As riquezas da África e a exploração das Transnacionais.
A riqueza mineral da África é destacada pelas reservas de petróleo e gás natural, o urânio também é um destaque mineral.
Com aproximadamente 30,2 milhões de quilômetros quadrados, a África é o terceiro maior continente. Essa é a região mais pobre do planeta, abrigando os países com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
O continente africano é muito conhecido pelos problemas socioeconômicos, conflitos étnicos, subnutrição, doenças (a maioria dos portadores do vírus HIV reside na África), entre outros aspectos negativos, entretanto, pouco se comenta da riqueza de seu solo.
A África possui grandes reservas minerais, fato proporcionado em razão de sua formação geológica, que é da idade pré-cambriana, predominante das eras Arqueozoica e Proterozoica. Portanto, essa região é formada por terrenos muito antigos, apresentando condições favoráveis para a formação de minérios.
Atualmente (2010), esse continente abriga cerca de 10% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, com destaque para o Congo, Egito e principalmente Angola, Argélia, Líbia e Nigéria, que integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Outro importante mineral encontrado no subsolo africano é o urânio – o continente detém 25% das reservas mundiais. Esse material é de fundamental importância para a produção de energia nuclear. Os maiores produtores são a África do Sul e o Gabão.
A África do Sul, também possui grandes reservas de antimônio, diamante, ouro (maior produtor mundial), manganês, platina, cromo, entre outros.
Entre as principais nações africanas que abrigam reservas minerais estão: Marrocos (fosfato), Zâmbia (cobre), Zimbábue (ouro), Guiné (bauxita), Namíbia (urânio), Uganda (cobre e cobalto), Sudão (ouro, prata, zinco, ferro, etc.), Botsuana, Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, e Gana (diamante).
Com tantas riquezas minerais, por que o continente africano é pobre economicamente? A resposta está na forma de exploração dos recursos, visto que são as empresas transnacionais das nações desenvolvidas (Estados Unidos, Canadá e as nações europeias) que se beneficiam desses recursos.
Nesse sentido, as grandes potências imperialistas se enriquecem e intensificam a pobreza econômica dos países da África.
COMO ISSO FUNCIONA?
As empresas transnacionais tem filias em muitos países, inclusive em paraísos fiscais, assim sendo a empresa vende baratinho para uma filial em um paraíso fiscal pagando pouco imposto aos países africanos. Do paraíso fiscal, onde ela não paga imposto, vende para o mercado mundial por um preço muito mais alto.
Detalhe: tudo isso é feito no papel, pois, o produto não sai da África para os paraísos fiscais e de lá são exportados. Eles saem direto da África para os mercados mundiais.
A África do Sul como exemplo
Podemos resumir o que acontece na África a um dos seus países, a África do Sul.
Por que a riqueza exaurida secularmente do subsolo da África do Sul não modificou o modo de vida no país de uma forma com que todos e todas pudessem usufruir de seus benefícios?
Com uma riqueza mineral vasta - incluindo grandes reservas mundiais de cromo, vanádio, manganês, carvão, petróleo, ouro e diamante -, só em 2017, a mineração teve um valor total da indústria de US$ 33,17 bilhões e representou cerca de 60% das exportações do país.
Mesmo assim, camuflada pelo desenvolvimento econômico, o legado de um país minerado por tantos anos tem sido a pobreza econômica de seu povo, sobretudo para os negros.
Cidade do Cabo, capital da África do Sul abaixo, a direita as residências dos brancos ricos, a esquerda as residências do negros pobres.
Uma das maiores favelas do mundo em Cidade do Cabo, abaixo:
Dentre a população das favelas, com mais de 25 milhões de habitantes, os negros são maioria, sendo 600 vezes mais pobres do que a minoria de branca. A população da África do Sul é formada por 79 % de negros; 9,6 % de brancos; 8,8 de mestiços e 2,6 % de indianos/asiáticos.
Com uma população de cerca de 55 milhões de habitantes, o nível de desemprego atual no país é bastante significativo. No início dos anos de 1990, o desemprego na África do Sul era de 50%. Hoje, se somarmos os desempregados oficiais aos que não procuram mais emprego, e portanto, não contabilizados pelo governo, atingimos a 35%”, todavia, o governo criou uma categoria de emprego do lar que exclui das estatísticas de desemprego mais de dois milhões de pessoas, em sua grande maioria mulheres. Essa divisão empregada não é válida. Somando mais isso, o índice de desemprego no país chega novamente perto dos 50%.
Se o desemprego e a informalidade assolam a economia sul-africana, a má distribuição de renda e os baixos salários são outros fatores preocupantes. A média salarial está estagnada, pois 54% de toda riqueza produzida no país em 1996 era distribuída em forma de salários aos trabalhadores da África do Sul. Hoje, menos de 40% é distribuída.
A mineração acentua ainda mais essa pobreza ao transferir renda nacional ao capital internacional. Os trabalhadores da mineração ficam com menos de 36% de toda renda produzida pelas mineradoras na África do Sul.
Uma economia meramente extrativista baseada na mineração não foi capaz de diversificar e criar uma base industrial, levando a situação calamitosa de desemprego e pobreza da população.
MÃO DE OBRA E CAPITAL ESTRANGEIRO
Tendo a mineração como carro chefe da economia, a África do Sul chamou a atenção do capital estrangeiro. Empresas como Anglo American, AngloGold Ashanti, Impala Platinum e BHP Billiton fizeram da África do Sul seu canteiro de obras.
Desde o início do seu desenvolvimento, no século XIX, a força motriz do trabalho no setor, foi a mão de obra da população negra, que foi submetida a condições precárias de trabalho.
A MINERAÇÃO NA ÁFRICA DO SUL
Uma das maiores empresas de mineração do mundo, a britânica Anglo American, tem operações em várias commodities no território e emprega mais de 100 mil pessoas, sendo maior empregador do setor privado no país.
Completados seus 100 anos em 2017, a empresa é uma chave importante para compreender o período segregacionista sul-africano, o apartheid, adotado de 1948 a 1994. Isso, porque o domínio do capital estrangeiro, ou seja, de brancos sobre a exploração das minas, é encarado pela maioria negra como um legado do apartheid.
O interesse das mineradoras, como a Anglo American, era, então, poder colocar o negro, a força motriz do trabalho da mineração, ainda mais em condições precárias de trabalho e altamente lucrativa para a elite branca que comanda o sistema minerador do país.
Nada mais lucrativo para esse capital das mineradoras que acentuar a exploração da natureza com uma força de trabalho superexplorada, pois acumula ainda mais pelas duas vertentes possíveis na mineração: com a renda extraordinária da natureza e com a mais valia dos trabalhadores negros.
Destas grandes empresas de mineração de carvão, a BHP Billiton é um dos maiores fornecedores da Eskom e um dos maiores fornecedores para o mercado de carvão de energia marítima.
