1.º ANO AULA 19 Voltar
Estrutura da Terra
A camada mais sólida do Planeta é dividida em crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno.
Crosta Terrestre ou Litosfera
A Terra é um planeta terroso. A superfície dessa massa sólida recebe o nome de crosta ou litosfera, composta por rígidos blocos denominados placas tectônicas.
A litosfera é formada por rochas e minerais. É a camada geológica mais fria da Terra e também a mais fina, com espessura estimada em pelo menos 90 quilômetros na área continental e 8 quilômetros na área dos oceanos.
As rochas que constituem a litosfera são denominadas como magmáticas, sedimentares e metamórficas. As rochas magmáticas, ou ígneas, são formadas pelo magma.
A atividade erosiva é a responsável pela formação das rochas sedimentares. E as rochas metamórficas são uma combinação das rochas magmáticas com sedimentares.
É na Crosta terrestre que se localiza toda a vida conhecida no planeta. A vida no interior da Terra é improvável, os organismos vivos não suportariam tão elevadas temperaturas.
A perfuração mais profunda já realizada foi o Poço Superprofundo de Kola, na antiga União Soviética. Em 1989, o poço atingiu a marca de 12 262 metros com temperatura no interior de 180 °C. Mesmo assim, a perfuração se manteve na camada superficial do planeta, não alcançando o Manto.
ASSISTA AO VÍDEO NESTE LINK
Manto
O Manto terrestre é a camada intermediária, fica abaixo da Crosta e acima do Núcleo. Sua espessura é cerca de 2900 km. O Manto é responsável por cerca de 85% da massa do planeta.
É comumente dividido em duas partes:
Manto Superior, mais próximo à superfície e Manto Inferior, mais próximo ao núcleo.
Devido às altas temperaturas, o Manto Superior encontra-se em estado de magma, rocha fundida com aspecto de pasta.
No Manto Inferior, devido à alta pressão, as rochas encontram-se em estado sólido, ainda que com temperaturas mais altas em relação à parte superior. A temperatura nas áreas mais profundas do Manto Inferior atingem cerca de 3000 °C.
Núcleo
O Núcleo é a parte mais interna da estrutura da Terra. Também é chamado de NIFE por ser composto de Níquel e Ferro.
Assim como Manto, o Núcleo é subdividido em duas partes: Núcleo Externo (líquido) e Núcleo Interno (sólido).
Núcleo Externo
A parte exterior do Núcleo terrestre é composta de Níquel e Ferro em estado líquido e tem aproximadamente cerca de 2200 km de espessura.
A temperatura do Núcleo Externo varia entre 4000 °C e 5000 °C.
Núcleo Interno
O Núcleo interno é a parte mais profunda da estrutura interna da Terra possui um raio de 1200 km e se localiza cerca de 5500 km de profundidade em relação à superfície.
A temperatura no interior do Núcleo é próxima dos 6000 °C, temperatura muito parecida com a do Sol.
Seu interior é composto basicamente de Ferro em estado sólido, devido à pressão, 1 milhão de vezes maior que ao nível do mar.
Estudos mostram que o Núcleo Interno gira em uma velocidade superior ao movimento de rotação da Terra. Isso só é possível por estar imerso em um meio líquido.
Até o momento relatamos as camadas da terra pela composição química. Existe outra maneira de se referir a elas: pela composição física.
As camadas por comportamento físico:
*litosfera: corresponde a uma camada que se encontra entre a crosta e a parte do manto superior, possui textura sólida e se move sobre a astenosfera.
*Mesosfera: possui uma grande espessura e é bastante densa, superior às rochas superficiais.
Assista o vídeo até 08:30 min. e conheça mais sobre o interior da Terra e todas as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para retirar petróleo do Pré-Sal.
O Tempo Geológico e o Tempo Histórico
O planeta Terra, muito provavelmente, possui cerca de 4,5 bilhões de anos. Isso significa que ele é muito, mas, muito velho mesmo. Entretanto se considerarmos a idade do universo (13 bilhões de anos), o nosso planeta não é tão “velho” assim.
É preciso deixar claro aqui que estamos falando do Tempo Geológico, quando a escala de tempo é medida nos milhões ou até bilhões de anos, dependendo da classificação das eras geológicas e seus respectivos períodos.
