotada em 1954.


Segundo a ONU, na convenção em questão, para ser considerada refugiada, a pessoa precisa declarar que se sente perseguida pelo Estado de sua nacionalidade por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas; que se ausentou de seu país em virtude desses termos ou que não consegue a proteção do poder público pelas mesmas razões.


No entanto, é válido ressaltar que uma pessoa deixa de ser considerada refugiada se as condições de perseguição ou temor reverterem-se ou se tornarem injustificadas em função de mudanças políticas ou se, voluntariamente, o refugiado voltar para o país ao qual pertence a sua nacionalidade para fins de residência.


Aqueles refugiados que adquirem uma nova nacionalidade, gozando da proteção desta, também não poderão ser mais considerados oficialmente como tais.


Existem vários tipos de refugiados no mundo, alguns por condições de perseguição política, outros pela existência de conflitos armados e guerrilhas, além daqueles que sofrem com a fome, discriminação racial, social ou religiosa e até os refugiados ambientais, entre muitos outros tipos.


Os dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) revelam um drama crescente: em razão dos conflitos nacionais existentes em várias partes do mundo, o número de refugiados vem aumentando exponencialmente.


Em 2016, esse número chegou a incríveis 59,5 milhões de pessoas, cerca de 22 milhões a mais em comparação com a década anterior. Outro dado alarmante é que mais da metade desses refugiados é menor de idade.


Os principais conflitos atuais que elevam o número de refugiados estão na África e na Ásia, destacando-se, nessa última, o Oriente Médio. Entre esses conflitos, podemos enumerar:


África – oito conflitos: Costa do Marfim, República Centro-Africana, Líbia, Mali, norte da Nigéria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Burundi;


Oriente Médio – quatro conflitos: Síria, Iraque, Afeganistão e Iêmen;


Europa – um conflito: Ucrânia;


Ásia – três conflitos: Quirguistão, Mianmar e Paquistão.


América do Sul - Venezuela


É importante ressaltar que praticamente todos os países produzem refugiados todos os anos. Os casos acima enumerados são os principais deles e estão relacionados com conflitos que geram muitas vítimas e uma série de impactos sociais diretos e indiretos.


Por isso, essas áreas são as que geram mais preocupação não só pela evasão da população, mas também pela série de violações aos direitos humanos que lá ocorrem.


Uma característica marcante da questão dos refugiados no mundo é o fato de a maioria deles – cerca de 86% – deslocar-se em direção aos países emergentes do sul, e não para a Europa e para os Estados Unidos, principais destinos migratórios da atualidade.


A razão para isso é a maior permissividade que os países menos desenvolvidos possuem e, também, o elevado protecionismo dos países desenvolvidos, principalmente na União Europeia, que impõe pesadas medidas de restrições a imigrantes ilegais e também a refugiados.


O Brasil tem cerca de 43 mil pessoas reconhecidas atualmente como refugiadas, informou o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). O número representa mais de sete vezes o registrado no início do ano passado.


Segundo o comitê, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o aumento se explica pelas três levas de aprovação dos pedidos feitos por venezuelanos: uma em dezembro, uma em janeiro e outra em abril — essa, destinada a um contingente de filhos de refugiados da Venezuela. 


A questão dos refugiados no mundo ganha contornos dramáticos, pois, além dos problemas severos que abrangem as suas áreas de origem, ainda existem os problemas que esses migrantes encontram nos locais para onde se deslocam.


Entre esses problemas, destacam-se as diferenças culturais, as dificuldades com idiomas, a busca por emprego e, principalmente, a xenofobia (aversão a estrangeiros) praticada pela população residente das áreas de destino.

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AULA COMPLEMENTAR 05

Distribuição da Riqueza Mundial     

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Desigualdade Global


Os 2.153 bilionários do mundo têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas – ou cerca de 60% da população mundial. É o que revela o novo relatório da Oxfam, “Tempo de Cuidar – O trabalho de cuidado não remunerado e mal pago e a crise global da desigualdade”


A elite mais rica do mundo está acumulando grandes fortunas às custas principalmente de mulheres e meninas pobres que passam boa parte de suas vidas em trabalhos domésticos e de cuidados.


A desigualdade global (e brasileira) está em níveis recordes e o número de bilionários dobrou na última década. E o novo relatório enfoca em um tema invisível, mas que é um dos combustíveis que alimentam essa engrenagem: as economias do mundo são sexistas.


“Milhões de mulheres e meninas passam boa parte de suas vidas fazendo trabalho doméstico e de cuidado, sem remuneração e sem acesso a serviços públicos que possam ajudá-las nessas tarefas tão importantes”

 

As mulheres fazem mais de 75% de todo trabalho de cuidado não remunerado do mundo. Com isso, frequentemente trabalham menos horas em seus empregos ou tem que abandoná-los por causa da carga horária com o cuidado.


Em todo mundo, 42% das mulheres não conseguem um emprego porque são responsáveis por todo o trabalho de cuidado. Entre os homens, esse percentual é de apenas 6%.


As mulheres também são maioria na força remunerada de trabalho de cuidado. Enfermeiras, faxineiras, trabalhadoras domésticas e cuidadoras são em geral mal pagas, têm poucos benefícios e trabalham em horários irregulares. Portanto, sofrem mais problemas físicos e emocionais.


População aumenta e envelhece


E o problema deve se agravar na próxima década conforme a população mundial aumenta e envelhece. Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas vão precisar de cuidado em 2030. Isso representa um aumento de 200 milhões desde 2015. No Brasil, em 2050, serão cerca de 77 milhões de pessoas a depender de cuidado (pouco mais de um terço da população estimada) entre idosos e crianças, segundo dados do IBGE.


Além disso, de acordo com os  dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 30% dos municípios brasileiros (cerca de 1.500) contam com instituições de assistência a idosos. Elas estão localizadas, em sua maior parte, na região Sudeste do país. Assim, 90% do trabalho de cuidado é feito informalmente pelas famílias – e desses 90%, quase 85% é feito por mulheres.


O relatório “Tempo de Cuidar” revela ainda como governos vêm cobrando poucos impostos dos mais ricos e de grandes corporações. Com isso, abandonam a opção de levantar os recursos necessários para reduzir a pobreza e as desigualdades.


Por isso, considerando que os bilionários têm mais riqueza do que 60% da população, consideramos ser esta a receita para uma catástrofe global.


Ainda assim, os governos estão sub-financiando serviços públicos e infraestruturas essenciais que deveriam reduzir o peso do trabalho de cuidado sobre mulheres e meninas. Investir em saneamento básico, eletricidade, creches e saúde, por exemplo, poderia dar às mulheres e meninas oportunidades para melhorarem a qualidade de suas vidas.

A economia deveria ser voltada para 100% da população e não para o 1% mais rico do mundo. Com isso, o desenvolvimento e oportunidades devem ser para todos e todas, e não apenas para o mesmo grupo de privilegiados de sempre: homens brancos e ricos.”

É preciso combater a  riqueza extrema para erradicar a pobreza extrema, e para isso devem ser implementadas algumas medidas para reduzir drasticamente o fosso entre os muito ricos e o resto da sociedade, como tributação de riqueza e rendas elevadas e combate à sonegação fiscal, entre outros.


 Alguns dos principais dados do relatório:


- Os 2.153 bilionários do mundo têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas (60% da população mundial).


- Os 22 homens mais ricos do mundo têm mais riqueza do que todas as mulheres da África.


- Mulheres e meninas ao redor do mundo dedicam 12,5 bilhões de horas, todos os dias, ao trabalho de cuidado não remunerado. Isso representa pelo menos US$ 10,8 trilhões por ano à economia global. O valor é mais de três vezes o valor da indústria de tecnologia do mundo.


- Se o 1% mais rico do mundo pagasse uma taxa extra de 0,5% sobre sua riqueza nos próximos 10 anos seria possível criar 117 milhões de empregos em educação, saúde e assistência para idosos.

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AULA COMPLEMENTAR 04

Da divisão Norte/Sul aos Blocos Econômicos - I       PLAY

Da divisão Norte/Sul aos Blocos Econômicos - II         PLAY

A regionalização norte-sul foi elaborada para designar a atual conjuntura socioeconômica internacional, em substituição à antiga divisão do mundo em países de 1º, 2º e 3º mundo.


Nessa antiga divisão:


O 1º mundo era composto pelas nações capitalistas desenvolvidas, caracterizadas pelo elevado PIB e pelas melhores condições de vida das populações;


O 2º mundo era composto pelas nações socialistas, alinhadas à União Soviética e que se caracterizavam pelo alto grau de estatização de sua economia;


O 3º mundo era formado pelas nações subdesenvolvidas, em especial aqueles países que se declaravam como “não alinhados”, ou seja, que não tomavam partido em favor de nenhum dos dois grandes polos mundiais: EUA e URSS.


Com o fim do segundo mundo e os sucessivos processos de independência da África, que culminaram no aparecimento de novas nações extremamente pobres, a divisão entre os três mundos tornou-se obsoleta.


Considerando que a maior parte dos países subdesenvolvidos se encontra no sul e os desenvolvidos, no norte, criou-se a divisão norte-sul. 


Os países do Norte são caracterizados pelo elevado Produto Interno Bruto (PIB) e pelas condições históricas de poder e acúmulo de riquezas. São representados, em geral, pelos Estados Unidos, União Europeia e Japão. Apesar das boas condições econômicas, nesses países também existem desigualdades sociais e pessoas em condições de acentuada pobreza.


Os países do sul apresentam as maiores taxas de pobreza, violência e problemas sociais do planeta. Sua situação de dependência econômica se deve aos processos de colonização, imperialismo e neocolonização impostos pelas nações consideradas desenvolvidas.


Entre os países do sul, existem aqueles países chamados “emergentes” ou em desenvolvimento, são os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), os Tigres Asiáticos e o México.


Blocos econômicos


Os blocos econômicos são associações realizadas por países em prol do desenvolvimento social, político e econômico de seus membros. Essas alianças são feitas principalmente para garantir ajuda mútua e desenvolver a economia de todos os envolvidos.


Várias são as vantagens para um país de se integrar a um bloco, como a eliminação de tarifas e barreiras alfandegárias e a garantia de desenvolvimento do comércio interno e externo. Por outro lado, algumas desvantagens emergem, como o impedimento de algumas parcerias comerciais.


A importância dos blocos econômicos não se resume a estimular o comércio, seja ele interno, seja externo. Ao falarmos de globalização e dessas grandes transformações econômicas dos últimos anos, devemos entender como as economias capitalistas mudaram em prol do desenvolvimento econômico e social entre países. Houve um grande crescimento empresarial e industrial, com isso instituições empresariais ganharam mercado e influência a nível local, regional e global. 


Origem dos blocos econômicos

 

Após a Guerra Fria, alguns países fizeram alianças para manter o funcionamento do seu comércio interno e externo. Dessa forma, os países-membros realizam entre si a venda de produtos e permitem o tráfego de informações, bens e pessoas, além de dificultaram a entrada de produtos de países que não são membros por meio da criação de barreiras comerciais.


Os primeiro blocos surgiram com a redução de tarifas comerciais. Com o tempo e a evolução do capitalismo, passou-se a observar novas características, como a eliminação completa de barreiras comerciais e alfandegárias, criação de tarifas para comércio com países não membros e vantagens para pessoas físicas e jurídicas no âmbito do desenvolvimento econômico e até social dos membros.


Tipos de blocos econômicos


União aduaneira: consiste numa zona de livre comércio com uma Tarifa Externa Comum (TEC).


Zona de livre comércio: consiste na facilitação comercial com a eliminação de tarifas e barreiras alfandegárias, a fim de garantir o desenvolvimento econômico e comercial. 


Mercado comum: é um bloco econômico com elevado padrão de integração, no qual há livro comércio e livre circulação de pessoas, informações, capitais e bens. Nesses blocos as fronteiras físicas praticamente inexistem. 


União política e monetária: é uma integração ampla no campo econômico, com o desenvolvimento do comércio (importação e exportação) e do campo político – com políticas comuns adotadas entre os países –, além da criação e adoção de uma moeda única pelos membros. 


Zonas de preferência tarifária: tipo de integração em que são adotadas vantagens tarifárias apenas a alguns produtos, para torná-los mais baratos para países não participantes do bloco. 


Principais blocos econômicos


União Europeia – maior bloco econômico do mundo.

Foi criada em 1957 e tem como principal função promover a livre circulação de pessoas e o desenvolvimento econômico entre os membros. Formado por Bélgica, Bulgária, Chipre,

Dinamarca, Alemanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Croácia,

Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Polônia, Portugal, Romênia,

Eslovênia, Eslováquia, Espanha, República Tcheca, Suécia.


Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte): foi criado em 1994 e tem como objetivo central desenvolver o comércio entre Estados Unidos da América, México e Canadá.


Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo): formada pelos países que produzem e vendem petróleo a nível global. Composta por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Líbia, Kuwait, Nigéria, Argélia, Angola, Gabão, Congo, Guiné Equatorial e Venezuela.


Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico): criada em 1989, sua função central é promover uma área de desenvolvimento econômico e comercial entre os membros. Composta por Austrália, Brunei, Canadá, Cingapura, Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia, Tailândia, Taiwan e Vietnã.


MCCA (Mercado Comum Centro-Americano): bloco fundado em 1960 que tem como membros Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua.


Comunidade Andina: formada pelos países da América Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru). O objetivo geral é desenvolver a economia, a política, os campos social e cultural através da integração dos países envolvidos.


Mercosul (Mercado Comum do Sul): formado por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Tem como principal função promover uma área de livre comércio, desenvolvimento social e econômico entre os membros, além de permitir a livre circulação de pessoas, mercadorias e bens de modo geral.


Tigres Asiáticos: criado na década de 1970, é formado por países da Ásia Oriental: Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan. Objetiva implementar barreiras alfandegárias e desenvolver novas tecnologias no processo competitivo mundial.


CEI (Comunidade dos Estados Independentes): formada por países que eram integrantes da URSS: Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. O bloco foi criado para integrar os países às lógicas econômicas mundiais após o fim da URSS.


SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral): criada em 1992, tem como membros: África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. O principal objetivo é estabelecer a paz e a segurança na região.

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AULA COMPLEMENTAR 03

Organizações Econômicas Internacionais     

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Conheça as dez principais organizações multilaterais do mundo.


Organismos ou organizações internacionais, também chamados de instituições multilaterais, são entidades criadas pelas principais nações do mundo com o objetivo de trabalhar em comum para o pleno desenvolvimento das diferentes áreas da atividade humana: política, economia, saúde, segurança, etc. 


Constituídas por meio de tratados ou acordos, têm a finalidade de incentivar a permanente cooperação entre seus membros, a fim de atingir seus objetivos comuns.


Atuam segundo quatro orientações estratégicas:


- Adotar normas comuns de comportamento político, social, etc. entre os países-membros;


- Prever, planejar e concretizar ações em casos de urgência (solução de crises de âmbito nacional ou internacional, originadas de conflitos diversos, catástrofes, etc.);


- Realizar pesquisa conjunta em áreas específicas; Prestar serviços de cooperação econômica, cultural, médica, etc.


Abaixo, algumas das mais relevantes organizações internacionais:


ONU - Organização das Nações Unidas: Foi criada pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial e tem como principal objetivo manter a paz e a segurança internacionais. Proíbe o uso unilateral da força, prevendo contudo sua utilização - individual ou coletiva - para defender o interesse comum dos seus países-membros.


Seu principal objetivo é manter a segurança internacional e pode intervir nos conflitos não só para restaurar a paz, mas também para prevenir possíveis enfrentamentos. Também incentiva as relações amistosas entre seus membros e a cooperação internacional.


UNESCO - Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura: Foi criada em 1945 pela Conferência de Londres e tem como objetivo contribuir para a paz através da educação, da ciência e da cultura.


Visa eliminar o analfabetismo e melhorar o ensino básico, além de promover publicações de livros e revistas, e realizar debates científicos. Desde 1960, atua também na preservação e restauração de espaços de valor cultural e histórico.


OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico: É um fórum internacional que articula políticas públicas entre os países mais ricos do mundo. Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação Econômica, criada em 1948, no quadro do Plano Marshall. Sua ação, além do terreno econômico, abrange a área das políticas sociais de educação, saúde, emprego e renda.


OMS - Organização Mundial da Saúde: É uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à ONU. Sua sede é em Genebra, na Suíça.


Tem como objetivo principal o alcance do maior grau possível de saúde por todos os povos. Para tanto, elabora estudos sobre combate de epidemias, além de normas internacionais para produtos alimentícios e farmacêuticos.


Também coordena questões sanitárias internacionais e tenta conseguir avanços nas áreas de nutrição, higiene, habitação, saneamento básico, etc.


OEA - Organização dos Estados Americanos: Criada em 1948, com sede em Washington (EUA), seus membros são as 35 nações independentes do continente americano. Seu objetivo é o de fortalecer a cooperação, garantir a paz e a segurança na América e promover a democracia.


OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte:


 Foi criada em 1949, no quadro da Guerra Fria, como uma aliança militar das potências ocidentais em oposição aos países do bloco socialista. Formada inicialmente por EUA, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido, a OTAN recebeu a adesão da Grécia e da Turquia (1952), da Alemanha (1955) e da Espanha (1982).


BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento: Com o objetivo de conceder empréstimos aos países membros, o BIRD, também conhecido como Banco Mundial, oferece financiamento e assistência técnica aos países menos avançados, a fim de promover seu crescimento econômico. É formado por 185 países-membros e iniciou suas atividades auxiliando na reconstrução da Europa e da Ásia após a Segunda Guerra Mundial.


FMI - Fundo Monetário Internacional: Criado para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo, oferece empréstimos a juros baixos para países em dificuldades financeiras.


Em troca, exige desses países que se comprometam na perseguição de metas macroeconômicas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e infraestrutura.


OMC - Organização Mundial do Comércio: Trata das regras do comércio entre as nações. Seus membros negociam e formulam acordos que, depois, são ratificados pelos parlamentos de cada um dos países-membros.


Tem como objetivo desenvolver a produção e o comércio de bens e serviços entre países-membros, além de aumentar o nível de qualidade de vida nesses mesmos países.


OIT - Organização Internacional do Trabalho: Tem representação paritária de governos dos seus 182 Estados-membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores. Com sede em Genebra, Suíça, a OIT possui uma rede de escritórios em todos os continentes.


Busca congregar seus membros em torno dos seguintes objetivos comuns: pleno emprego, proteção no ambiente de trabalho, remuneração digna, formação profissional, aumento do nível de vida, possibilidade de negociação coletiva de contratos de trabalho, etc.

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Os critérios e formas da regionalização mundial - I        PLAY

Os critérios e formas da regionalização mundial - II          PLAY


AULA COMPLEMENTAR 01        Voltar      Atividade



Afinal, o que é regionalizar?


Regionalizar é dividir ou classificar o espaço geográfico a partir de critérios específicos. Assim sendo, eu posso classificar qualquer porção do espaço em várias áreas conforme uma característica que eu tenha escolhido antes.


Por exemplo: vou regionalizar a área da minha casa. Para isso, vou escolher o critério da minha regionalização, que será: os locais onde eu posso brincar. Dessa forma, a região que envolve os locais onde eu posso brincar abrange o meu quarto, a sala, a varanda e o quintal. Já a outra região, a dos lugares que eu não posso brincar, envolve o banheiro, o quarto dos meus pais e a cozinha. Temos, portanto, diferentes regiões de um mesmo espaço, que é a minha casa.


Semelhantemente, acontece com o Brasil, por exemplo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) escolheu a posição geográfica e as divisas políticas entre os estados para criar as cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Podemos regionalizar qualquer espaço, seja a sua casa (lugares onde pode brincar e lugares onde não pode brincar, por exemplo) até a regionalização do mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos

Os países em azul, no mapa, formam a região dos países desenvolvidos, que apresentam os maiores índices de desenvolvimento humano, econômico e social. Já os países em vermelho são aqueles considerados emergentes ou subdesenvolvidos, com as piores condições de vida entre suas populações. Essa divisão representa uma das muitas formas possíveis de regionalizar o mundo.


Se pensarmos bem, as regiões não existem de fato no espaço. Elas são apenas criações realizadas para organizarmos e estudarmos as características que marcam as sociedades e os lugares onde elas vivem. Regionalizar é, portanto, organizar o mundo e os diferentes locais em que vivemos.


Baseado no Mapa-Mundi e de acordo com os critérios apresentados de regionalização, podemos fazer várias regionalizações. Ex.:


- Países de língua portuguesa

- Países que foram Campeões do Mundo de Futebol

- Países que não são banhados pelo mar

- Países Latino-Americanos

- Países Ocidentais

- Países Orientais

- Países que são grandes produtores de petróleo


E muitos outros tipos de regionalização.      

 

Regionalização do Espaço  Mundial


O mundo habitado pelos seres humanos, no qual eles se organizam e produzem modificações, é o espaço mundial, um espaço amplo que inclui áreas ou regiões muito diferentes entre si.



Como dividir (regionalizar) esse mundo, para melhor estudá-lo e organizá-lo?


Quando observamos o mapa-múndi, vemos que quase toda a superfície da Terra está regionalizada em Estados-nações. Algumas áreas inóspitas, como a Antártica, ainda não foram divididas em países, mas se tornaram áreas de influência de outros países para pesquisas científicas. Essas áreas despertam interesse em vários países do mundo, pela possibilidade de conter matérias-primas como jazidas de petróleo.

Podemos dizer que existem no mundo, aproximadamente, duzentos países, alguns extensos como o Canadá, a China, a Rússia, os Estados Unidos da América e o Brasil, e outros pequenos, como Uruguai, Portugal, Japão e Bélgica e, ainda, os muito pequenos, como Mônaco, Vaticano e Cingapura.


Para estudar o mundo, é comum regionalizá-lo, ou seja, dividi-lo em regiões que tenham características importantes em comum. Para isso, é preciso estabelecer critérios de divisão.


Apesar das diferenças culturais, econômicas, políticas e sociais, sempre existem alguns traços comuns que permitem classificar os países em grupos ou conjuntos regionais.


Os critérios mais utilizados são aqueles que dividem o espaço mundial:


- em continentes;

- de acordo com as paisagens naturais;

- de acordo com o tipo de industrialização desenvolvida pelos países;

- em países ricos e pobres;

- de acordo com as grandes associações econômicas e comerciais (blocos regionais ou econômicos);

- de acordo com a cultura dos povos.

- de acordo com seu regime politico


As formas de regionalizar o mundo com base em fatores físicos ou naturais são as divisões por continentes e por paisagens naturais. Ambas se baseiam na natureza, e não na sociedade, porque consideram os elementos naturais como elementos diferenciadores.


A separação da Europa e da Ásia, por exemplo, utiliza critérios étnicos/culturais (forma de colonização, etnias) e critérios de natureza geológica (Montes Urais separando a Rússia asiática da Rússia europeia e o Cáucaso, que separa essa região citada da Ásia).


Os continentes originaram-se, de acordo com a história geológica da Terra, da divisão da superfície terrestre em partes líquidas (oceanos e mares) e partes sólidas (continentes e ilhas).


As paisagens naturais, como a zona temperada, o mundo tropical ou as áreas desérticas, foram criadas pela dinâmica natural: a circulação atmosférica, as relações do clima com o relevo e os solos e a própria distribuição ou regionalização climática.


Podemos fazer uma regionalização de acordo com o nível de desenvolvimento:

Para uma melhor análise dos dados e das diferenças existentes no mundo, e para não generalizar as informações, faz-se necessário a regionalização de áreas de abordagens, oferecendo várias vantagens aos estudos geográficos.


A partir das considerações, em 1960, o mundo foi regionalizado e/ou classificado em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo.


A expressão Terceiro Mundo foi utilizada pela primeira vez pelo economista Francê Alfred Sauvy, em 1952, ele construiu essa expressão observando as desigualdades econômicas, sociais e políticas, verificou que os países industrializados eram desenvolvidos, sua população vivia melhor, enquanto os outros países enfrentam muitos problemas de ordem econômica, sua população vivia em condição não muito satisfatória.


Além de receber essas denominações o mundo foi regionalizado e/ou classificado em países ricos e pobres ou centrais e periféricos; os ricos (centrais) são países que estão no centro das decisões mundiais, são desenvolvidos, industrializados, avançados tecnologicamente, com economia estável, os países pobres (periféricos) são países subdesenvolvidos, pouco industrializados, com produção primária, dependente economicamente e de economia instável com grande incidência de crises.


E por último o mundo pode ser regionalizado ou denominado de desenvolvidos e subdesenvolvidos. Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde.


Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem.


Há varias maneiras de regionalizar o mundo, por exemplo, por idioma: 



Por países, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano de 2018 (IDH).

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AULA COMPLEMENTAR 02        Voltar      Atividade


A BIPOLARIZAÇÃO MUNDIAL


Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), os principais países envolvidos no conflito (França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão) se encontravam em péssima situação socioeconômica. O cenário de destruição nessas nações era enorme, a infraestrutura estava totalmente abalada, além da grande perda populacional.


Apenas Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, apesar dos prejuízos gerados pela participação na Guerra, conseguiram manter uma estabilidade financeira.

Após o conflito, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas anexou vários territórios, aperfeiçoou o desenvolvimento de armas nucleares, ampliou sua área de influência no leste europeu, além de possuir o maior exército do planeta.


Os Estados Unidos, por sua vez, destinou créditos financeiros para a reestruturação dos países envolvidos na Segunda Guerra Mundial, ampliou suas zonas de influência e cercou-se de tecnologia para produção de armas nucleares.

Por esses aspectos em comum, Estados Unidos e URSS passaram a ser considerados superpotências mundiais. Entretanto, havia um grande diferencial entre essas duas nações – o sistema político: Estados Unidos (capitalista) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (socialista). Cada um exercendo sua influência na geopolítica global.

Os EUA, através de financiamentos e outras medidas políticas (até mesmo fornecimento de armas), passaram a exercer grande influência sobre os países que optaram pelo sistema econômico capitalista.


A URSS utilizou-se dos mesmos critérios para expandir suas áreas de influência. Estabeleceu-se a geopolítica bipolar, interferindo diretamente na política de vários países.

Conflitos armados foram impulsionados por essa rivalidade entre as duas superpotências, entre eles estão: a Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, Revolução Cubana, os conflitos no Oriente Médio, conflitos entre grupos separatistas na África, além do apoio a golpes militares, como, por exemplo, a ditadura militar no Brasil, o golpe ao presidente Salvador Allende no Chile, e apoio a políticas ditatoriais em várias nações.


Porém, na década de 1980, a URSS passou por uma grave crise econômica, sendo consequência da própria política adotada. A falta de criatividade e agilidade para modificá-la, a estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de consumo (alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com armamentos, levaram a uma defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas desenvolvidos.

O agravamento da crise do sistema socialista ocasionou um processo de enfraquecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminou em 1991, na desintegração desta. Esse fato estabeleceu o fim da Guerra Fria, e, consequentemente, da ordem mundial bipolar.


URSS - UNIÃO DA REPÚBLICAS SOCIALISTA SOVIÉTICAS = 01 PAÍS. ESSE PAÍS FOI DESMEMBRADO E NO MESMO TERRITÓRIO EXISTEM HOJE 15 PAÍSES

A queda do Muro de Berlim deu-se na passagem do dia 9 para o dia 10 de novembro de 1989. Esse acontecimento é marcante, pois foi o prenúncio da queda da República Democrática Alemã, a Alemanha Oriental, e da reunificação da Alemanha, separada em duas nações desde o final da Segunda Guerra Mundial. A queda do muro também foi parte do processo de queda do bloco comunista na Europa Oriental, que se iniciou a partir do final da década de 1980.

Cartão-postal da Alemanha celebrando a queda do Muro de Berlim, que aconteceu em novembro de 1989.*

Esse fato estabeleceu o fim da Guerra Fria, e, consequentemente, da ordem mundial bipolar.


O CONFLITO NORTE-SUL - A NOVA ORDE MUNDIAL


A nova ordem mundial foi a vitória do capitalismo e da democracia. 


Alguns argumentavam que o modelo político e econômico estabelecido pelos Estados Unidos se tornaria dominante a tal ponto, que não haveria mais conflitos. Que houve uma vitória norte-americana sobre a União Soviética não podemos negar. Mas até mesmo os vencedores apresentaram vários problemas econômicos, como por exemplo: elevado déficit público e elevado endividamento interno e externo; isso em parte se deveu a corrida armamentista. 


É bem claro que o capitalismo é mais dinâmico e competitivo, entretanto é sempre bom lembrar, que com exceção da Coréia do Norte, Cuba e Vietnã, todos os outros países considerados sub-desenvolvidos são capitalistas. Muitos problemas no mundo, foram criados pelo sistema capitalista, como o aumento da pobreza, desemprego e concentração e estes aumentam em todo mundo.


Um dos problemas mais sérios é a desigualdade social. Este problema vem se agravando até mesmo em países desenvolvidos. Com o aumento da incorporação de novas tecnologias no processo produtivo, a oferta tem diminuído e isso contribui e muito para se empobrecer a população.


Também é cada vez maior o buraco que separa os países ricos dos pobres. Esse é o chamado conflito norte x sul, que é de natureza econômica, e não geopolítica, como era o caso do conflito leste x oeste.

(É importante salientar que no mapa acima, a China é indicada como subdesenvolvida, designação que há algum tempo deixou de ser).


Um problema decorrente do conflito entre Norte x Sul é a imigração em massa. Milhões de pessoas a cada ano tem emigrado, principalmente para a Europa Ocidental. Isto se deve ao aumento de desemprego, baixos salários, fome, que estão aliados ao crescimento populacional, além de conflitos e guerras nos países subdesenvolvidos.  

GLOBALIZAÇÃO


A globalização é um termo que foi elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar como um fenômeno de caráter mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização.


Embora tenha trazido muitos benefícios, também trouxe muitos problemas, exemplo:


Uma fábrica americana produz determinado produto, pagando o salário médio de 20 dólares a hora trabalhada ( um bom salário).


Com a globalização os donos/acionistas, resolvem fechar a fábrica nos Estados Unidos e começar a fabricar o mesmo produto no México, pagando 2 dólares a hora trabalhada de salário médio.


Posteriormente eles resolvem fechar no México e começam a fabricar na China, pagando 1 dólar a hora trabalhada.


Quando a China começa a valorizar sua mão de obra, eles se mudam para Índia ou Indonésia, pagando menos de 1 dólar pela hora trabalhada para fabricar o mesmo produto que eles pagavam 20 dólares há tempos atrás. Detalhe, em todo o trajeto eles continuaram a vender o produto pelo mesmo preço.

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Após a Segunda Guerra Mundial, havia fortes atritos internacionais e uma grande necessidade de promover a paz a fim de evitar novos conflitos. Com o objetivo de restabelecer uma harmonia mundial, 51 países se uniram, dentre eles o Brasil, e em 24 de outubro de 1945 fundaram a ONU (que tem hoje 193 membros), organização que substituía a Liga das Nações, fundada em 1919 com objetivos semelhantes, mas que não havia sido bem estruturada e não conseguiu evitar a Segunda Grande Guerra.


Dentre os principais objetivos da ONU, estão a promoção da paz e da segurança mundial, prevenir conflitos armados, garantir os direitos humanos, reduzir a desigualdade social e reforçar as relações e o diálogo entre os países.


Dentro da organização existem dois órgãos responsáveis por tomar decisões, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança.


Assembleia Geral


Esta primeira, da qual participam igualitariamente os 193 países membros, tem como função analisar e discutir questões relativas à paz e segurança ou outras pautas importantes no contexto atual, que não estejam em discussão no segundo órgão e eleger os membros deste.


Conselho de Segurança


Já o Conselho, que possui maior poder, é composto por cinco países permanentes, Estados Unidos, Inglaterra, França, China e Rússia, e dez rotativos, que são escolhidos pela Assembleia e atualmente são Bolívia, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Etiópia, Cazaquistão, Kuwait, Holanda, Peru, Polônia e Suécia.


Portanto, dos 193 países membros da ONU, quinze possuem o maior poder de decisão e destes, apenas os cinco permanentes possuem poder de veto, o que torna a organização pouco igualitária. Para entender: se 192 países votarem a favor de alguma coisa e por exemplo o Estados Unidos não concordar a votação é nula. Isso também vale para Inglaterra, França, China e Rússia. 


Além destes dois órgãos principais, existem mais quatro, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado.


Outras Entidades Relacionadas a ONU


Há também uma série de organizações associadas à ONU que auxiliam na resolução de questões associados a temas específicos:


- OMS (Organização Mundial da Saúde) que trata das questões mundiais relativas à saúde.


- Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que trata das questões relativas às crianças, entre outras.


OBJETIVOS E CRÍTICAS


O grande objetivo de evitar outra grande guerra vem sendo cumprido, entretanto, muitas críticas ainda são feitas à organização em relação aos conflitos na África e no Oriente Médio que não são apaziguados e são motivo de muitas mortes.


Além disso, críticas também são feitas em relação ao real poder de decisão da Organização, já que durante a Guerra do Iraque, ela determinou que os Estados Unidos não poderiam atacar o Iraque, o que foi desrespeitado sem nenhuma penalização para os norte-americanos.


A ONU, portanto, tem grande importância na conciliação entre os países e na determinação de medidas que devem ser tomadas para assegurar a paz, a segurança e resolver problemas de caráter mundial, embora não seja totalmente igualitária. E é importante entender o seu papel nas relações políticas, econômicas e sociais atuais.

O Banco Mundial é uma organização internacional dedicada a fornecer financiamento, consultoria e pesquisa aos países em desenvolvimento para auxiliar seu progresso econômico. O banco atua predominantemente como uma organização que tenta combater a pobreza, oferecendo assistência ao desenvolvimento para países de renda média e baixa.

O FMI – sigla para Fundo Monetário Internacional – é uma organização supranacional criada em 1944 pela Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Ele tem por objetivo controlar as finanças e a economia internacional, de forma a evitar problemas econômicos, tais como as Crise de 1929 e qualquer outro tipo de instabilidade financeira. Sua sede encontra-se atualmente na cidade de Nova York.


Atualmente, o FMI possui 188 países-membros, cada qual responsável por depositar quantias em dinheiro para o fundo, de modo que aqueles que mais contribuem e detêm mais capital são aqueles que, posteriormente, poderão contrair os maiores empréstimos e também contar com um maior poder de decisão nas votações internas. No momento, os Estados Unidos possuem a maior cota, sendo responsáveis por mais de 25% dos votos totais da organização, fato que gera muitas críticas ao funcionamento do FMI.


Quando um país encontra-se em dificuldades econômicas ou necessita de recursos para adotar algum tipo de política estrutural ou social, ele pode recorrer ao FMI e requisitar um empréstimo. 


As medidas colocadas como condição do FMI para a ajuda financeira são conhecidas como políticas de austeridade e são tomadas para reduzir o déficit público com o aumento de juros, controle no consumo, redução dos investimentos sociais pelo Estado, demissões em massa do funcionalismo público e a implantação de rápidas medidas de privatização.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a agência líder da rede global de desenvolvimento da ONU e trabalha principalmente pelo combate à pobreza e pelo Desenvolvimento Humano.


O PNUD está presente em 166 países do mundo, colaborando com governos, a iniciativa privada e com a sociedade civil para ajudar as pessoas a construírem uma vida mais digna.


Em todas as suas atividades, o PNUD encoraja a proteção dos direitos humanos a igualdade de gênero e raça,  o desenvolvimento de capacidades, a ciência e tecnologia, a modernização do Estado e o fortalecimento de suas instituições, o combate à pobreza e à exclusão social, a conservação ambiental e uso sustentável de recursos naturais.

IDH


O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.


Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano.


Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH.


A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida ao nascer, consiste na estimativa do número de anos que se espera que um indivíduo possa viver. Esse dado é muito importante, visto que é um dos critérios utilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para se calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um determinado lugar.