O negócio de carvão da Anglo American possui e opera nove minas, e atualmente está trabalhando em vários projetos para aumentar a produção para 90 milhões de toneladas por ano.
A África do Sul é o maior produtor mundial de cromo (14.000 Mt), metais do grupo da platina (193 t), manganês (4.7 milhões Mt) e vermiculita (210.000 t). A África do Sul é o segundo maior produtor mundial de ilmenita (1,17 Mt), rutilo (130 000 t) e zircônio (370 000 t).
Cerca de 40% das reservas totais de ouro são encontradas na África do Sul. Além disso, é o principal fornecedor mundial de vanádio, tendo ainda muito minério de ferro e bauxita em seu território.
E enquanto os ricos depósitos minerais da África do Sul têm sido o foco da capitalização sustentada da mineração em larga escala por mais de 100 anos, a grande quantidade desses corpos ainda oferece uma abundância de oportunidades de mineração lucrativas e diversificadas: as reservas dos grupos de metais raros do país, por exemplo, são esperados para durar mais 335 anos, e suas reservas de carvão de 256 anos.
Mão de obra negra, usada na exploração de ouro e diamantes na África.
A despeito de tanta riqueza mineral, aliado ao expressivo e lucrativo negócio turísticos com as savanas, mais da metade da população mora em favelas.
A África do Sul é considerado o país com a maior desigualdade social do mundo. Se você está achando injusto como as empresas transnacionais estrangeiras enriquecem com a pobreza do povo africano, olhe para o lado, a mesma coisa vem acontecendo há anos com a exploração do minério de ferro pela VALE, e agora com petróleo do Pré-Sal concedido à exploração de empresas transnacionais.
Fome na África
A Fome na África atinge ao menos 236 milhões de pessoas, conforme dados da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura a ONU - Organização das Nações Unidas). A África é o continente com o maior número de pessoas afetadas pela fome.
Na África, a falta de comida resulta de vários fatores como o processo colonial, a concentração de poder, as condições climáticas, a corrupção das autoridades, a baixa produtividade agrícola, o aumento populacional, entre outros.
Durante a colonização, os países que ocuparam a África retiraram do território riquezas materiais e matérias-primas que poderiam servir para o desenvolvimento da região. Além disso, escravizou seus povos, retirando a população jovem que tinha condições de trabalhar.
Só para lembrar, em 1885, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Bélgica, França, Holanda e Itália se reuniram em Berlim, para fatiar a África, com a desculpa de levar a civilização ao continente.
No processo de descolonização, para conquistarem a independência, alguns países tiveram que lutar longamente contra seus colonizadores. Este foi o caso da Argélia e do Congo, por exemplo. Além disso, devemos considerar os próprios conflitos internos dos povos africanos, que após a independência, entraram em guerra civil. Lembrando que na partilha feita pelos países europeus não levou em conta as divergências locais, colocando no mesmo país povos inimigos de longa data.
Mapa da Fome na África
Os números da fome no continente africano tem registrado uma diminuição. Nos anos 80 foram devastadoras as imagens de Biafra (região da Nigéria) ou da Etiópia onde a população não tinha o mínimo de nutrientes para manter-se em pé.
Devido ao crescimento econômico experimentado na região, nas últimas duas décadas, os índices melhoram como vemos no mapa abaixo. No entanto, os números estão longe de ser o ideal.
Três de cada quatro pessoas que nascem na região da África Subsaariana é vítima da fome, segundo a ONU. A situação é considerada severa no chamado Chifre da África, onde estão os países mais pobres do mundo: Eritreia, Sudão, Etiópia, Somália, Quênia e Uganda.
Até 2008, a renda per capita (por cabeça) de um africano era de US$ 1,25 ao dia. Para compreender a diferença, a renda per capita de um norte-americano é de US$ 55,200 e de um brasileiro US$ 11,530, de acordo com o Banco Mundial.
Guerras na África
Um país em guerra não cultiva, as tribos são constantemente ameaças e roubadas pelos soldados de ambos os lados. Desta maneira, os agricultores abandonam os cultivos, o período de escassez de alimentos começa e a fome se espalha.
A fome é maior nos países em guerra, pois estes absorvem a capacidade de geração de renda e mantêm a ordem de exploração dos conquistados.
A guerra civil também cria o deslocamento de populações que não tem outra alternativa a não ser ir para campos de refugiados. Há, hoje, ao menos 13,5 milhões de refugiados na África, o que representa 38% dos refugiados de todo o mundo.
Em deslocamento ou inseridos em campos de refugiados, as vítimas da violência estão à mercê de auxílio internacional. Nas últimas três décadas, os povos africanos afetados pela fome, têm 50% de chance de serem subnutridos e metade das crianças estará fora da escola.
Veja no mapa abaixo, um dos motivos de tantas guerras: a quantidade de etnias existentes num mesmo país.
Aumento Populacional
A crise alimentar é favorecida, ainda, pelo aumento populacional. Ainda de acordo com a ONU, em 1950, a África era habitada por 221 milhões de habitantes.
O número passou para quase 1 bilhão em 2009. Isso se explica porque a África ainda é uma economia eminentemente rural e mais filhos significam mais braços para trabalhar.
Igualmente, existem poucos programas que permitam o planejamento familiar. Desta maneira, a taxa de nascimentos na África é de 5,2 nascimentos por mulher ao longo da vida e é a mais alta do mundo. Para compararmos, no Brasil, a taxa de fecundidade é de 1,8 filhos por mulher, de acordo com o IBGE.
Problemas Ambientais
A seca mata o gado, destrói as plantações e deixa a população sem alimentos
Os problemas ambientais também aumentam a questão da fome. Hoje, a África carece de soluções para os processos de erosão e desertificação ocorridos pelo desmatamento. Áreas com solo pobre têm menores chances de produção agrícola e baixo desempenho. VEJA
As questões ambientais africanas esbarram na falta de investimentos e na competitividade. Os organismos internacionais atuam nas consequências do problema e não nas causas.
Corrupção
Outro ponto decisivo para a fome na África está na corrupção, com os maiores índices dos países avaliados pela ONG Transparência. Verbas de ajudas humanitárias com frequência acabam nas mãos de políticos corruptos e não chegam a quem precisa.
Soluções
É consenso da ONU, dos estudiosos, das organizações não-governamentais, dos governos mundiais e das nações africanas que não há falta de alimentos para a África. O que falta é uma administração correta dos recursos naturais para que todos possam ser alimentados.
As condições enfrentadas pelos povos africanos resultam de políticas de exploração permanente. Com o aumento do preço das matérias-primas no começo do século XXI, o continente apresentou taxas de crescimento significativas e diminuiu os índices de mortalidade infantil.
Seria preciso aproveitar este bom resultado, investir em educação para criar um ciclo virtuoso que acabasse de vez com a fome na África.