Já o Tempo Histórico se refere ao período da humanidade na terra, cuja escala de tempo é medida, por segundos, minutos, horas, dias e anos. Veja o vídeo para entender melhor a diferença.
Considerando todas essas transformações sobre as quais a Terra passou, podemos ficar perplexos ao descobrirmos que os primeiros humanos em suas formas atuais surgiram apenas no período quartenário, o último deles.
Isso significa que, ao passo em que o planeta possui quatro bilhões e meio de anos, os seres humanos habitam-no há apenas alguns conjuntos de milênios.
Essa diferença entre uma escala de tempo geológico e a escala de tempo histórico fica difícil de imaginar. Para facilitar essa tarefa, vamos fazer uma metáfora:
- Se todos os dias da Terra fossem escritos em um livro de 450.000 páginas, o ser humano teria aparecido pela primeira vez na página 449.600.
Assim sendo, quando falamos na geografia, que determinado relevo é antigo e outro mais recente, não quer dizer que este tenha surgido há pouco tempo em termos históricos, e sim, há centenas de milhares de anos, o que é muito pouco, comparado com a idade da Terra.
Por esse motivo, é muito importante sabermos a diferença entre tempo histórico e tempo geológico!
A seguir: As Eras Geológicas
ENTENDA A TABELA ACIMA NESTE VÍDEO
Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Durante todo esse período ela passou por grandes transformações, processo classificado como eras geológicas.
As diferentes eras geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc.
Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.
Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.
Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.
1.º ANO AULA 21 Voltar
Desastres Naturais
Os Desastres Naturais representam um conjunto de fenômenos que fazem parte da geodinâmica terrestre, portanto, da natureza do planeta.
Quando ocorrem, podem trazer consequências catastróficas para o ser humano e por mais que a tecnologia na área seja avançada, muitos desastres naturais são imprevisíveis.
Note que eles são fenômenos naturais e representam a mudança de ciclo na Terra, no entanto, nos tempos atuais, essas ocorrências têm aumentado de maneira significativa, o que nos leva a crer nas estatísticas e estudos sobre o meio ambiente.
Nesse sentido, muitos desastres têm ocorrido porque o planeta Terra está sofrendo cada vez mais, com o aquecimento global e o efeito estufa, o que leva ao aumento dos desastres naturais, ocasionados pelo desiquilíbrio da natureza.
Para os seres humanos, muitos danos e prejuízos são resultantes dos desastres naturais, os quais geram diversos impactos na sociedade.
Por sua vez, para a natureza, os desastres naturais auxiliam na renovação e manutenção dos ecossistemas, formação do relevo, abastecimento das fontes hídricas naturais, dentre outros.
Os tipos de desastres naturais são:
A seca que castigou o semiárido brasileiro de 2012 a 2017, em especial o sertão do Nordeste, foi a pior da história já registrada no Brasil, aponta levantamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O que minimizou a seca foi a construções de mais de 1 milhão de cisternas para água potável e de cisternas de calçadão para alimentar o gado e a plantação. VER VÍDEO
Alguns dos principais desastres naturais que marcaram o mundo na atualidade foram:
Desastres naturais no Brasil
As mudanças climáticas globais atingem todo o planeta, sendo o Brasil um dos países que estão inclusos na lista, posto que ultimamente tem apresentado um grande aumento das ocorrências de desastres naturais por todo o país.
Além da seca que assola as regiões norte e nordeste do país, a intensificação das precipitações, junto aos fenômenos climáticos, por exemplo, o “El Ninõ”, têm demostrado o aumento das temperaturas do índice pluviométrico (chuvas) e tempestades, resultando em diversas catástrofes por todo o país.
De tal maneira, enquanto as regiões do norte e nordeste sofrem com a estiagem, as regiões sudeste e sul, no mesmo momento, sofrem com o aumento das chuvas, levando ao aumento dos alagamentos e desabamentos. VER VÍDEO sobre a seca.
Por fim, a maioria dos desastres no Brasil (mais de 80%) está intimamente relacionada às instabilidades atmosféricas, responsáveis pelo desenvolvimento dos desastres naturais, dos quais estão as inundações, vendavais, tornados, granizos e deslizamentos de terra.