ÁFRICA - UM CONTINENTE EXPLORADO
É impossível falar da África, sem mencionar o quanto o continente foi espoliado e explorado pelas nações europeias. Já vimos na aula anterior que eles ( Ingleses, Portugueses, Espanhóis, Alemães, Holandeses, Franceses e Belgas) dividiram o continente 1885/86 sem ao menos se preocupar com as rivalidades locais, separando "amigos" e juntando "inimigos".
Numa reunião, decidiram que a partir daquela data, que cada uma dessas nações tinha direito a uma porção de terra no continente. Mas, e as nações que lá haviam? Bobagem
Entretanto, antes disso, as riquezas da África já eram subtraídas na mão grande (ouro, diamantes, pedras preciosas, etc.), e mais do que isso, a África era o celeiro perfeito para se obter mão de obra escrava.
Estima-se que 13 milhões de homens e mulheres pretas foram comercializados e ou traficados tanto para a o continente americano. Do total, 12,5% não conseguiram completar a travessia porque morriam ainda nos navios devido às más condições de higiene que permitiam a proliferação de doenças ou aos castigos aplicados para coibir revoltas. 40 % destes escravos vieram parar no Brasil, 5,2 milhões de escravos portanto.
O escravos eram capturados pelos europeus, assim como, prisioneiros das gerras tribais, eram trocados por armas e mercadorias. O tráfico negreiro foi o comércio mais rentável do mundo, entre 1501 e 1865. A prática era gerenciada por seis nações: Inglaterra, Portugal, França, Espanha, Países Baixos e Dinamarca.
A justificativa comercial para sustentar a exploração de escravos africanos era que somente com os escravos seria possível manter os baixos preços de produtos como açúcar, arroz, café, anil, fumo, metais e pedras preciosas.
Havia também uma justificativa moral e religiosa feita pela igreja católica, de uma passagem bíblica do antigo testamento, Gênesis 9:20 onde Noé, aquele da Arca; lança uma maldição sobre seu neto mais novo chamado Canaã, dizendo que ele seria servo de outros membros da família. Como Canaã se estabeleceu na África Central, sacramentou-se que os descendentes de Canaã, seriam servos de outros familiares de Noé que se estabeleceram no norte da África e na Europa.
Devido as justificativas comerciais e religiosas, milhões de seres humanos, foram submetidos a todo o tipo de humilhação e castigos durante pelo menos 300 anos.
Rotas da escravidão para o Brasil
É difícil saber quantos africanos foram trazidos para o Brasil ao longo de três séculos de tráfico negreiro.
Muitos registros que poderiam tornar os dados mais precisos foram perdidos ou destruídos. As estimativas indicam que entre 3.300.000 e oito milhões de pessoas desembarcaram nos portos brasileiros para serem vendidas como escravas, de meados do século XVI até 1850, quando o tráfico foi efetivamente abolido pela Lei Eusébio de Queiroz.
As quatro principais rotas dos navios negreiros que ligaram o continente africano ao Brasil foram as da Guiné, Mina, Angola e Moçambique. Elas concentravam o comércio de seres humanos que, na maioria dos casos, eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos para esse fim.
Os traficantes, principalmente portugueses, mas também de outras nações europeias e posteriormente brasileiros, obtinham os prisioneiros em troca de armas de fogo, tecidos, espelhos, utensílios de vidro, de ferro, tabaco e aguardente, entre outros. Os navios, dependendo do tipo, traziam de 300 a 600 cativos por vez. Entre 10% e 20% deles morriam na viagem.
Rota da Guiné
No século XVI, a Alta Guiné foi o principal núcleo de obtenção de africanos para serem escravizados pelos traficantes portugueses. De Cabo Verde, saíam navios com cativos vindos principalmente da região onde hoje se situam Guiné-Bissau, Senegal, Mauritânia, Gâmbia, Serra Leoa, Libéria e Costa do Marfim. Essa área era habitada por diferentes povos, entre os quais os balantas, fulas, mandingas, manjacos, diolas, uolofes e sereres.
O destino desses prisioneiros, no Brasil, eram as regiões Nordeste e Norte. Mas a Rota da Guiné teve menor impacto sobre a formação da população brasileira do que as outras rotas, pois a necessidade de mão-de-obra nas Américas ainda era pequena no primeiro século da colonização.
Rota da Mina
A fortaleza de São Jorge da Mina foi erguida pelos portugueses por volta de 1482 na costa da atual Gana, para proteger o comércio de ouro na região. Embora tomada pelos holandeses em 1632, ela se tornaria, ainda no século XVII, um importante entreposto do tráfico de africanos escravizados para o Brasil e outros países.
Os africanos embarcados na Mina (ou Elmina) e nos outros portos do Golfo da Guiné eram principalmente dos grupos axanti, fanti, iorubá, hauçá, ibô, fon, ewe-fon, bariba e adjá.
Além de Gana, eles eram trazidos dos atuais territórios de Burkina Faso, Benim, Togo, Nigéria, sul do Níger, Chad, norte do Congo e norte do Gabão, para atender à crescente demanda por mão-de-obra ocasionada pelo desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar no Brasil e no Caribe.
Os portos brasileiros, do Maranhão ao Rio de Janeiro, com destaque para Salvador, foram abastecidos por essa rota até a primeira metade do século XIX.
Rota de Angola
Essa rota forneceu cerca de 40% dos 10 milhões de africanos trazidos para as Américas. No caso do Brasil, os navios que partiam da costa dos atuais territórios do Congo e de Angola se destinavam principalmente aos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Os povos da África Central Atlântica, como os ovimbundos, bacongos, ambundos e muxicongos, pertenciam ao chamado grupo linguístico banto, que reúne cerca de 450 línguas.
O tráfico dessa região para o Brasil começou ainda no século XVI. Foi inicialmente marcado pela aliança entre os portugueses e o reino do Congo. Mas, para escapar do monopólio do rei congolês no fornecimento de africanos escravizados, Portugal passou a concentrar esforços na região mais ao sul, onde hoje se situa Angola. De lá, veio a maior parte dos africanos que entraram no Brasil, principalmente pelo Rio de Janeiro, no período colonial.
Rota de Moçambique
No início do século XIX, a Inglaterra passou a pressionar Portugal no sentido de acabar com o tráfico negreiro, o que resultou nos tratados de 1810 entre os dois países. Para escapar ao controle britânico na maior parte do Atlântico, muitos traficantes se voltaram para uma rota até então pouco explorada, que partia da África Oriental. Os navios saíam principalmente dos portos de Lourenço Marques (atual Maputo), Inhambane e Quelimane, em Moçambique, e se dirigiam ao Rio de Janeiro.
Africanos embarcados nesses portos pertenciam a uma diversidade de povos, entre os quais os macuas, swazis, macondes e ngunis, e ganhavam no Brasil a designação geral de "moçambiques".
Entre 18% a 27% da população africana no Rio do século XIX era de moçambiques. No entanto, nem todos vinham da colônia portuguesa e, sim, de regiões vizinhas – onde hoje estão Quênia, Tanzânia, Malauí, Zâmbia, Zimbábue, África do Sul e Madagascar. O grupo linguístico majoritário era o banto.
VEJA VÍDEO para entender o tipos de escravidão na África
NELSON MANDELA
Assim como a escravidão, não dá para falar de África sem citar Nelson Rolihlahla Mandela. Nelson Mandela, foi o principal líder político da história da África do Sul e um dos grandes nomes mundiais da luta contra a opressão racial.
Também conhecido como Madiba, ele lutou durante grande parte de sua vida contra o regime racista e segregacionista do apartheid na África do Sul. Em decorrência dessa luta, foi preso e mantido em cárcere por 27 anos.
A luta contra o apartheid
O apartheid foi a consolidação institucional, através da legislação, de uma prática de separação entre brancos de origem europeia e negros do continente africano que vinha ocorrendo desde o processo de colonização da região, principalmente por parte dos colonizadores protestantes de origem holandesa, os bôeres ou africânderes. O apartheid consolidou-se após a Segunda Guerra Mundial, quando o Partido Nacional Africânder chegou ao poder. Uma série de leis foi promulgada, negando aos negros, que constituíam a esmagadora maioria da população, direitos sociais e políticos básicos.
O objetivo era realizar uma segregação total entre brancos e negros, impedindo os últimos de frequentarem os mesmos espaços públicos que os brancos, negando a eles o acesso à maior parte das terras cultiváveis do país e às riquezas naturais. Nas cidades, guetos que mais pareciam campos de concentração foram criados para isolar os negros, sendo ainda obrigados a portarem credenciais que garantiam ou não a deslocação pelo espaço urbano. Caso um negro não estivesse de posse de uma dessas credenciais ou fosse pego pelas forças policiais em locais proibidos, ele estava sujeito a ser encarcerado.
Depois de muitas negociações politícas em vão, atavés do CNA - Congresso Nacional Africano, formado em 1940, o CNA criou um grupo armado em 1960 e foi nessa época que Mandela foi preso e condenado a prisão perpétua.
Depois de 27 anos no cárcere, devido a grande pressão internacional, Mandela foi solto em 1990. Em 1993, ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela atuação política no processo de transição e de luta pelos direitos da maioria negra sul-africana.
Em 1994 foi eleito Presidente da África do Sul.
Seu governo foi caracterizado pelo esforço em acabar com o legado histórico do apartheid para a população negra sul-africana. Foram criados programas de habitação, educação e desenvolvimento econômico para a população que vivia nos guetos. Uma nova constituição foi aprovada, garantindo a estabilidade política do país.
Nelson Mandela, morreu em 05 de dezembro de 2013 de um infecção pulmonar.
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Principais características da África
O continente africano é banhado, em suas laterais, pelos oceanos Índico e Atlântico. E ao norte, separando a África da Europa, há o Mar Mediterrâneo. O litoral desse continente é grande - cerca de 27 mil km de mar.
A costa africana é regular, ou seja, os acidentes geográficos são poucos. As incidências são algumas baías, golfos e penínsulas. Por causa dessa baixa variação no litoral, o continente tem poucos portos marítimos e a regularidade costeira não é ideal.
As coordenadas geográficas da África são formadas pelos Trópicos de Câncer e Capricórnio, além da linha do Equador e pelo Meridiano de Greewnich.
Os paralelos cortam todo o continente por causa de sua ampla extensão. E como o continente está no centro da Terra, o meridiano de grau 0º, o Greewnich, que também está ao centro, corta essa região.
A África é um continente antigo e que os pesquisadores acreditam ser o berço da humanidade. Isso porque diversos fósseis antigos foram encontrados na região. O homo sapiens, por exemplo, foi encontrado em território africano e tem cerca de 300.000 anos.
ASSISTA.
O primeiro país a ser um Estado, acreditam os historiadores, foi o Egito, que assim como Grécia Antiga e Roma Antiga teve um momento de ápice e declínio
Relevo
A maior parte do norte da África está coberta pelas grandes extensões do Saara, a 2.ª maior região árida do planeta. Na porção referente ao Saara estão incluídos desertos menores como os desertos da Líbia e da Núbia. Outros desertos menores ao sul da África são os desertos de Kalahari e deserto da Namíbia.
Em meio ao deserto aparecem dois planaltos importantes: Tibesti e Hoggar, na parte central do Saara. O relevo da região também é marcado por depressões, com destaque para a bacia do Lago Assal, 156 metros abaixo do nível do mar.
Na porção noroeste, entre Marrocos, Argélia e Tunísia está a Cadeia do Atlas, um conjunto montanhoso que possui aproximadamente 2,5 mil quilômetros de extensão, com altitudes de mais de 4.000 metros.
Sua localização entre as águas do Atlântico, Mediterrâneo e o Saara contribui para a formação de áreas secas.
Ao longo da margem sul do Saara estão três grandes bacias sedimentares: bacia de Djouf, através da qual corre o rio Níger; bacia do Chade, contendo o lago Chade e a bacia do Sudão, onde está um trecho do rio Nilo.
O maior pico da África é o Kilimanjaro, na Tanzânia (5.895 m).
Hidrografia
A África possui alguns rios importantes e caudalosos, mas sua hidrografia não pode ser considerada equilibrada. Seus rios são mal distribuídos por conta da presença de diversas áreas de clima desértico, o que agrava a situação de seca e escassez de água em várias localidades do continente.
Na região do Saara existem muitos rios temporários, também conhecidos como intermitentes, pois o fluxo desses rios diminui no período mais seco até cessar completamente.
Apenas o rio Nilo, o segundo maior do mundo em extensão, com cerca de 6.700 km, não perde o seu fluxo no percurso do deserto para o mar. O Nilo nasce na região equatorial próxima da floresta Nyungwe, em Ruanda. Por desaguar no Mar Mediterrâneo, formando um imenso delta, ele foi historicamente aproveitado para a irrigação e a agricultura.
As regiões equatoriais possuem uma drenagem bastante desenvolvida, principalmente pela presença do rio Congo, detentor da segunda maior vazão do planeta, com aproximadamente 41.000 m3/segundo.
O principal rio da África Ocidental é o Níger (4.800km), já na porção sul destacam-se o Orange (2.200 km), Zambeze (2.574 km) e o Limpopo (1.600 km).
A principal região lacustre está no Grande Rift Valley, onde estão localizados os Lagos Vitória, Albert, Tanganica e Niassa (ou Malawi). Por estarem relacionados ao relevo modificado pelos movimentos das placas tectônicas, esses lagos são chamados de lagos tectônicos.