AS QUEIMADAS
Devido a secas severas, é possível que a mata pegue fogo sozinha, o que á natural em muitos casos, mas, devido a falta de fiscalização, queimadas provocados pelo ação direta do homem, ajudam e muito na destruição da nossa fauna e flora.
Os principais biomas do país estão literalmente sendo consumidos por queimadas e incêndios generalizados sem precedentes, resultado de uma mistura explosiva de secas severas e descaso com o meio-ambiente.
O Brasil enfrenta hoje uma das piores crises ambientais de sua história, com consequências potencialmente danosas para toda a sociedade.
No Pantanal, maior planície interior inundada do mundo, o fogo já atingiu, até o final de agosto (2020), mais de 12 % do bioma.
No Cerrado, a savana mais biodiversa do mundo, já foram registrados mais de 38 mil focos de calor até agora (agosto de 2020).
Na Amazônia, os números de queimadas e incêndios florestais registrados até o dia 14 deste mês (setembro) já superaram setembro inteiro de 2019, um crescimento de 86% para o período.
1.º ANO AULA 22 Voltar
RELEVO TERRESTRE
O relevo é a parte superficial da litosfera (camada sólida da Terra). É onde as transformações geológicas se expressam mais nitidamente, sendo também o local de habitação do ser humano e da maior parte dos animais terrestres. Em síntese, podemos definir o relevo como o conjunto de formas físicas que compõem a superfície da Terra.
A ciência que estuda as composições e variações nas formas de relevo é a Geomorfologia, que é um ramo do conhecimento que possui uma interface com duas ciências: a Geografia e a Geologia.
Tipos de relevo
Para melhor estudar e compreender as suas dinâmicas de formação e transformação, dividiu-se o relevo em alguns tipos principais, com base em suas fisionomias externas, são eles: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
Montanhas:
São formas de relevo que apresentam elevações e altitudes superiores em comparação com regiões imediatamente vizinhas. Alguns autores afirmam que uma elevação no relevo só pode ser considerada como formação montanhosa se possuir mais de 300 metros de altitude em relação ao relevo que se encontrar ao redor.
Esse tipo de relevo geralmente é caracterizado por ser geologicamente recente, possuindo essa forma mais acidentada por ter sofrido por menos tempo a ação dos agentes modeladores da superfície terrestre.
Quando grupos de montanhas ou serras localizam-se paralelamente uns aos outros, formando uma espécie de “parede” em grandes extensões, há o que se chama de cordilheira, como a Cordilheira do Himalaia (Ásia).
Planaltos:
Os planaltos – também chamados de platôs – são definidos como áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Neles, predomina o processo de erosão, que fornece sedimentos para outras áreas.
Existem três principais tipos de planaltos: os cristalinos, formados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórficas) e compostos por restos de montanhas que se erodiram com o tempo; os basálticos, formados por rochas ígneas extrusivas (ou vulcânicas) originadas de antigas e extintas atividades vulcânicas; e os sedimentares, formados por rochas sedimentares que antes eram baixas e que sofreram o soerguimento pelos movimentos internos da crosta terrestre.
Planícies:
São áreas mais ou menos planas e que possuem uma altitude menor em relação às montanhas e aos planaltos. Caracterizam-se pela grande quantidade de sedimentos acumulados em sua superfície, geralmente trazidos pela água das chuvas, dos rios ou, no caso das planícies litorâneas, pela água dos oceanos e dos mares.
A região da Amazônia é uma das planícies mais conhecidas do mundo.
Depressão relativa:
São áreas que apresentam altitudes inferiores em relação ao relevo circundante
ou em relação ao nível do mar (depressão absoluta).
Depressão absoluta:
São áreas que apresentam altitudes inferiores em relação ao nível do mar (depressão absoluta). Como a de Rift Valley, localizado no Quênia. Um tipo de depressão originado pela ação de agentes endógenos do relevo.
Em geral, depressões, costumam abranger regiões geologicamente antigas e que, portanto, sofreram bastante com ações de erosão e sedimentação das rochas e dos solos, o que se revela em sua superfície geralmente ondulada.
Mas afinal, qual é o verdadeiro formato da Terra?
ASSISTA A ESTE VÍDEO E DESCUBRA LINK
Placas Tectônicas
Teoria das Placas Tectônicas
Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas.
A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado.