O Lago Vitória, no platô entre as ramificações do Rift Valley, é o maior lago da África, com uma área total comparável ao território da Irlanda e repleto de nascentes que se dirigem para o rio Nilo.
RIFT VALLEY - ASSISTA O VÍDEO
Clima e Vegetação
Devido a localização geográfica do continente africano existe uma diversidade de climas, desse modo é possível encontrar tropical ou intertropical, mediterrâneo e semi-árido entre outras variações climáticas.
No entanto, o que predomina é o clima intertropical, dessa forma as temperaturas na região são quase sempre elevadas superiores a 20ºC a média mensal, essa característica climática é determinada pelo relevo presente na costa, por se tratar de montanhas impede a entrada de massas de ar no centro do continente.
As disparidades climáticas existentes na África são responsáveis pelos índices pluviométricos que variam de acordo com as regiões, nas áreas intertropicais onde concentram as grandes florestas ocorre uma grande incidência de precipitação, já em outros lugares praticamente não se desenvolve chuvas, por exemplo, nos deserto.
A partir do contexto climático podemos constatar os seguintes tipos de clima no continente africano.
• Desértico - predomina na região centro sul incluindo a Ilha de Madagascar. Na África existe o maior deserto do mundo que é o Saara;
• Equatorial - compreende ao centro-oeste. É quente e úmido o ano todo com variações de temperatura de 25 e 30 graus Celsius;
• Tropical - é o clima de maior predominância, é seco e quente e tem variações de 22ºC e 25ºC;
• Mediterrâneo - é o clima de menor abrangência no continente, predomina em pequenas porções ao sul e ao norte. São regiões mais frias onde a variação térmica é de 15ºC e 20ºC.
Curiosidades sobre a África
A África abriga os animais mamíferos mais mortíferos do mundo: os leões, os elefantes, os crocodilos e o pior deles, os hipopótamos. Apesar de parecer dócil, é agressivo e oferece grandes riscos às pessoas que visitam seu habitat natural. A forma mais comum de ataque é de baixo para cima, quando estão mergulhando em algum lago ou rio.
6 ANIMAIS QUE MAIS MATAM PESSOAS NO MUNDO: Veja
Além de abrigar os hipopótamos, a África é casa dos elefantes. Isso atraí caçadores e provoca uma matança, principalmente aos elefantes marfim. A espécie possui chifres com alto valor de marcado. A "Humanidade"
matou 144.000 elefantes em sete anos, 30% dos que restavam.
Além do hipopótamo e elefante, a girafa, o animal mais alto do mundo, também povoa as savanas africanas.
- O continente africano também sofre com a falta de água potável. O solo da África, no geral, tem muitas impurezas e a população é muito grande para a quantidade de água limpa que o território possui. Por isso, há estimativa de que mais de 300 milhões de pessoas não tem acesso a água limpa.
- Apenas 14km separam a África da Europa. A proximidade é tão grande que existe a hipótese do governo dos dois continentes criar uma ponte que facilite o trânsito entre essas duas regiões.
- Os BIG FIVE da África: O grupo consiste do leão, do elefante africano, do búfalo-africano, do leopardo e do rinoceronte. O nome de big five foi escolhido pela dificuldade de serem caçados e não pelo tamanho, por este motivo o leopardo encontra-se na lista e o hipopótamo não.
A África, infelizmente, é como um parque de diversão para caçadores, a grande maioria deles americanos, onde meninas, mulheres, homens e famílias se divertem assassinando girafas indefesas.
Veja um caso de "caça esportiva" ou seria genocídio de animais, que ganhou o mundo, o assassinato de um Leão Cecil, símbolo do Zimbabwe. LINK
Dois anos depois, Xanda, filho de Cecil foi morto por outro caçador em busca de um troféu. Assim como na morte de Cecil, ninguém foi punido.
Para proteger a vida selvagem alguns parques foram criados na África
Etosha National Park, Namíbia
Um dos maiores parques nacionais do mundo, o Etosha fica no norte da Namíbia e possui um deserto de sal conhecido como Etosha Pan, área de cerca de de 5.000 km² que antigamente abrigava um mar interior. O cenário deslumbrante do Etosha é ideal para contemplar a vida selvagem em buracos d’água, devido a sua paisagem aberta e árida.
Etosha é o lar de alguns animais selvagens raros e incomuns, bem como os Big 5, acomodando os elefantes mais altos do continente. O parque também é habitado por centenas de mamíferos, aves e répteis, incluindo espécies ameaçadas e em extinção, como o rinoceronte-preto.
O inverno (de abril a outubro) é a época ideal para a visualização de animais, já que a vegetação é escassa, o clima é mais acolhedor e os animais se reúnem em buracos de água para matar a sede.
Serengeti National Park, Tanzânia
Estendendo-se por 1,5 milhões de hectares de terra, o Parque Nacional do Serengeti é famoso por sua enorme concentração de vida selvagem, planícies sem fim e, claro, a migração anual dos gnus.
O nome “Serengeti” vem de palavra usada pela tribo Maasai para descrever a área, siringet, que significa “o lugar onde a terra se estende para sempre”. Como se não fosse o suficiente, as planícies sem fim do parque nacional ostentam o mais antigo ecossistema o planeta.
O Serengeti abriga grandes felinos. Os leões estão por todos os cantos- considera-se que o Serengeti abriga a maior população deste animal na África.
Cheetas são muito comuns nas planícies do sudeste, enquanto os leopardos podem ser encontrados freqüentemente em uma das grandes árvores ao longo do rio Seronera.
Kruger National Park, África do Sul
Situado no norte da África do Sul, o Kruger é um dos grandes parques nacionais do mundo e o maior e mais antigo parque nacional do país. Cobrindo uma área de mais de 20 mil quilômetros quadrados, o Kruger excede o tamanho do País de Gales.
A diversidade, a densidade eo grande número de animais são quase incomparáveis, e todas as espécies icônicas de safari de África prosperam aqui junto com outros 137 mamíferos e mais de 500 variedades de pássaros. Também é considerado o melhor lugar do mundo para avistar leopardos.
São os lodges no Kruger que realmente elevam a experiência no parque nacional. Guias altamente qualificados, cozinha requintada e um serviço expecial são marca registrada das hospedagens. Pense em jantares privados sob as estrelas, chalés românticos com piscinas de mergulho privativas, decks de suspensão de luxo construídos em árvores e todos os caprichos possíveis e inimagináveis.
Mahale Mountains National Park, Tanzânia
Situado no extremo oeste da Tanzânia, nas margens do Lago Tanganyika, Mahale possui a melhor exibição de chimpanzés na África – cerca de 1.700 chimpanzés vivem na área. O ponto focal para os visitantes é o grupo “M” de 60 pessoas, que tem sido objeto de pesquisa há mais de quatro décadas. Curiosamente, Mahale é o único lugar no mundo onde chimpanzés e leões vivem um ao lado do outro.
Além de proporcionar encontros próximos com chimpanzés, Mahale é absolutamente deslumbrante. As montanhas floridas descem até a costa do lago, o pico coberto de névoa do Monte Nkungwe eleva-se ao fundo e águas cristalinas repletas de peixes se debatem contra enseadas de areia branca.
Moremi Game Reserve, Botsuana
Cobrindo um terço do Delta do Okavango, Moremi é uma das melhores reservas de vida selvagem da África. Consiste em uma rede de vias navegáveis em torno de duas grandes ilhas; a icônica Chiefs Island no oeste e Mopane Tongue no leste.
Em 2008, foi eleita a “melhor reserva de animais na África” pela Associação Africana de Viagens e Turismo, sendo também a primeira reserva no continente a ser estabelecida por moradores locais.
A paisagem surpreendentemente única da reserva – que vai desde florestas ribeirinhas e pântanos até savanas e áreas úmidas, marcadas por ilhas de palmeiras – oferece aos visitantes uma vista maravilhosa. Os bushmen locais de BaSarwa também residem na área, proporcionando uma vivência íntima de seu estilo de vida tradicional.
South Luangwa National Park, Zâmbia
O Parque Nacional South Luangwa situa-se no leste da Zâmbia, no Vale de Luangwa, no final do grande Rift Valley. Sua localização remota e o número relativamente pequeno de visitantes proporciona um paraíso intacto para a vida selvagem e visualização de animais, muito mais exclusivo do que algumas das reservas mais famosas do sul da África.
South Luangwa é o berço dos safáris a pé e também a melhor maneira de vivenciar a mata africana. Em safáris a pé, você é acompanhado por um guia experiente, e encontra animais selvagens ao longo do caminho. Você pode escolher entre uma trilha de um dia ou uma caminhada de uma semana, dormindo sob as estrelas em acampamentos móveis, armados em localizações diferentes a cada noite.
Bwindi Impenetrable Forest, Uganda
Lar de quase metade dos gorilas de montanha que restam no mundo, o Parque Nacional Bwindi Impenetrable é Patrimônio Mundial e certamente um dos lugares mais especiais da África. Situado em uma íngrime floresta montanhosa, o parque abriga cerca de 360 gorilas criticamente ameaçados de extinção.
A impenetrável floresta é uma das áreas mais biologicamente diversas da Terra e um dos habitats mais antigos da África, já que prosperou até a última Era do Gelo, quando a maioria das outras florestas da África desapareceu.
Contém 120 espécies de mamíferos – mais que os outros parques nacionais de Uganda -, embora os avistamentos sejam menos comuns devido à densa floresta. Os visitantes de sorte podem ver elefantes da floresta, 11 espécies de primatas, bâmbis, imbabalas, gatos-dourados-africanos e o raro porco-gigante-da-floresta.
Amboseli National Park, Quênia
O Amboseli concede a seus visitantes uma das atrações mais emblemáticas da África – elefantes com grandes chifres caminhando com um plano de fundo com as melhores vistas do Monte Kilimanjaro. Ainda que a mais alta montanha independente de cordilheiras do mundo esteja do outro lado da fronteira na Tanzânia, Amboseli garante a visão mais perfeita de seus picos nevados.
O nome “Amboseli” tem origem de uma palavra Maasai que significa “pó salgado”, e é um dos melhores lugares da África para ver grandes manadas de elefantes de perto.
Os amantes da natureza podem explorar cinco habitats diferentes, desde o leito seco do lago Amboseli, zonas úmidas com fontes de enxofre, savana e florestas. Viajantes interessados em busca de uma imersão cultural podem visitar a comunidade Maasai local que vive ao redor do parque.
Mana Pools National Park, Zimbábue
Se você está à procura de uma experiência autêntica em áreas intocadas da África, o Mana Pools National Park é o lugar para você. É rústico, é lindo e não é para os fracos de coração.
O parque atrai uma série de grandes animais em busca de água, tornando-se uma das regiões mais famosas para visualização de vida selvagem da África. Este Patrimônio Mundial da UNESCO possui a maior concentração de hipopótamos e crocodilos do Zimbábue, bem como grandes populações de elefantes e búfalos durante a época de seca.
Andasibe-Mantadia National Park, Madagascar
Como em nenhum outro lugar da Terra, a magia de Madagascar deixa uma impressão vívida em todos aqueles que o visitam. É a ilha mais antiga do mundo e 5% de todas as espécies conhecidas de animais e plantas podem ser encontradas aqui e apenas aqui. É como um outro planeta – lar de árvores estranhas e bulbosas e animais encantadores e dançantes. O Andasibe-Mantadia National Park é o melhor lugar para ver a vida selvagem fascinante de Madagascar e seus moradores mais famosos, os lêmures.
É também o parque tropical mais acessível de Madagascar. É famoso pelo Indri, o maior lemur do mundo e a estrela Andasibe-Mantadia. Por ser um parque pequeno, pode ser explorado em caminhadas curtas, inclusive para dois pequenos lagos, Lac Vert (Lago Verde) e Lac Rouge (Red Lake).
Kibale Forest National Park, Uganda
O Kibale Forest National Park é uma floresta tropical exuberante no sul de Uganda, com a maior densidade de primatas da África. É também o segundo melhor lugar do mundo, depois de Mahale, para rastrear chimpanzés selvagens, com cinco grupos habituados ao contato humano. É o lar de 13 espécies de primatas, entre eles o macaco colobus vermelho, que está em perigo de extinção, e o incomum Monkey de L’Hoest, uma espécie de macaco do Velho Mundo.
Um grande corredor de vida selvagem liga Kibale ao Queen Elizabeth National Park, onde os rebanhos de elefantes africanos vagam livremente entre os dois santuários. Enquanto a abundância de primatas do parque é, sem dúvida, sua principal atração, Kibale é também o lar de outros animais, como leopardo, búfalo, bâmbi e porco-do-mato-africano.
Os amantes dos pássaros ficarão hipnotizados pelas 325 espécies de pássaros registradas do parque e um dia difícil de explorar é melhor compensado com uma xícara de café feita dos frutos da árvore de Café Robusta do parque, que abriga também 250 espécies de borboletas.
Hwange National Park, Zimbábue
O Hwange National Park é o maior, e alguns dizem, a melhor reserva de vida selvagem no Zimbábue. Por sua grandeza, é um parque excepcionalmente diversificado com terrenos que vão de áreas semi-desérticas no sul a florestas, colinas de granito e vales de mopane no norte.
O parque é repleto de vida selvagem e abriga mais de 100 espécies de mamíferos, incluindo leões, leopardos, chitas, hienas, cachorros selvagens e rinocerontes.