A crosta terrestre não se apresenta de maneira contínua ao longo de toda a extensão do planeta. Ela é fraturada em vários “pedaços”, conhecidos como placas tectônicas.
ASSISTA AO VÍDEO - LINK
Placas tectônicas
A crosta terrestre corresponde à camada superior da Terra, que é formada por rochas em seu estado sólido. Já as camadas inferiores – exceto o núcleo interior, que também é sólido – apresentam-se em uma textura líquida ou pastosa.
As placas tectônicas representam as diferentes partes da crosta terrestre e estão sempre em movimento, causando alterações nas formas de relevo do planeta.
A litosfera – nome dado para designar toda a porção sólida superior da Terra – é bastante fina em relação ao interior do planeta, de forma que ela foi facilmente rompida ao longo do tempo em função da pressão interna exercida pelo magma.
O movimento das placas, resultado dessa ruptura, é continuado em razão da pressão exercida pelas correntes ou células de convecção do magma terrestre.
Ao todo, existem várias placas tectônicas, conforme podemos observar no mapa acima. Em algumas definições, o número delas é maior, pois subdividem-se conceitualmente mais vezes as suas estruturas em razão de suas manifestações internas.
As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa de Nazca, Placa do Caribe, Placa dos Cocos, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártida, Placa Euro-asiática, Placa da Arábia, Placa do Irã, Placa das Filipinas e Placa Indo-australiana.
Tipos de placas
Movimentos das placas tectônicas
A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes.
Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão.
Limites das placas tectônicas
Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo.
Limite divergente
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho.
A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia.
No movimento divergente, as placas tectônicas afastam-se umas das outras.
Limite convergente
No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.
Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas.
Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento.
Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.
No movimento convergente, as placas tectônicas aproximam-se e chocam-se umas com as outras.
Limite transformante
No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas.
Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
No movimento transformante, as placas tectônicas deslizam umas em relação as outras.
AS PLACAS TECTÔNICAS E OS TERREMOTOS E TSUNAMIS LINK
AS PLACAS TECTÔNICAS E O VULCÕES - ASSISTA LINK
O Brasil situa-se no centro da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura.
Essa placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico.
Por estar localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa.
1.º ANO AULA 23 Voltar
SENSORIAMENTO REMOTO: A DEMOCRATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Remoto, o que lembra essa palavra? Controle remoto, não é?
Controle da TV, carrinho de controle remoto, avião de controle remoto, de pequenos drones de observação e até de grandes aviões não tripulados capazes de lançar mísseis e bombas.
1.º ANO AULA 24 Voltar
Sinais cartográficos
Pedimos ao João Benedito, para ele fazer uma planta baixa da sua casa (planta baixa é o nome que se dá ao desenho de uma construção vista de cima, onde mostra onde estão localizadas as paredes externas, paredes divisórias, portas, janelas; demostrando onde são os quartos, banheiros, sala, cozinha, etc.). Ele apresentou a planta da sua casa só com as paredes externas. Ou seja, não serviu para nada.
Muito bem! Sabemos que a casa do João Benedito, tem 3 quartos, 02 banheiros, sala de estar, sala de jantar, cozinha e área de serviço. Mas, ela é grande ou é pequena?
Falta uma informação fundamental nesta planta: a metragem. Quanto mede cada comôdo?
Se vc fizer uma planta baixa da sua casa na escala 1 : 100 e seu quarto medir 3 mt x 3 mt, você vai representa-lo no papel com um quadrado de 3 cm por 3 cm.
Se vc fizer uma planta baixa da sua casa na escala 1 : 50 e seu quarto medir 3 mt x 3 mt, vc vai ter que representar no papel com um quadrado de 6 cm por 6 cm. (já que para cada centímetro no papel equivale a 50 cm (1/2 metro ou 0,5 m) na medida real.
Todas as plantas baixas geralmente tem as medidas de cada espaço, vc pode constatar isso nos panfletos de venda de apartamentos que são distribuídos. Mas, se estiverem só com a escala, por exemplo, 1: 100 você vai saber que cada sentimento representa 100 cm (01 m) da medida real.
Tudo o que a gente viu até agora em relação a casa do João Benedito ou plantas baixas, podemos levar para os mapas.
1.º ANO
AULA 25
Voltar
LINGUAGEM CARTOGRÁFICA - VARIÁVEIS VISUAIS
As representações cartográficas estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, desde o mapa do tempo que aparece na TV ou a maquete para orientação no shopping.
Essas representações tem por objetivo informar seus usuários. Quem cria uma representação cartográfica deseja se comunicar, informar algo espacialmente. Portanto, a comunicação cartográfica permite que a pessoa utilize a cartografia para informar ou se expressar. Através dos traços cartografados pode-se estabelecer uma relação de comunicação entre quem os criou e quem irá ler os mesmos.
É importante ter em mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual adequada a um tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas representações guarda a visão de quem a elaborou.
Portanto, é preciso identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é localizar um país, o ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre. Se o objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a planta da cidade.
Uma parte importantíssima de uma mapa é a sua visualização e quanto mais fácil for a visualização, mais fácil será o seu entendimento.:
Este mapa que vimos é um MAPA POLÍTICO - que aponta a divisão do território em países, estados, regiões e municípios. O mapa político é considerado um Mapa Humano (transformações feitas pelo homem), como outros que veremos a seguir
A seguir, podemos ver também uma escala de cores num MAPA DEMOGRÁFICO – que apresenta a distribuição da população em uma determinada região.
O mesmo uso de cores também pode ser usado num MAPA ECONÔMICO (este em particular com ênfase em agricultura) – que indica as atividades produtivas do homem em uma determinada região.
Os MAPAS RODOVIÁRIOS, FERROVIÁRIOS ou HIDROVIÁRIOS – que apresentam as estradas de rodagem (carro, caminhão, etc.), as estradas de ferro (trem) e as hidrovias (barcos) de uma região também são considerados Mapas Humanos. O mapa a seguir de 2014 denominado a "Logística dos Transportes" contempla os três modais de transportes.
Portando, os Mapas Políticos , os Mapas Demográficos , os Mapas Econômicos , os Mapas Históricos , o s Mapas Rodoviários , Ferroviários ou Hidroviários , entre outros, são mapas temáticos chamados de Mapas Humanos , ou seja, se referem às ações do homens: como dividiram a região, onde construíram estradas, onde há mais gente e por aí afora,
Vamos conhecer agora os Mapas Físicos . Ou seja, mapas que retratam o que a natureza criou.
O MAPA TOPOGRÁFICO – que estuda o relevo em níveis de altura, também incluindo os rios mais importantes do lugar.
O Mapa Climático – que indica os tipos de clima que atuam sobre uma região.
Os Mapas Geomorfológicos - que representam as características do relevo de uma região.
Vimos portanto, exemplos de MAPAS FÍSICOS: Mapa Topográfico, Mapa Climático, Mapa Biogeográfico, Mapa Hidrográfico, Mapa Geomorfológico .
E o Mapa do Desmatamento é Físico ou Político? Na verdade é uma mistura dos dois, dado que são florestas que são derrubadas pelos homens. Veja a comparação abaixo. Clique no mapa para ver melhor.
Existem também os Mapas Anamórficos : Um mapa anamórfico é um recurso utilizado pela cartografia para destacar uma informação específica de maneira gráfica. Altera-se o tamanho natural de acordo com a sua importância em determinado assunto que ser queira evidenciar, como nas imagens abaixo retiradas do site: http://profwladimir.blogspot.com/2012/02/anamorfose-brasil-estados-com-as-areas.html.
A escolha dos símbolos que vão compor os mapas não é aleatória, ela precisa seguir um padrão mínimo para o seu estabelecimento. Desse modo, podemos classificar a simbologia dos mapas em três principais tipos de legenda, tipificados a partir de suas formas em: PONTUAL, LINEAR e ZONAL
Os SÍMBOLOS PONTUAIS costumam ser empregados quando a superfície dos objetos a serem destacados possui dimensões desprezíveis em relação à área total representada. Por exemplo: um ponto de ônibus em uma cidade inteira ou uma cidade no mapa-múndi. Eles possuem a vantagem de representar a localização exata dos pontos indicados.
Na parte de cima é fácil identificar onde tem um telefone público, um restaurante, um aeroporto e assim por diante, os símbolos da segunda linha são usados com uma legenda para identificar no mapa o que se deseja, como por exemplo, as capitais dos estados brasileiros.
Os SÍMBOLOS LINEARES são aqueles utilizados para representar objetos e elementos de larga extensão, mas que não possuem uma largura relevante. Essas representações precisam necessariamente estarem de acordo com a escala do mapa para indicar corretamente a extensão dos pontos indicados. Exemplo: rodovias, ferrovias ou hidrovias como podemos ver no mapa "Logísticas dos Transportes".
Os Símbolos Zonais são utilizados para representar áreas inteiras ao longo de um mapa, como a extensão de um campo agrícola ou o espaço urbano na área de um município. Em podem ser feitos usando cores diferentes, ou a mesma cor em vários tons ou algum tipo de legenda como demostrado abaixo.
O mesmo símbolo pode ser usado em alguns mapas, mas, com tamanhos e larguras diferentes, como no mapa abaixo que mostra a migração no brasil entre 1980 e 1990. Quanto maior a migração, maior a largura da seta.
1.º ANO AULA 26 Voltar
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções cartográficas são sistemas de coordenadas geográficas, constituídos por meridianos (semicírculo imaginário traçado de um polo da Terra a outro) paralelos (linhas imaginárias paralelas à Linha do Equador), sobre os quais pode ser representada a superfície esférica da Terra.
Isso quer dizer que a superfície esférica do planeta é, portanto, planificada por meio de desenho, dando origem a um mapa. A construção desse sistema é feita mediante relações matemáticas e geométricas. As projeções cartográficas mais conhecidas são:
- Projeção cilíndrica
- Projeção azimutal ou plana
- Projeção cônica
As mais conhecidas classificações de projeção cartográfica são aquelas que utilizam as superfícies de um cone, plano ou cilindro, a fim de planificar a área esférica da Terra.
Projeção Cilíndrica: é como se um cilindro envolvesse o globo terrestre. Nesse caso, os paralelos e os meridianos são representados por linhas retas que convergem entre si. Um exemplo notório é a representação do mapa mundial tal qual o conhecemos.
Projeção Cônica: é como se um cone envolvesse parte do globo. É muito utilizada para representar regiões continentais. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos são linhas retas que convergem para os polos.
Projeção Plana: também chamada de “projeção azimutal”, trata-se de um plano tangente à esfera terrestre. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos retos irradiam-se do polo. Dependendo da representação pretendida, elas são classificadas de três maneiras: Polar, Equatorial e Oblíqua.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA.
Projeção cilíndrica é feita sobre um cilindro tangente ao globo.
A projeção cilíndrica refere-se à representação da superfície esférica da Terra em um plano utilizando como base um cilindro que envolve todo o globo. Nessa projeção as coordenadas geográficas (paralelos e meridianos) são representadas por linhas retas que se encontram em ângulos retos.
Há nela conservação da forma, direções e ângulos, mas a proporção da superfície é distorcida. É comum escolher esse tipo de projeção para mapas-múndi. À medida que se aproxima dos polos, as deformações aumentam, sendo assim, as regiões polares são normalmente exageradas em sua apresentação.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE MERCATOR
Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século XIV. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
Importante: Foi Mercator que sugeriu a primeira técnica de cartografar o globo terrestre.
Características:
- CONFORME (mantém a mesma forma):
• Ausência de deformação angular
• A forma ou fisionomia dos elementos desenhados no mapa mantém-se igual a da
superfície terrestre, porém a área é alterada. Ex: Groenlândia.
PROJEÇÃO DE MERCATOR
A Groenlândia, no mapa, está basicamente do mesmo tamanho da América do Sul, sendo que, na verdade, sua área é 4 vezes menor do que a do Brasil.
Assim como toda e qualquer projeção que objetive representar em um plano a esfera terrestre, distorções ocorrem no tamanho das áreas dos continentes, de forma que elas se tornam mais evidentes à medida que nos aproximamos dos polos.
Uma crítica que a Projeção de Mercator recebe é o fato de ela possuir um caráter eurocêntrico, ou seja, coloca a Europa no centro do mapa.
Se considerarmos o contexto histórico-geográfico no qual ela foi elaborada, podemos compreender melhor essa questão. Afinal, sua elaboração aconteceu em um momento em que as expansões marítimas europeias estavam em seu clímax, de modo que as regiões do sul do planeta não eram consideradas “importantes”, podendo ter suas áreas distorcidas sem problemas.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE PETERS
Arno Peters, cartógrafo alemão, (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das
manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo. Por isso, Peters
combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios
derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser
retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área.
O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque
ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem
cartográfica a ideia de igualdade entre as nações.
Características:
- EQUIVALÊNCIA (mesma área)
- Conserva a relação entre as áreas da superfície real e do desenho.
- A área é mantida proporcional, porém a forma ou a fisionomia são alteradas.
Há certa polêmica em torno dessa projeção, uma vez que, além de proposições técnicas, ela também apresenta um cunho político, por ampliar as áreas dos países do sul, cuja maioria dos países é subdesenvolvida, e diminuir as áreas dos países do norte, de maioria desenvolvida.
Além disso, nesse planisfério, a África é colocada no centro do mapa, ao contrário da projeção de Mercator, em que a Europa encontrava-se no centro. Frequentemente, essa projeção é alcunhada de “terceiro-mundista”.
Controvérsias à parte, a obra de Peters foi largamente divulgada e difundida em todo mundo. A ONU e a UNESCO fizeram amplo uso de seu planisfério, a fim de sensibilizar as populações e os países desenvolvidos acerca das questões dos países subdesenvolvidos, como a fome, a violência e a exclusão social.
Observação: as polêmicas e discussões envolvendo projeções cartográficas como a de Peters e a de Mercator são a evidência de que não há uma projeção mais “correta” do que as demais. Cada uma atende a uma finalidade diferente, cabendo ao seu usuário determinar qual é a mais adequada.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE ROBINSON
A Projeção Cartográfica de Robinson é uma projeção cilíndrica afilática elaborada pelo cartógrafo e geógrafo norte-americano Arthur Robinson (1915-2004) na década de 1960.
É classificada como cilíndrica, pois a sua elaboração ocorre como se envolvesse o globo terrestre em torno de um cilindro.
Trata-se de uma das projeções cartográficas mais conhecidas em todo o mundo. Nela, os meridianos são representados em linhas curvas ou elipse, enquanto os paralelos permanecem em linhas retas.
Por esse motivo, ela é ideal para mapas que procuram representar a área da Terra como um todo e, assim, é a projeção mais utilizada em mapas e atlas, sendo muito conhecida também como o mapa-múndi da Terra.
Sabemos que todas as projeções cartográficas apresentam distorções, em razão do fato de elas serem representações da esfera terrestre realizadas em um plano. Dessa forma, diferentes elaborações foram construídas. No caso das projeções cilíndricas, essas elaborações são classificadas em dois tipos principais: as semelhantes ou conformes e as equivalentes.
As projeções semelhantes procuram representar corretamente a forma dos continentes, tendo como prejuízo a distorção de suas áreas, como no caso da Projeção de Mercator.
Por outro lado, as projeções equivalentes procuram conservar as áreas, mas com a distorção de suas formas, como no caso da Projeção de Peters.
A grande vantagem da Projeção de Robinson é de ela se encontrar em um meio termo entre esses dois tipos. Ela não preserva nem a forma e nem a correta área dos continentes. No entanto, ela consegue minimizar as distorções que ocorrem nesses dois aspectos.
PROJEÇÃO PLANA DE BUCKMINSTER FULLER
Esta projeção criada pelo estadunidense Richard Buckminster Fuller apresenta poucas distorções em sua representação da superfície terrestre e pode ser utilizada de forma bidimensional ou tridimensional na forma de um icosaedro.
Desta forma, este instrumento se torna um elemento intermediário entre um mapa e um globo terrestre podendo ser utilizado em conjunção com estes no ensino de Geografia.
Para facilitar o entendimento: é como se alguém num foguete estivesse exatamente no meio do polo norte e batesse uma foto do globo terrestre. O mesmo ser feito no polo sul.
Essa projeção cartográfica está representada no Logo da ONU - Organização das Nações Unidas.
PROJEÇÕES CÔNICAS
As projeções cônicas são principalmente para representar áreas continentais como nos exemplos abaixo:
A leitura dos mapas é muito importante para orientar a nossa localização em lugares desconhecidos.
Para realizar a leitura dos mapas é necessário saber, primeiramente, qual é a visão adotada na criação deles. O mapa é sempre um espaço da terra visto do céu, entretanto, existem duas formas disso ser feito.
Existe a visão oblíqua, que é um espaço da Terra visto do céu em forma diagonal , como se o observador estivesse em cima, mas vendo um pouco de lado. Ex.:
E existe a visão vertical, quando o espaço é visto do alto, como se o observador estivesse em linha reta. A quase totalidade dos mapas são encontrados na visão vertical. Ex.:
Para entender os mapas é preciso também conhecer as função e importância das legendas. Elas são muito úteis para nos dizer quais os significados dos símbolos que estão nos mapas. No exemplo abaixo podemos ver um mapa cuja legenda representa o número de casos da COVID-19 no Brasil, através das tonalidades das cores.
Além das legendas, existe também a orientação do mapa, que é responsável por mostrar para qual lado o mapa está apontando. O mapa pode estar na direção Norte, Sul, Leste ou Oeste. Geralmente a Rosa do Ventos é usada para tal marcação. Lembrando:
E para nos dizer o tamanho da área que o mapa está indicando, temos a escala. Ela estabelece a proporção entre o tamanho real e o tamanho da área no mapa. As escalas podem ser pequenas ou grandes.
Quanto mais baixa for a visão do observador que constrói o mapa, maior será a escala e menor será o espaço representado, ou seja, quanto mais perto estivermos da terra (imagine alguém tirando uma foto, de dentro de um avião), o mapa mostrará mais detalhes, como quadras, ruas e etc., como no exemplo abaixo:
Quanto mais alta for a visão do observador que constrói o mapa, menor será a escala e maior será o espaço representado. Em escalas pequenas, os mapas apresentam menos detalhes sobre a superfície (imagine alguém tirando uma foto a bordo de um foguete). Veja exemplo abaixo:
A importância do Paralelos e Meridianos
Existem 02 jeitos de cortar uma maçã ao meio: verticalmente ou horizontalmente
Vamos cortá-la, ou melhor, vamos apenas marcar onde vai ser o corte, tanto verticalmente, quanto horizontalmente
No "corte horizontal" temos a maçã em duas partes: a parte de cima e a parte de baixo.
Assim como vimos na maçã, existe uma linha imaginária que divide a Terra (o nosso planeta) em 02 partes: a parte de cima e a parte de baixo, a parte de cima é o hemisfério norte e a parte de baixo é o hemisfério sul.
Essa linha imaginária, se chama: LINHA DO EQUADOR
No "corte vertical" separamos a maçã também em duas partes, a parte da direita e a parte da esquerda.
Também existe uma linha imaginária que divide a Terra em duas partes: o lado leste e o lado oeste ou o lado oriental e o lado ocidental.
Essa linha é chamada de MERIDIANO DE GREENWICH.
Juntando os MERIDIANOS e os PARALELOS
É como se dividíssemos a maçã em um monte de partes na horizontal e na vertical.
São 05, os principais paralelos: Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Linha do Equador, Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico.
Quanto aos meridianos, só o MERIDIANO DE GREENWICH é nominado.
Juntando os MERIDIANOS e os PARALELOS
Mas afinal, qual é a importância do MERIDIANOS e PARALELOS?
No mapa a seguir há um navio indo a pique. Imagina o capitão do navio pedindo ajuda: Socorro, estou afundando rapidamente, aqui no oceano aberto entre a África e a América do Sul.............e agora?
Onde estará esse náufrago na imensidão azul do mar?
Veremos o mapa a seguir, cheio de Meridianos e Paralelos.
O Capitão pedindo ajuda: Socorro, estou afundando em mar aberto, entre o Paralelo X e o Meridiano Y....................................Veja abaixo: já melhorou, pois, diminuiu a área de busca.
Vejamos um novo mapa com mais PARALELOS e MERIDIANOS ainda?
Melhorou ainda mais, pois o capitão pedirá socorro indicando uma área de busca ainda menor
Agora, imagina um mapa-mundi ou o globo terrestre com milhares de paralelos e meridianos.
Conseguiu imaginar?
Parabéns, você acaba de descobrir o princípio básico de como funciona um GPS ( Global Positioning System, que em português significa “Sistema de Posicionamento Global”).