Hwange é mais conhecida por seus elefantes e tem uma das maiores populações do mundo, com cerca de 40.000 deles. O maior número de animais são vistos na época de seca (de agosto a outubro) quando a vida selvagem se reúne em torno dos encolhidos buracos de água.
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África
A África é terceiro maior continente em extensão territorial. O território estende-se por mais de 30 milhões de km2, ocupando, aproximadamente, 20% da área continental da Terra. No continente vivem mais de um bilhão de habitantes, fazendo dele o segundo mais populoso entre os demais.
A África é conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma história milenar, é capaz de contar a história de toda a humanidade.
Apesar da enorme riqueza do continente, muitos países africanos apresentam baixos índices de desenvolvimento, com diversos problemas sociais, como a miséria, baixa qualidade de vida, subnutrição e o analfabetismo.
A população da África é de 1.225.080.510 habitantes e a densidade demográfica é 36,4 hab/km2
Na África são faladas mais de mil línguas africanas, além de idiomas como o Árabe, Inglês, Francês, Português, Espanhol, Africanêr, entre outros.
São 54 países e 7 territórios independentes.
A África dividem-se em duas principais regiões — o Norte da África e a África subsaariana.
A África do Norte é uma região colonizada por franceses e ingleses. Grande parte da população está economicamente ativa na agricultura mediterrânea e na pecuária; Egito e Marrocos destacam-se devido sua relativa industrialização.
A África Subsaariana foi colonizada por europeus, e suas condições de vida é uma das piores. Cerca de 30% da população sofre de fome crônica, sem contar dos conflitos étnicos sobre suas condições socieconômicas que afetam a região.
Eles ainda utilizam a agricultura plantation; que sempre foi um sistema agrícola que produzia, principalmente, produtos tropicais em latifúndios monocultores para a exportação, era muito comum a utilização do trabalho escravo nesse sistema.
A Africa do Sul é o único país que em exceção, relacionado a economia. É o mais industrializado do continente e possui matéria prima como ouro, ferro, pedras preciosas.
Ambas são abrangidas pelo Deserto do Saara, uma ao sul, e outra ao centro. Ou seja, a África Subsaariana, fica abaixo do deserto.
Deserto do Saara
O deserto do Saara é o segundo maior deserto do mundo com aproximadamente 9 milhões de km2 de extensão. Lembrando que toda a África tem 30 milhões de km2.
Ele localiza-se ao norte da África (entre a África Mediterrânea e a África Subsaariana) abrangendo diversos países do continente africano: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Sudão e Tunísia.
É delimitado pelas fronteiras: Mar Mediterrâneo e Cordilheira do Atlas ao norte, Mar Vermelho a leste, o Sahel ao sul e o Oceano Atlântico a oeste.
A África, também é comumente dividida desta forma:
- África Setentrional
- África Ocidental
- África Central
- África Oriental
- África Meridional
África Setentrional
É a maior região do continente em termos de área. A população distribui-se de forma heterogênea pela área, concentrando-se nas porções de maior umidade.
Nessa região, também chamada Norte da África, há uma grande concentração de minérios voltados para o mercado de exportação, ao passo que a agropecuária é pouco desenvolvida, devido às suas condições naturais.
Apenas no Vale do Rio Nilo é que a agricultura desenvolve-se, devido à grande fertilidade do solo, graças às cheias do rio.
África Ocidental
A África Ocidental caracteriza-se pela predominância de clima equatorial, vegetação representada pelas savanas e florestas. A população concentra-se especialmente nas regiões ao sul, pois no Saara as condições geográficas não são atrativos populacionais. Nessa área a agricultura é uma das atividades econômicas praticadas, com destaque para o cultivo de cana-de-açúcar, cacau e banana.
África Central
Essa região limita-se com o Oceano Atlântico, a oeste, e regiões montanhosas, a leste. É atravessada por diversos rios, apresenta altas temperaturas, umidade do ar elevada, predominância de clima tropical e presença das savanas.
África Oriental
A África Oriental caracteriza-se pela presença de formações montanhosas, vulcões e lagos. O clima predominante é o tropical, e a vegetação é dos tipos equatorial, savana e estepes, com áreas desérticas.
A economia da região baseia-se na agricultura com o cultivo de café e algodão, voltado ao mercado de exportação. Essa região apresenta baixos índices de desenvolvimento humano e diversos problemas sociais.
África Meridional
Essa região caracteriza-se pela presença de planaltos; clima tropical, desértico e mediterrâneo; e vegetação de savanas, estepes e florestas.
Parte dela é rica em minérios como ouro, cobre e crômio. Em outras partes, é praticada a agricultura, como as plantações de cana-de-açúcar, café e fumo.
A colonização da África
Existe um motivo e uma explicação para que na África se fale tantas línguas europeias.
Em 1830 missionários e exploradores adentram no continente com a finalidade de “salvar as almas selvagens”, mascarando pela religiosidade que a verdadeira intenção era a da conquista da África pela Europa.
Em 1884-1885 foi sacramentada na Conferência de Berlim a partilha da África, todo o seu território foi transformado em colônias das grande potências europeias. Como vemos no mapa a seguir
O continente africano foi colônia de potências europeias até a segunda metade do século XX. Sua independência se deu pela ocorrência da Segunda Guerra Mundial, que aconteceu na Europa entre 1939 e 1945. Um acontecimento que envolveu muitos países, dentre eles nações europeias que detinham territórios de exploração no continente africano.
Após o conflito, a Europa ficou bastante debilitada no âmbito político e econômico. O enfraquecimento das nações fez ressurgir movimentos de luta pela independência em todas as colônias africanas. No decorrer da década de 1960, os protestos se multiplicaram e muitos países europeus concederam pacificamente independência às colônias. Porém, a independência de alguns territórios se efetivou depois de prolongados confrontos entre nativos e colonizadores.
As antigas colônias se transformaram em países autônomos, no entanto, a partilha do território foi realizada pelas nações europeias, que não consideraram as divergências étnicas existentes antes da colonização. Desse modo, os territórios estipulados pelos colonizadores separaram povos de mesma característica histórico e cultural e agruparam etnias rivais.
Tal iniciativa produziu instabilidade política, que resultou em diversos conflitos entre grupo étnicos rivais. Diante dessa situação, as minorias continuaram sendo reprimidas por grupos majoritários, assim como acontecia no período colonial.
O continente está atualmente fragmentado em 53 países independentes. A incidência de conflitos tribais e o neocolonialismo dificultam a instabilidade política e econômica da região.
A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA ÁFRICA
A colonização portuguesa na África está relacionada às suas primeiras incursões no século XV durante as grandes navegações, conhecido como o antigo sistema colonial e depois com o imperialismo do século XIX até a metade do século XX.
Cabo Verde, Madeira e São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique
Esses foram os territórios portugueses na África, não à toa, fala-se português nestes países. Ao longo da história, principalmente no século XX, os portugueses exploraram esses territórios com violência e etnocentrismo, em contrapartida, vários grupos desses países se organizaram em movimentos pró direitos civis dos grupos africanos e pela independência. Após pressões internas (dentro dos países africanos e em Portugal) e externas (outras nações), Portugal reconhece a independência das ex-colônias entre 1974-1975.
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Conflito norte x sul
A nova ordem mundial foi a vitória do capitalismo e da democracia.
Alguns argumentavam que o modelo político e econômico estabelecido pelos Estados Unidos se tornaria dominante a tal ponto, que não haveria mais conflitos. Que houve uma vitória norte-americana sobre a União Soviética não podemos negar. Mas até mesmo os vencedores apresentaram vários problemas econômicos, como por exemplo: elevado déficit público e elevado endividamento interno e externo; isso em parte se deveu a corrida armamentista.
É bem claro que o capitalismo é mais dinâmico e competitivo, entretanto é sempre bom lembrar, que com exceção da Coréia do Norte, Cuba e Vietnã, todos os outros países considerados sub-desenvolvidos são capitalistas. Muitos problemas no mundo, foram criados pelo sistema capitalista, como o aumento da pobreza, desemprego e concentração e estes aumentam em todo mundo.
Um dos problemas mais sérios é a desigualdade social. Este problema vem se agravando até mesmo em países desenvolvidos. Com o aumento da incorporação de novas tecnologias no processo produtivo, a oferta tem diminuído e isso contribui e muito para se empobrecer a população. Também é cada vez maior o buraco que separa os países ricos dos pobres. Esse é o chamado conflito norte x sul, que é de natureza econômica, e não geopolítica, como era o caso do conflito leste x oeste.
Considerando os aspectos socioeconômicos se divide o mundo em países desenvolvidos, Norte, e subdesenvolvidos, o Sul. Essa não é uma divisão geográfica, mas podemos dizer que na América a linha divisória é a fronteira Estados Unidos - México; a Europa é separada pelo Mediterrâneo; na Ásia, o Japão é o mais desenvolvido, tendo como os tigres Asiáticos como economias emergentes; na Oceania, a Austrália e a Nova Zelândia se enquadram no clube dos ricos.
Um problema decorrente do conflito entre Norte x Sul é a imigração em massa. Milhões de pessoas a cada ano tem emigrado, principalmente para a Europa Ocidental. Isto se deve ao aumento de desemprego, baixos salários, fome, que estão aliados ao crescimento populacional, além de conflitos e guerras nos países subdesenvolvidos.
Com o advento da Internet, o uso das redes sociais tornou-se um novo modo de influenciar as pessoas: Facebook, Instagram , Whatsapp; viraram instrumentos políticos de convencimento.
Esses aplicativos, usam algoritmos, para direcionar as suas publicidades, para que sejam assim, mais efetivas, enviando a mensagem certa para o público certo. Esses aplicativos conseguem saber através dos algoritmos, quais são as preferências e ou necessidades de cada usuário, direcionando assim qual é a melhor propaganda a ser disponibilizada para cada usuário em particular.
O que é um algoritmo? A explicação mais fácil pode ser esta: uma receita de bolo. Na receita você tem os ingredientes, como mistura-los na sequencia certa e por ai afora.
Os desenvolvedores criam receitas para serem pesquisadas. Ex.: para mandar uma publicidade de venda de imóveis, o usuário tem que registrar em suas páginas as palavras: cansado, preso, chateado, mudança, apertado, desiludido, de de saco cheio, novos ares, etc. O aplicativo através de seus potentes computadores, identifica quais usuários utilizaram algumas dessas palavras e envia o anúncio de venda de imóveis ou até, um anúncio de agência de viagens.
Você percebeu que tudo é pago, menos o Facebook, o Instagram e o Whatsapp? E mesmo assim o FACEBOOK é a 5.ª empresa de maior valor no mundo.
Alguns espertalhões (a Cambridge Analytica) passaram a usar esses algoritmos para saber a preferência política ou pensamentos de cada usuário através destes aplicativos sociais, e com o uso ostensivo de robôs cibernéticos, inundaram as redes, com informações, muitas delas falsas (fake news), manipulando assim, o resultado das urnas em diversos países.
Conclusão: é muito mais econômico a guerra contemporânea, tendo como campo de batalha o mercado mundial altamente globalizado e é muito mais fácil manipular os corações e mentes, contra aqueles que não se coalizam com os desejos dos "donos do mundo".
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ATIVIDADES NÃO FAZER 2020
1) Quais países tem poder de veto no conselho de segurança da ONU?
2) Quais critérios são usados para compor o IDH de um país?
3) A OMS - Organização Mundial da Saúde é ligada a qual organização?
4) Em quantos países o PNUD está presente?
5) Em quais áreas o PNUD atua no Brasil?
6) Em que cidade/país estão localizadas as sedes do FMI e Banco Mundial?
7) Em quantos anos aumentou a expectativa de vida entre os dados de 1950 e 2010?
8) Os Estados Unidos mantém 25 % das cotas, por isso, qual é a principal crítica que o FMI recebe?
9) Acessando o mapa atualizado em 2016, verifique se há algum país que tenha IDH considerado alto na América do Sul?
10) Acessando o mapa atualizado de 2016, verifique quais países tem o IDH maior que 0,88?
ATIVIDADE
Baseado no Mapa-Mundi e de acordo com os critérios apresentados de regionalização, identifique os países que façam parte deles:
1) Países de língua portuguesa?
2) Países que foram Campeões do Mundo de Futebol?
3) Países que não são banhados pelo mar? Cite 05.
4) Países Latino-Americanos?
5) Países Ocidentais? Cite 06
6) Países Orientais? Cite 06
7) Países sub-desenvolvidos? Cite 06
8) Países que são grandes produtores de petróleo.
REVISÃO
A Geografia é a ciência responsável por compreender o espaço e a relação que ele possui com o ser humano.
A Geografia estuda o espaço geográfico, ou seja, todo o espaço terrestre produzido pelo homem ou que possui direta ou indireta relação com este.
Em termos gerais, a Geografia costuma ser dividida em Regional e Geral, sendo essa última novamente subdividida em Física e Humana.
A Geografia Regional, como o próprio nome aponta, parte de estudos localizados, regionais, pautando-se pelas características específicas dos locais.
A Geografia Física, por sua vez, estuda o relevo terrestre, bem como a intervenção da ação humana sobre ele, atuando também em sistemas de planejamento ambiental, agrário e urbano.
A Geografia Humana é pautada em compreender a reprodução das atividades humanas sobre o espaço, como o crescimento das cidades, a dinâmica do espaço econômico, o meio agrário e rural.
Vamos recapitular algumas coisa que já vimos assistindo este vídeo: