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Estrutura da Terra


A camada mais sólida do Planeta é dividida em crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno.

Crosta Terrestre ou Litosfera


A Terra é um planeta terroso. A superfície dessa massa sólida recebe o nome de crosta ou litosfera, composta por rígidos blocos denominados placas tectônicas.


A litosfera é formada por rochas e minerais. É a camada geológica mais fria da Terra e também a mais fina, com espessura estimada em pelo menos 90 quilômetros na área continental e 8 quilômetros na área dos oceanos.


As rochas que constituem a litosfera são denominadas como magmáticas, sedimentares e metamórficas. As rochas magmáticas, ou ígneas, são formadas pelo magma.


A atividade erosiva é a responsável pela formação das rochas sedimentares. E as rochas metamórficas são uma combinação das rochas magmáticas com sedimentares.


É na Crosta terrestre que se localiza toda a vida conhecida no planeta. A vida no interior da Terra é improvável, os organismos vivos não suportariam tão elevadas temperaturas.


A perfuração mais profunda já realizada foi o Poço Superprofundo de Kola, na antiga União Soviética. Em 1989, o poço atingiu a marca de 12 262 metros com temperatura no interior de 180 °C. Mesmo assim, a perfuração se manteve na camada superficial do planeta, não alcançando o Manto.


ASSISTA AO VÍDEO NESTE LINK

Manto


O Manto terrestre é a camada intermediária, fica abaixo da Crosta e acima do Núcleo. Sua espessura é cerca de 2900 km. O Manto é responsável por cerca de 85% da massa do planeta.


É comumente dividido em duas partes: 


Manto Superior, mais próximo à superfície e Manto Inferior, mais próximo ao núcleo.


Devido às altas temperaturas, o Manto Superior encontra-se em estado de magma, rocha fundida com aspecto de pasta.

 

No Manto Inferior, devido à alta pressão, as rochas encontram-se em estado sólido, ainda que com temperaturas mais altas em relação à parte superior. A temperatura nas áreas mais profundas do Manto Inferior atingem cerca de 3000 °C.


Núcleo


O Núcleo é a parte mais interna da estrutura da Terra. Também é chamado de NIFE por ser composto de Níquel e Ferro.


Assim como Manto, o Núcleo é subdividido em duas partes: Núcleo Externo (líquido) e Núcleo Interno (sólido).


Núcleo Externo


A parte exterior do Núcleo terrestre é composta de Níquel e Ferro em estado líquido e tem aproximadamente cerca de 2200 km de espessura.

A temperatura do Núcleo Externo varia entre 4000 °C e 5000 °C.


Núcleo Interno


O Núcleo interno é a parte mais profunda da estrutura interna da Terra possui um raio de 1200 km e se localiza cerca de 5500 km de profundidade em relação à superfície.


A temperatura no interior do Núcleo é próxima dos 6000 °C, temperatura muito parecida com a do Sol.


Seu interior é composto basicamente de Ferro em estado sólido, devido à pressão, 1 milhão de vezes maior que ao nível do mar.


Estudos mostram que o Núcleo Interno gira em uma velocidade superior ao movimento de rotação da Terra. Isso só é possível por estar imerso em um meio líquido.


Até o momento relatamos as camadas da terra pela composição química. Existe outra maneira de se referir a elas: pela composição física.


As camadas por comportamento físico:

*litosfera: corresponde a uma camada que se encontra entre a crosta e a parte do manto superior, possui textura sólida e se move sobre a astenosfera.

*Mesosfera: possui uma grande espessura e é bastante densa, superior às rochas superficiais.


Assista o vídeo até 08:30 min. e conheça mais sobre o interior da Terra e todas as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para retirar petróleo do Pré-Sal.


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O Tempo Geológico e o Tempo Histórico


O planeta Terra, muito provavelmente, possui cerca de 4,5 bilhões de anos. Isso significa que ele é muito, mas, muito velho mesmo. Entretanto se considerarmos a idade do universo (13 bilhões de anos), o nosso planeta não é tão “velho” assim.


É preciso deixar claro aqui que estamos falando do Tempo Geológico, quando a escala de tempo é medida nos milhões ou até bilhões de anos, dependendo da classificação das eras geológicas e seus respectivos períodos.


Já o Tempo Histórico se refere ao período da humanidade na terra, cuja escala de tempo é medida, por segundos, minutos, horas, dias e anos.  Veja o vídeo para entender melhor a diferença.


Considerando todas essas transformações sobre as quais a Terra passou, podemos ficar perplexos ao descobrirmos que os primeiros humanos em suas formas atuais surgiram apenas no período quartenário, o último deles.


Isso significa que, ao passo em que o planeta possui quatro bilhões e meio de anos, os seres humanos habitam-no há apenas alguns conjuntos de milênios.

 

Essa diferença entre uma escala de tempo geológico e a escala de tempo histórico fica difícil de imaginar. Para facilitar essa tarefa, vamos fazer uma metáfora: 


- Se todos os dias da Terra fossem escritos em um livro de 450.000 páginas, o ser humano teria aparecido pela primeira vez na página 449.600.


Assim sendo, quando falamos na geografia, que determinado relevo é antigo e outro mais recente, não quer dizer que este tenha surgido há pouco tempo em termos históricos,  e sim, há centenas de milhares de anos, o que é muito pouco, comparado com a idade da Terra. 


Por esse motivo, é muito importante sabermos a diferença entre tempo histórico e tempo geológico!


A seguir: As Eras Geológicas

ENTENDA A TABELA ACIMA NESTE VÍDEO


Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Durante todo esse período ela passou por grandes transformações, processo classificado como eras geológicas.


As diferentes eras geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.


Arqueozoica


A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.

Proterozoica


Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc.


Paleozoica


A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.


Mesozoica


A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.


Cenozoica


Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).


- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.

- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.


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Desastres Naturais


Os Desastres Naturais representam um conjunto de fenômenos que fazem parte da geodinâmica terrestre, portanto, da natureza do planeta.


Quando ocorrem, podem trazer consequências catastróficas para o ser humano e por mais que a tecnologia na área seja avançada, muitos desastres naturais são imprevisíveis.


Note que eles são fenômenos naturais e representam a mudança de ciclo na Terra, no entanto, nos tempos atuais, essas ocorrências têm aumentado de maneira significativa, o que nos leva a crer nas estatísticas e estudos sobre o meio ambiente.


Nesse sentido, muitos desastres têm ocorrido porque o planeta Terra está sofrendo cada vez mais, com o aquecimento global e o efeito estufa, o que leva ao aumento dos desastres naturais, ocasionados pelo desiquilíbrio da natureza.


Para os seres humanos, muitos danos e prejuízos são resultantes dos desastres naturais, os quais geram diversos impactos na sociedade.


Por sua vez, para a natureza, os desastres naturais auxiliam na renovação e manutenção dos ecossistemas, formação do relevo, abastecimento das fontes hídricas naturais, dentre outros.


Classificações dos desastres naturais


Os tipos de desastres naturais são:


  • Tempestades: são tempestades de chuvas, neve, granizo, areia, raios e podem ser altamente destrutivas, dependendo da quantidade precipitada (chuvas torrenciais) e da força que apresentam. Podem levar a situações catastróficas tal qual, o deslizamento de terras, de gelo, caída de árvores ou torres de energia, dentre outros.
  • Terremotos (Sismos) e Maremotos (Tsunamis): também chamados de abalos sísmicos, representam fenômenos de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, que ocorrem por meio da movimentação das placas rochosas, bem como da atividade vulcânica e dos deslocamentos de gases no interior da Terra. Os maremotos ou tsunamis são os terremotos que acontecem dentro dos mares, provocando imensas deslocações de água.


  • Furacões, Ciclones e Tufão: fenômenos intensificados pelas massas de ar, os quais, dependendo da força que atingem pode arrasar cidades inteiras.


  • Seca: Intensificada nos últimos anos com o aquecimento global, a seca tornou-se um problema enfrentado por muitos grupos pelo mundo. Dessa forma, as alterações climáticas têm demostrado que diversas foram as consequências das ações humanas durante séculos no planeta, gerando problemas como a seca e consequentemente à expansão do processo de desertificação.


A seca que castigou o semiárido brasileiro de 2012 a 2017, em especial o sertão do Nordeste, foi a pior da história já registrada no Brasil, aponta levantamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O que minimizou a seca foi a construções de mais de 1 milhão de cisternas para água potável e de cisternas de calçadão para alimentar o gado e a plantação.  VER VÍDEO

  • Erupções Vulcânicas: As erupções vulcânicas são perigosas na medida em que a lava expelida pelos vulcões é tão quente que pode destruir comunidades, vegetais e animais, dependendo do local que atuam.


  • Inundações: As inundações ou enchentes são fenômenos da natureza, intensificados pela ação humana e que vem aumentando de maneira significativa nas últimas décadas. Um exemplo é o excesso de lixo, os quais entopem os bueiros, impedindo a passagem de água. As enchentes e inundações, causadas pelo aumento de quantidade das chuvas e impedimento da evacuação, provocam desabamentos que podem levar a morte de milhares de pessoas, além de grande destruição.


Desastres naturais no Mundo


Alguns dos principais desastres naturais que marcaram o mundo na atualidade foram:


  • Sismo e Tsunami na Indonésia: em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9 devastou grande parte da costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terceiro maior maremoto do mundo, atingiu cerca de quinze países da região, resultando na morte de mais de 230 mil pessoas.


  • Furacão Katrina: em 29 de agosto de 2005, nos Estados Unidos, surge um enorme furacão de categoria 5, responsável por destruir parte da região litorânea sul do país. A velocidade dos ventos ultrapassaram 280 quilômetros por hora e resultou na morte de duas mil pessoas.
  • Terremoto do Haiti: em 12 de janeiro de 2010, Porto Príncipe, a capital do Haiti foi atingida por um terremoto de magnitude 7, levando a morte de mais de 200 mil pessoas.


Desastres naturais no Brasil


As mudanças climáticas globais atingem todo o planeta, sendo o Brasil um dos países que estão inclusos na lista, posto que ultimamente tem apresentado um grande aumento das ocorrências de desastres naturais por todo o país.


Além da seca que assola as regiões norte e nordeste do país, a intensificação das precipitações, junto aos fenômenos climáticos, por exemplo, o “El Ninõ”, têm demostrado o aumento das temperaturas do índice pluviométrico (chuvas) e tempestades, resultando em diversas catástrofes por todo o país.


De tal maneira, enquanto as regiões do norte e nordeste sofrem com a estiagem, as regiões sudeste e sul, no mesmo momento, sofrem com o aumento das chuvas, levando ao aumento dos alagamentos e desabamentos. VER VÍDEO sobre a seca.


Por fim, a maioria dos desastres no Brasil (mais de 80%) está intimamente relacionada às instabilidades atmosféricas, responsáveis pelo desenvolvimento dos desastres naturais, dos quais estão as inundações, vendavais, tornados, granizos e deslizamentos de terra.


AS QUEIMADAS


Devido a secas severas, é possível que a mata pegue fogo sozinha, o que á natural em muitos casos, mas, devido a falta de fiscalização, queimadas provocados pelo ação direta do homem, ajudam e muito na destruição da nossa fauna e flora.


Os principais biomas do país estão literalmente sendo consumidos por queimadas e incêndios generalizados sem precedentes, resultado de uma mistura explosiva de secas severas e descaso com o meio-ambiente.


O Brasil enfrenta hoje uma das piores crises ambientais de sua história, com consequências potencialmente danosas para toda a sociedade. 


No Pantanal, maior planície interior inundada do mundo, o fogo já atingiu, até o final de agosto (2020), mais de 12 % do bioma.


No Cerrado, a savana mais biodiversa do mundo, já foram registrados mais de 38 mil focos de calor até agora (agosto de 2020).


Na Amazônia, os números de queimadas e incêndios florestais registrados até o dia 14 deste mês (setembro) já superaram setembro inteiro de 2019, um crescimento de 86% para o período.


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RELEVO TERRESTRE


O relevo é a parte superficial da litosfera (camada sólida da Terra). É onde as transformações geológicas se expressam mais nitidamente, sendo também o local de habitação do ser humano e da maior parte dos animais terrestres. Em síntese, podemos definir o relevo como o conjunto de formas físicas que compõem a superfície da Terra.

A ciência que estuda as composições e variações nas formas de relevo é a Geomorfologia, que é um ramo do conhecimento que possui uma interface com duas ciências: a Geografia e a Geologia.



Tipos de relevo



Para melhor estudar e compreender as suas dinâmicas de formação e transformação, dividiu-se o relevo em alguns tipos principais, com base em suas fisionomias externas, são eles: montanhas, planaltos, planícies e depressões.



Montanhas:

São formas de relevo que apresentam elevações e altitudes superiores em comparação com regiões imediatamente vizinhas. Alguns autores afirmam que uma elevação no relevo só pode ser considerada como formação montanhosa se possuir mais de 300 metros de altitude em relação ao relevo que se encontrar ao redor.


Esse tipo de relevo geralmente é caracterizado por ser geologicamente recente, possuindo essa forma mais acidentada por ter sofrido por menos tempo a ação dos agentes modeladores da superfície terrestre.

Quando grupos de montanhas ou serras localizam-se paralelamente uns aos outros, formando uma espécie de “parede” em grandes extensões, há o que se chama de cordilheira, como a Cordilheira do Himalaia (Ásia).

Planaltos:



Os planaltos – também chamados de platôs – são definidos como áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Neles, predomina o processo de erosão, que fornece sedimentos para outras áreas.


Existem três principais tipos de planaltos: os cristalinos, formados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórficas) e compostos por restos de montanhas que se erodiram com o tempo; os basálticos, formados por rochas ígneas extrusivas (ou vulcânicas) originadas de antigas e extintas atividades vulcânicas; e os sedimentares, formados por rochas sedimentares que antes eram baixas e que sofreram o soerguimento pelos movimentos internos da crosta terrestre.



Planícies:



São áreas mais ou menos planas e que possuem uma altitude menor em relação às montanhas e aos planaltos. Caracterizam-se pela grande quantidade de sedimentos acumulados em sua superfície, geralmente trazidos pela água das chuvas, dos rios ou, no caso das planícies litorâneas, pela água dos oceanos e dos mares.


A região da Amazônia é uma das planícies mais conhecidas do mundo.

Depressão relativa:



São áreas que apresentam altitudes inferiores em relação ao relevo circundante 

ou em relação ao nível do mar (depressão absoluta). 


Depressão absoluta:



São áreas que apresentam altitudes inferiores em relação ao nível do mar (depressão absoluta).  Como a de Rift Valley, localizado no Quênia. Um tipo de depressão originado pela ação de agentes endógenos do relevo.

Em geral, depressões, costumam abranger regiões geologicamente antigas e que, portanto, sofreram bastante com ações de erosão e sedimentação das rochas e dos solos, o que se revela em sua superfície geralmente ondulada.


Mas afinal, qual é o verdadeiro formato da Terra?

ASSISTA A ESTE VÍDEO E DESCUBRA  LINK

Placas Tectônicas


Teoria das Placas Tectônicas


Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas.


A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado.


A crosta terrestre não se apresenta de maneira contínua ao longo de toda a extensão do planeta. Ela é fraturada em vários “pedaços”, conhecidos como placas tectônicas.


ASSISTA AO VÍDEO - LINK


Placas tectônicas


A crosta terrestre corresponde à camada superior da Terra, que é formada por rochas em seu estado sólido. Já as camadas inferiores – exceto o núcleo interior, que também é sólido – apresentam-se em uma textura líquida ou pastosa.


As placas tectônicas representam as diferentes partes da crosta terrestre e estão sempre em movimento, causando alterações nas formas de relevo do planeta.


A litosfera – nome dado para designar toda a porção sólida superior da Terra – é bastante fina em relação ao interior do planeta, de forma que ela foi facilmente rompida ao longo do tempo em função da pressão interna exercida pelo magma.


O movimento das placas, resultado dessa ruptura, é continuado em razão da pressão exercida pelas correntes ou células de convecção do magma terrestre.

Ao todo, existem várias placas tectônicas, conforme podemos observar no mapa acima. Em algumas definições, o número delas é maior, pois subdividem-se conceitualmente mais vezes as suas estruturas em razão de suas manifestações internas.


As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa de Nazca, Placa do Caribe, Placa dos Cocos, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártida, Placa Euro-asiática, Placa da Arábia, Placa do Irã, Placa das Filipinas e Placa Indo-australiana.


Tipos de placas


  • Oceânicas: encontram-se no assolho oceânico.
  • Continentais: situam-se sob os continentes.
  • Oceânicas e continentais: situam-se sob o continente e no assoalho oceânico


Movimentos das placas tectônicas


A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes.


Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão.


Limites das placas tectônicas


Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo.


Limite divergente


No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho.


A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia.


No movimento divergente, as placas tectônicas afastam-se umas das outras.

Limite convergente


No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.


Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas.


Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento.

Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.


No movimento convergente, as placas tectônicas aproximam-se e chocam-se umas com as outras.

Limite transformante


No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas.


Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.


No movimento transformante, as placas tectônicas deslizam umas em relação as outras.

AS PLACAS TECTÔNICAS E OS TERREMOTOS E TSUNAMIS  LINK


AS PLACAS TECTÔNICAS E O VULCÕES - ASSISTA LINK


Placas tectônicas e o  Brasil


O Brasil situa-se no centro da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura.


Essa placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico.


Por estar localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa.


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SENSORIAMENTO REMOTO: A DEMOCRATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

 


Remoto, o que lembra essa palavra? Controle remoto, não é?

Controle da TV, carrinho de controle remoto, avião de controle remoto, de pequenos drones de observação e até de grandes aviões não tripulados capazes de lançar mísseis e bombas.

Sensoreamento remoto, portanto, é feito à distância. O sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas e procedimentos tecnológicos que visa à representação e coleta de dados da superfície terrestre sem a necessidade de um contato direto. Assim sendo, toda a informação é obtida por meio de sensores e instrumentos em geral.

Pode-se dizer que o sensoriamento remoto surgiu logo após a invenção da máquina fotográfica, quando se tornou possível o registro de imagens a partir do céu. Inicialmente, utilizavam-se pombos ou balões a fim de captar imagens da superfície vistas de cima, geralmente para o reconhecimento de lugares ou produção de mapas.  

Foi durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que esse sistema começou a aperfeiçoar-se por meio da utilização de aviões então recentemente inventados. O conjunto de técnicas de registro da superfície por meio da fotografia foi chamado de aerofotogrametria, que, além do registro da imagem, consistia também no tratamento dessa e de suas adaptações para a produção de visualizações de áreas inteiras. Esse procedimento é até hoje amplamente realizado
 
                                   Aerofotogrametria de Veneza/Itália
                                         https://theurbanearth.wordpress.com/2008/12/23/cidades-vistas-do-ceu-por-yann-arthus-bertrand/
Além da aerofotogrametria, outro recurso de sensoriamento remoto bastante utilizado são os satélites artificiais. Com eles, tornou-se possível o registro de imagens em pequena escala, ou seja, de amplas áreas; ou, até mesmo, de mapas com escalas variadas e flexíveis, possibilitando o manejo para diferentes mapas de localização e temáticos.

Mas antes de falar dos satélites artificias vamos lembrar um pouco do nosso satélite natural, a lua.

A Lua é o satélite natural do planeta Terra, distanciados por aproximadamente 384.405 km.  
O seu diâmetro é de aproximadamente 3.500 km, por essa razão seu tamanho é 80 vezes inferior ao do planeta Terra. Esse corpo celeste é visto da Terra e exibe várias fases, mesmo assim expõe sempre a mesma face.  

A face da Lua iluminada apresenta uma temperatura de aproximadamente 127°C, enquanto que a face não iluminada gira em torno de – 170°C. Ela gira em torno de sim mesmo e ao mesmo tempo em torno da terra, 

A grosso modo ela não se distancia da Terra por que é atraída pelo campo gravitacional do nosso planeta, nem se aproxima da Terra por causa da velocidade com a qual ela gira em torno deste.  A mesma coisa se dá em relação da Terra  com o Sol. 
 
A velocidade que a Terra gira ao redor do Sol (translação) é cerca de 107 000 quilômetros por hora e a velocidade do movimento em torno de seu próprio eixo (rotação) é cerca de 1.700 quilômetros por hora. Mas, como não sentimos? 

Um avião de passageiro voa a 800 km/h, mas, você vai andar tranquilamente dentro dele, pois, vc está junto, voando a 800 km/h também. Só olhando pela janela, você terá noção da sua velocidade.

Para notarmos a velocidade de rotação da Terra teríamos que ter um parâmetro, e o que temos são as estrelas que estão  muito, mas muito, longe de nós. 
Recapitulando, a Lua não se afasta da Terra, por causa, da força gravitacional exercida pelo nosso planeta, entretanto ela não se aproxima por causa da velocidade que ela está girando em torno de nós. É exatamente isso que acontece com os satélites artificiais.

A ideia de um satélite artificial em vôo orbital foi sugerida por Isaac Newton, em seu livro “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, de 1687. Ele apontou que uma bala de canhão disparada do alto de uma montanha, a uma velocidade suficiente e em uma direção paralela ao horizonte percorreria a Terra antes de cair. Embora o objeto tendesse a cair em direção à superfície da Terra por causa da força gravitacional, seu impulso faria com que ele descesse ao longo de um caminho curvo. Uma velocidade maior a colocaria em uma órbita estável, como a da Lua, ou a afastaria completamente da Terra. 

Muito tempo depois descobriu-se que para essa bala de canhão dar a volta na terra indefinidamente ela teria que se lançada a uma velocidade 8.000 mts/s (8 mil metros por segundo), algo completamente impraticável. Entretanto, descobriu-se que quanto mais alto for essa trajetória menos velocidade seria necessária. Porque quanto mais alto, menor é a força gravitacional. 

Para chegar até a órbita, o satélite é lançado por meio de um foguete e sua permanência no espaço pode ser temporária ou definitiva. Algo importante a ser considerado é o local de lançamento: quanto mais próximo da linha do Equador, mais fácil e menos custoso é o lançamento, pois a velocidade de rotação da Terra é maior neste ponto, o que exige menos combustível para atingir a velocidade necessária. Alcançando a altitude desejada, o satélite é liberado.
 
Portanto, Um satélite orbita a Terra quando sua velocidade é equilibrada pela força da gravidade da Terra e sem esse equilíbrio o satélite voaria em linha reta para o espaço ou cairia de volta à Terra. 

Satélites orbitam a Terra em diferentes alturas, diferentes velocidades e caminhos diferentes. Os dois tipos mais comuns de órbita são as geoestacionárias e as polares.
GEOSTACIONÁRIO
 
Satélites geoestacionários são aqueles que completam em órbita a rotação ao redor do planeta no tempo de 24 horas. Como esse tempo corresponde ao período de rotação da Terra, um possível observador no solo perceberá o satélite como um ponto fixo no céu.
   
Geralmente, os satélites geoestacionários são utilizados na comunicação porque seu movimento acompanha o do planeta e, assim, podem oferecer esse serviço ininterruptamente. Além disso, eles possuem uma larga área de atuação, atingindo regiões distantes.

Como eles funcionam:
As órbitas geoestacionárias estão sobre a linha do Equador e correspondem a aproximadamente 6,6 vezes o raio da Terra. Sendo assim, os satélites desse tipo possuem uma órbita em torno de 36.000 km, contanto a partir da superfície da terrestre. A velocidade linear de movimento de um satélite geoestacionário deve ser de aproximadamente 11.000 km/h.

O Sistema de GPS que temos hoje em nossos celulares usam 24 radares geostacionários.  

O sistema de posicionamento global, mais conhecido pela sigla GPS (em inglês global positioning system), é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como o horário, sob quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra; desde que o receptor se encontre no campo de visão de três satélites GPS (quatro ou mais para precisão maior).
A princípio, o seu uso era exclusivamente militar, estando mais recentemente disponível para uso civil gratuito. No entanto, acredita-se que, em um contexto de guerra, sua função civil seria revogada para que o dispositivo volte a ser um artifício militar. O que comprometeria a funcionalidade do GPS para o cotidiano de pessoas comuns, pois o sistema de posicionamento global, além de ser utilizado na aviação geral e comercial e na navegação marítima, também é utilizado por diversas pessoas para deslocamento nos bairros e cidades e, principalmente, para viagens.

O Brasil tem direito a sete posições para lançamento de satélites geoestacionários, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) entretanto apenas 01 opera no espaço, é o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), lançado em maio de 2017.Esse equipamento será utilizado para dar autonomia à comunicação das Forças Armadas e servirá como parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que visa prover o acesso à internet de alta velocidade no país.
 
O SGDC possui massa de seis toneladas, aproximadamente, e orbita a uma velocidade de 10.000 km/h. Esse equipamento custou R$ 2,7 bilhões e apresenta cerca de 18 anos de vida útil. 
Os tipos de satélite que mais crescem em quantidade são os de telefonia, GPS e navegação de internet;. Existem centenas de satélites artificiais voltados para as comunicações operando no espaço e eles são parte da rede de comunicação que possibilitou a democratização das informações através de novos canais de rádio, TV e principalmente com o uso da internet. 

Os satélites são parte importante na democratização das informações, mas, isso se deu também pela evolução tecnológica dos computadores. 
Pelos cabos de transmissões intercontinentais instalados no fundo dos oceanos, redes fibras ópticas, além de inúmeras centrais de rádio de televisão, sistema de telefonia fixa e móvel (celulares) espalhadas por todo mundo. A seguir: a extraordinária rede submarina atual. 
Assim como, o da descoberta da fibra ótica.
Antes da descoberta da Fibra Ótica, as transmissões de dados (telefone, por exemplo) eram feitos por cabos de cobre. Um par de fibras óticas, cujo diâmetro pode ser comparado com o de um fio de cabelo, pode transmitir 2.5 milhões ou mais de chamadas telefônicas ao mesmo tempo. Um cabo de cobre com a mesma capacidade teria um diâmetro da ordem de 6 m. Com o uso dessa tecnologia, foi possível o aumento espetacular do número de celulares e telefones no Brasil e no mundo. 
MUNDO DIGITAL

Certamente você já ouviu algumas das seguintes expressões: “no meu tempo nem imaginávamos que isso existiria”, ou “na minha época isso era muito mais complicado”, mas certamente nenhum de nós imaginaríamos que as transformações do nosso cotidiano ocorreriam de maneiras tão distintas e de forma cada dia mais constante e rápida.

Com o advento da Internet, criada durante a guerra fria pelo engenheiro inglês Tim Bernes-Lee que desenvolveu a World Wide Web, o já conhecido “www” presente nos sites que acessamos diariamente, as mudanças e evoluções tecnológicas passaram a ser cada dia mais dinâmicas.

Chegamos ao ponto de, nos conectarmos com pessoas de todas as partes do mundo, simultaneamente, através de redes sociais, telefones fixos ou móveis, além de acessar a internet através de celulares e televisores, ou computadores cada dia menores e mais velozes e com métodos de armazenamento de informações incríveis, como cartões de memória e pen drives ou com conceitos ainda mais arrojados como o de armazenamento na “NUVEM” ou servidores remotos. 

REDES SOCIAIS

Redes sociais são facilitadores de conexões sociais entre pessoas, grupos ou organizações que compartilham dos mesmos valores ou interesses, interagindo entre si. Esse conceito foi ampliado com a Internet e a criação das mídias sociais. 
                                                                    
É nas mídias sócias, alguns exemplos acima, é que se formam as redes sociais. Como tudo na vida, ela tem o lado bom e lado ruim. 

Você tem acesso a milhares de informações, mas, será que são verdadeiras ou será que são fake news (notícias falsas)?

Você tem milhares de amigos, mas, quantos estarão ao seu lado em qualquer situação?   
                                     
Você expõe toda a sua vida, toda a sua rotina, todos os seus sentimentos, todas as tristezas e alegrias, todas as besteiras que fez, mas, será que isso não vai se voltar contra você um dia? 
 Dizem que as mídias e redes sociais tem o dom aproximar que está longe e afastar quem está perto. Cuidado para que isso não aconteça com você. 
A Democratização da informação proporcionada por novas tecnologias foi um grande avanço da humanidade, entretanto, é preciso tomar cuidado, o uso de Fake News (notícias falsas publicadas como se fossem verdadeiras) inundou o mundo virtual sendo usada para manipular os corações e mentes de todos. 

As mídias sociais usam algoritmos, para direcionar melhor os seus anúncios de propaganda. 

O que é um algoritmo? A explicação mais fácil pode ser esta: uma receita de bolo. Na receita você tem os ingredientes, como misturá-los na sequencia certa e por ai afora. 

Os desenvolvedores criam receitas para serem pesquisadas. Ex.: para mandar uma publicidade de agência de viagens, o usuário tem que registrar em suas páginas as palavras: viagens, cansado, preso, chateado, mudança, apertado, desiludido, de saco cheio, novos ares, etc. O aplicativo através de seus potentes computadores, identifica quais usuários utilizaram algumas dessas palavras e envia o anúncio da agência de viagens para eles. 

Alguns espertalhões (a Cambridge Analytica) passaram a usar esses algoritmos para saber a preferência política ou pensamentos de cada usuário através destes aplicativos sociais, e com o uso ostensivo de robôs cibernéticos, inundaram as redes, com informações, muitas delas falsas (fake news), manipulando assim, o resultado das urnas em diversos países.
Como isso é feito? Exemplo: os algoritmos sabem pelas fotos que uma pessoa curte e pelas postagens que faz, que essa pessoa adora cachorros. Pronto, é só mandar uma fake news dizendo que determinado cidadão, um dia, abandonou um cachorro numa estrada deserta ou que ele matou um elefante na África e tá feito! Essa pessoa odiará esse cidadão para sempre. 

De todo modo é preciso ficar claro que tudo o que postarmos em nossas redes sociais ficarão armazenados e muitas empresas já estão fazendo o uso delas para definir se contratam ou não um funcionário, por exemplo. Muito cuidado.....é pouco. 



1.º ANO  AULA 24   Voltar     


Sinais cartográficos


Pedimos ao João Benedito, para ele fazer uma planta baixa da sua casa (planta baixa é o nome que se dá ao desenho de uma construção vista de cima, onde mostra onde estão localizadas as paredes externas,  paredes divisórias, portas, janelas; demostrando onde são os quartos, banheiros, sala, cozinha, etc.). Ele apresentou a planta da sua casa só com as paredes externas. Ou seja, não serviu para nada. 

                                          Depois, ele mandou esta planta baixa.
                                                   Posteriormente ele mandou essa.     
                                  Clique na foto para ver melhor

Muito bem! Sabemos que a casa do João Benedito, tem 3 quartos, 02 banheiros, sala de estar, sala de jantar, cozinha e área de serviço. Mas, ela é grande ou é pequena? 

Falta uma informação fundamental nesta planta: a metragem. Quanto mede cada comôdo? 

 

Se vc fizer uma planta baixa da sua casa na escala 1 : 100 e seu quarto medir 3 mt x 3 mt, você vai representa-lo no papel com um quadrado de 3 cm por 3 cm.


Se vc fizer uma planta baixa da sua casa na escala 1 : 50 e seu quarto medir 3 mt x 3 mt,  vc vai ter que representar no papel com um quadrado de 6 cm por 6 cm. (já que para cada centímetro no papel equivale a 50 cm (1/2 metro ou 0,5 m) na medida real. 


Todas as plantas baixas geralmente tem as medidas de cada espaço, vc pode constatar isso nos panfletos de venda de apartamentos que são distribuídos. Mas, se estiverem só com a escala, por exemplo, 1: 100 você vai saber que cada sentimento representa 100 cm (01 m) da medida real. 


Tudo o que a gente viu até agora em relação a casa do João Benedito ou plantas baixas, podemos levar para os mapas. 

O que esse mapa mostra? Parece o primeiro desenho do João. Não mostra nada, só o contorno do Brasil. 
Esse já mostra a divisória dos estados
     Esse, além da divisória dos estados e siglas, mostra as regiões
         Este, já mostra o nome dos estados e sua capitais.
Esse, já mostra, os estados, as capitais, as principais cidades, os principais rios, suas fronteiras secas (países) e marítimas (Oceânico Atlântico), as coordenadas geográficas (meridianos e paralelos) e as legendas. 
Assim como na planta da casa do João, quanto mais completo for um mapa, mais informações você consegue obter.

Veja a seguir, os fatores
importantes de uma mapa:
Clique na foto para ver melhor
Título: 

O título, que por vezes vem acompanhado de um subtítulo, é o indicador do tema retratado, quando se trata de um mapa temático. Em mapas históricos, o título também costuma indicar o ano ou período do espaço representado. Para que se faça uma correta leitura de qualquer cartograma, a primeira coisa a se fazer é sempre ler o título e compreender o que ele indica.

Legenda

As legendas são os significados dos símbolos existentes nos mapas. Esses símbolos podem apresentar-se em forma de cores, ícones, hachuras, pontos, linhas e outros. Alguns desses símbolos apresentam padronizações, como o azul para representar a água; o verde, para as florestas e áreas verdes, linhas com traços para representar ferrovias; aviões para representar aeroportos, entre outros inúmeros exemplos.

Projeção cartográfica: 

Indica a técnica que foi empregada para fazer o mapa (Mercator, Peters, Bertin, etc., lembra? Estão lá na aula 3). Como sabemos, as projeções cartográficas são as diferentes formas de representar o globo terrestre (que é geoide, quase esférico) em um plano. Como essa representação apresenta distorções, se sabemos qual foi a projeção utilizada em um determinado mapa, conseguimos ter uma melhor noção sobre elas.

Orientação: 

É importante no sentido de apontar a direção do mapa, indicando-nos para que lado fica o norte e, consequentemente, os demais pontos cardeais. Ela pode apresentar-se com uma rosa dos ventos completa ou apenas com uma seta indicando o norte geográfico. A importância da orientação se dá, principalmente, em mapas que representam áreas muito restritas, quando não conseguimos perceber facilmente para que lado o mapa está apontando.
Escala: 

Indica a relação matemática entre o espaço real e a representação desse espaço no mapa. Ela, portanto, aponta a quantidade de vezes que uma área teve de ser reduzida para caber no local em que o mapa está representado. As escalas podem ser gráficas ou numéricas. A escala numérica apresenta-se em números de uma divisão, e a escala gráfica apresenta-se conforme uma representação de linhas e traços.
Escala Numérica

Ex.: Escala 1 : 25.000

O que isso quer dizer: 

- que o número 1 significa 01 cm. 

- que o número 25.000 significa a quantidade de vezes que o mapa foi diminuído 

(Lembra do desenho da sua casa que tinha que caber numa folha de A4, você teve que diminuir para poder caber no papel)

Então o que é a escala numérica 1: 25.000
01 cm no mapa físico (em papel) representa 25.000 cm na vida real

Fazendo continhas fáceis: 
100 centímetros é igual a 01 metro
1.000 centímetros é igual a 10 metros
5.000 centímetros e igual a 50 metros
10.000 centímetros é igual a 100 metros
Portanto, 25.000 centímetros é igual a 250 metros

Podemos dizer também: cada 1 cm no mapa físico representa 250 metros na medida real.

Por que tivemos que fazer essas contas para chegar a 250 metros? Por causa da outra maneira de escala representada nos mapas
 
A escala gráfica

A escala gráfica pode ser expressa de dois jeitos, como no exemplo abaixo. É muito mais fácil compreender, já que cada retângulo ou espaço entre os traços representam 01 cm e entre o começo e o fim de cada retângulo ou entre um traço e outro dá 250 metros. 
Em mapas digitais é recomendado a escala gráfica, pois ao ajustar o tamanho do mapa, a escala também será ajustada na mesma proporção.

Mas, como calcular ou transformar uma escala numérica numa escala gráfica e vice e versa? 

Há duas maneiras, usando uma equação matemática ou uma tabela facilitadora.
 
Entre para conhecer AQUI, ou pela aba MAPAS do menu, indo para o botão ESCALAS CARTOGRÁFICAS. 


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LINGUAGEM CARTOGRÁFICA - VARIÁVEIS VISUAIS



As representações cartográficas estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, desde o mapa do tempo que aparece na TV ou a maquete para orientação no shopping. 


Essas representações tem por objetivo informar seus usuários. Quem cria uma representação cartográfica deseja se comunicar, informar algo espacialmente. Portanto, a comunicação cartográfica permite que a pessoa utilize a cartografia para informar ou se expressar. Através dos traços cartografados pode-se estabelecer uma relação de comunicação entre quem os criou e quem irá ler os mesmos.


É importante ter em mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual adequada a um tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas representações guarda a visão de quem a elaborou.

 

Portanto, é preciso identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é localizar um país, o ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre. Se o objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a planta da cidade.


Uma parte importantíssima de uma mapa é a sua visualização e quanto mais fácil for a visualização, mais fácil será o seu entendimento.:

Este mapa que vimos é um MAPA POLÍTICO  - que aponta a divisão do território em países, estados, regiões e municípios. O mapa político é considerado um Mapa Humano (transformações feitas pelo homem), como outros que veremos a seguir


A seguir, podemos ver também uma escala de cores num MAPA DEMOGRÁFICO – que apresenta a distribuição da população em uma determinada região. 

O mesmo uso de cores também pode ser usado num MAPA ECONÔMICO (este em particular com ênfase em agricultura) – que indica as atividades produtivas do homem em uma determinada região.

Assim como num MAPA HISTÓRICO – que apresenta as mudanças históricas que ocorreram em uma determinada região.

Os MAPAS RODOVIÁRIOS, FERROVIÁRIOS ou HIDROVIÁRIOS – que apresentam as estradas de rodagem (carro, caminhão, etc.), as estradas de ferro (trem) e as hidrovias (barcos) de uma região também são considerados Mapas Humanos. O mapa a seguir de 2014 denominado a "Logística dos Transportes" contempla os três modais de transportes.

Portando, os   Mapas Políticos , os Mapas Demográficos , os Mapas Econômicos , os Mapas Históricos , o s Mapas Rodoviários , Ferroviários ou Hidroviários , entre outros, são mapas temáticos chamados de  Mapas Humanos , ou seja, se referem às ações do homens: como dividiram a região, onde construíram estradas, onde há mais gente e por aí afora,


Vamos conhecer agora os  Mapas Físicos .  Ou seja, mapas que retratam o que a natureza criou. 


O MAPA TOPOGRÁFICO – que estuda o relevo em níveis de altura, também incluindo os rios mais importantes do lugar.

O Mapa Climático – que indica os tipos de clima que atuam sobre uma região.

Os MAPAS BIOGEOGRÁFICOS – que aponta os tipos de vegetação que cobrem uma determinada localização.

Os MAPAS HIDROGRÁFICOS – que mostra os rios e as bacias que cortam uma região.

Os Mapas Geomorfológicos - que representam as características do relevo de uma região.

Vimos portanto, exemplos de MAPAS FÍSICOS: Mapa Topográfico, Mapa Climático, Mapa Biogeográfico, Mapa Hidrográfico, Mapa Geomorfológico .



 E o Mapa do Desmatamento é Físico ou Político? Na verdade é uma mistura dos dois, dado que são florestas que são derrubadas pelos homens. Veja a comparação abaixo.  Clique no mapa para ver melhor.

Existem também os Mapas Anamórficos : Um mapa anamórfico é um recurso utilizado pela cartografia para destacar uma informação específica de maneira gráfica. Altera-se o tamanho natural de acordo com a sua importância em determinado assunto que ser queira evidenciar, como nas imagens abaixo retiradas do site: http://profwladimir.blogspot.com/2012/02/anamorfose-brasil-estados-com-as-areas.html.

Existe outra maneira gráfica para elaborar um Mapa Anamórfico. Na repres entação abaixo, podemos constatar que que foram usadas formas geométricas para demonstrar o mapa do Brasil, baseado no tamanho do PIB de cada estado.  Clique no mapa para ver melhor.

A escolha dos símbolos que vão compor os mapas não é aleatória, ela precisa seguir um padrão mínimo para o seu estabelecimento. Desse modo, podemos classificar a simbologia dos mapas em três principais tipos de legenda, tipificados a partir de suas formas em: PONTUAL, LINEAR e ZONAL



Os SÍMBOLOS PONTUAIS costumam ser empregados quando a superfície dos objetos a serem destacados possui dimensões desprezíveis em relação à área total representada. Por exemplo: um ponto de ônibus em uma cidade inteira ou uma cidade no mapa-múndi. Eles possuem a vantagem de representar a localização exata dos pontos indicados.  

Na parte de cima é fácil identificar onde tem um telefone público, um restaurante, um aeroporto e assim por diante, os símbolos da segunda linha são usados com uma legenda para identificar no mapa o que se deseja, como por exemplo, as capitais dos estados brasileiros. 


 Os SÍMBOLOS LINEARES são aqueles utilizados para representar objetos e elementos de larga extensão, mas que não possuem uma largura relevante. Essas representações precisam necessariamente estarem de acordo com a escala do mapa para indicar corretamente a extensão dos pontos indicados. Exemplo: rodovias, ferrovias ou hidrovias como podemos ver no mapa "Logísticas dos Transportes". 

Os Símbolos Zonais são utilizados para representar áreas inteiras ao longo de um mapa, como a extensão de um campo agrícola ou o espaço urbano na área de um município. Em podem ser feitos usando cores diferentes, ou a mesma cor em vários tons ou algum tipo de legenda como demostrado abaixo.  

O mesmo símbolo pode ser usado em alguns mapas, mas, com tamanhos e larguras diferentes, como no mapa abaixo que mostra a migração no brasil entre 1980 e 1990. Quanto maior a migração, maior a largura da seta. 



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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS


Projeções cartográficas são sistemas de coordenadas geográficas, constituídos por meridianos (semicírculo imaginário traçado de um polo da Terra a outro) paralelos (linhas imaginárias paralelas à Linha do Equador), sobre os quais pode ser representada a superfície esférica da Terra.


Isso quer dizer que a superfície esférica do planeta é, portanto, planificada por meio de desenho, dando origem a um mapa. A construção desse sistema é feita mediante relações matemáticas e geométricas. As projeções cartográficas mais conhecidas são:

- Projeção cilíndrica

- Projeção azimutal ou plana

- Projeção cônica


As mais conhecidas classificações de projeção cartográfica são aquelas que utilizam as superfícies de um cone, plano ou cilindro, a fim de planificar a área esférica da Terra.

Projeção Cilíndrica: é como se um cilindro envolvesse o globo terrestre. Nesse caso, os paralelos e os meridianos são representados por linhas retas que convergem entre si. Um exemplo notório é a representação do mapa mundial tal qual o conhecemos.


Projeção Cônica: é como se um cone envolvesse parte do globo. É muito utilizada para representar regiões continentais. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos são linhas retas que convergem para os polos.


Projeção Plana: também chamada de “projeção azimutal”, trata-se de um plano tangente à esfera terrestre. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos retos irradiam-se do polo. Dependendo da representação pretendida, elas são classificadas de três maneiras: Polar, Equatorial e Oblíqua.


PROJEÇÃO CILÍNDRICA.


Projeção cilíndrica é feita sobre um cilindro tangente ao globo.


A projeção cilíndrica refere-se à representação da superfície esférica da Terra em um plano utilizando como base um cilindro que envolve todo o globo. Nessa projeção as coordenadas geográficas (paralelos e meridianos) são representadas por linhas retas que se encontram em ângulos retos.


Há nela conservação da forma, direções e ângulos, mas a proporção da superfície é distorcida. É comum escolher esse tipo de projeção para mapas-múndi. À medida que se aproxima dos polos, as deformações aumentam, sendo assim, as regiões polares são normalmente exageradas em sua apresentação.


PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE MERCATOR

Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século XIV. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
 
Importante: Foi Mercator que sugeriu a primeira técnica de cartografar o globo terrestre.


Características:

- CONFORME (mantém a mesma forma):

• Ausência de deformação angular

• A forma ou fisionomia dos elementos desenhados no mapa mantém-se igual a da

superfície terrestre, porém a área é alterada. Ex: Groenlândia.  

                                                      PROJEÇÃO DE MERCATOR

A Groenlândia, no mapa, está basicamente do mesmo tamanho da América do Sul, sendo que, na verdade, sua área é 4 vezes menor do que a do Brasil. 


Assim como toda e qualquer projeção que objetive representar em um plano a esfera terrestre, distorções ocorrem no tamanho das áreas dos continentes, de forma que elas se tornam mais evidentes à medida que nos aproximamos dos polos.


Uma crítica que a Projeção de Mercator recebe é o fato de ela possuir um caráter eurocêntrico, ou seja, coloca a Europa no centro do mapa. 


Se considerarmos o contexto histórico-geográfico no qual ela foi elaborada, podemos compreender melhor essa questão.  Afinal, sua elaboração aconteceu em um momento em que as expansões marítimas europeias estavam em seu clímax, de modo que as regiões do sul do planeta não eram consideradas “importantes”, podendo ter suas áreas distorcidas sem problemas.


PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE PETERS 

Arno Peters, cartógrafo alemão, (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das


manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo. Por isso, Peters



combateu a  imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios


derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser


retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área. 

O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque


ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem


cartográfica a ideia de igualdade entre as nações.



Características:


- EQUIVALÊNCIA (mesma área)

- Conserva a relação entre as áreas da superfície real e do desenho.

- A área é mantida proporcional, porém a forma ou a fisionomia são alteradas.

Há certa polêmica em torno dessa projeção, uma vez que, além de proposições técnicas, ela também apresenta um cunho político, por ampliar as áreas dos países do sul, cuja maioria dos países é subdesenvolvida, e diminuir as áreas dos países do norte, de maioria desenvolvida.


Além disso, nesse planisfério, a África é colocada no centro do mapa, ao contrário da projeção de Mercator, em que a Europa encontrava-se no centro. Frequentemente, essa projeção é alcunhada de “terceiro-mundista”.

 
Controvérsias à parte, a obra de Peters foi largamente divulgada e difundida em todo mundo.  A ONU e a UNESCO fizeram amplo uso de seu planisfério, a fim de sensibilizar as populações e os países desenvolvidos acerca das questões dos países subdesenvolvidos, como a fome, a violência e a exclusão social.


Observação: as polêmicas e discussões envolvendo projeções cartográficas como a de Peters e a de Mercator são a evidência de que não há uma projeção mais “correta” do que as demais. Cada uma atende a uma finalidade diferente, cabendo ao seu usuário determinar qual é a mais adequada.


PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE ROBINSON


A Projeção Cartográfica de Robinson é uma projeção cilíndrica afilática elaborada pelo cartógrafo e geógrafo norte-americano Arthur Robinson (1915-2004) na década de 1960.


É classificada como cilíndrica, pois a sua elaboração ocorre como se envolvesse o globo terrestre em torno de um cilindro.


Trata-se de uma das projeções cartográficas mais conhecidas em todo o mundo. Nela, os meridianos são representados em linhas curvas ou elipse, enquanto os paralelos permanecem em linhas retas.


Por esse motivo, ela é ideal para mapas que procuram representar a área da Terra como um todo e, assim, é a projeção mais utilizada em mapas e atlas, sendo muito conhecida também como o mapa-múndi da Terra.

Sabemos que todas as projeções cartográficas apresentam distorções, em razão do fato de elas serem representações da esfera terrestre realizadas em um plano. Dessa forma, diferentes elaborações foram construídas. No caso das projeções cilíndricas, essas elaborações são classificadas em dois tipos principais: as semelhantes ou conformes e as equivalentes.


As projeções semelhantes procuram representar corretamente a forma dos continentes, tendo como prejuízo a distorção de suas áreas, como no caso da Projeção de Mercator.


Por outro lado, as projeções equivalentes procuram conservar as áreas, mas com a distorção de suas formas, como no caso da Projeção de Peters.


A grande vantagem da Projeção de Robinson é de ela se encontrar em um meio termo entre esses dois tipos. Ela não preserva nem a forma e nem a correta área dos continentes. No entanto, ela consegue minimizar as distorções que ocorrem nesses dois aspectos.


PROJEÇÃO PLANA DE BUCKMINSTER FULLER


Esta projeção criada pelo estadunidense Richard Buckminster Fuller apresenta poucas distorções em sua representação da superfície terrestre e pode ser utilizada de forma bidimensional ou tridimensional na forma de um icosaedro.


Desta forma, este instrumento se torna um elemento intermediário entre um mapa e um globo terrestre podendo ser utilizado em conjunção com estes no ensino de Geografia.


Para facilitar o entendimento: é como se alguém num foguete estivesse exatamente no meio do polo norte e batesse uma foto do globo terrestre. O mesmo ser feito no polo sul. 

Essa projeção cartográfica está representada no Logo da ONU - Organização das Nações Unidas.

PROJEÇÕES CÔNICAS


As projeções cônicas são principalmente para representar áreas continentais como nos exemplos abaixo:


1.º ANO        AULA 27           Voltar      Atividade

               

 

A LEITURA DOS MAPAS           

A leitura dos mapas é muito importante para orientar a nossa localização em lugares desconhecidos.


Para realizar a leitura dos mapas é necessário saber, primeiramente, qual é a visão adotada na criação deles. O mapa é sempre um espaço da terra visto do céu, entretanto, existem duas formas disso ser feito.


Existe a visão oblíqua, que é um espaço da Terra visto do céu em forma diagonal , como se o observador estivesse em cima, mas vendo um pouco de lado. Ex.:

E existe a visão vertical, quando o espaço é visto do alto, como se o observador estivesse em linha reta. A quase totalidade dos mapas são encontrados na visão vertical. Ex.: 

Para entender os mapas é preciso também conhecer as função e importância das legendas. Elas são muito úteis para nos dizer quais os significados dos símbolos que estão nos mapas. No exemplo abaixo podemos ver um mapa cuja legenda representa o número de casos da COVID-19 no Brasil, através das tonalidades das cores.  

Além das legendas, existe também a orientação do mapa, que é responsável por mostrar para qual lado o mapa está apontando. O mapa pode estar na direção Norte, Sul, Leste ou Oeste. Geralmente a Rosa do Ventos é usada para tal marcação. Lembrando: 

E para nos dizer o tamanho da área que o mapa está indicando, temos a escala. Ela estabelece a proporção entre o tamanho real e o tamanho da área no mapa. As escalas podem ser pequenas ou grandes.



Quanto mais baixa for a visão do observador que constrói o mapa, maior será a escala e menor será o espaço representado, ou seja, quanto mais perto estivermos da terra (imagine alguém tirando uma foto, de dentro de um avião), o mapa mostrará mais detalhes, como quadras, ruas e etc., como no exemplo abaixo:

Quanto mais alta for a visão do observador que constrói o mapa, menor será a escala e maior será o espaço representado. Em escalas pequenas, os mapas apresentam menos detalhes sobre a superfície (imagine alguém tirando uma foto a bordo de um foguete). Veja exemplo abaixo:


A importância do Paralelos e Meridianos         


Existem 02 jeitos de cortar uma maçã ao meio: verticalmente ou horizontalmente

Vamos cortá-la, ou melhor, vamos apenas marcar onde vai ser o corte, tanto verticalmente, quanto horizontalmente

No "corte horizontal" temos a maçã  em duas partes: a parte de cima e a parte de baixo. 


Assim como vimos na maçã, existe uma linha imaginária que divide a Terra (o nosso planeta) em 02 partes: a parte de cima e a parte de baixo, a parte de cima é o hemisfério norte e a parte de baixo é o hemisfério sul. 

Essa linha imaginária, se chama:    LINHA DO EQUADOR

No "corte vertical" separamos a maçã também em duas partes, a parte da direita e a parte da esquerda.


Também existe uma linha imaginária que divide a Terra em duas partes: o lado leste e o lado oeste ou o lado oriental e o lado ocidental. 


Essa linha é chamada de MERIDIANO DE GREENWICH.

MERIDIANO DE GREENWICH - CONHEÇA MAIS - ENTRE

Juntando os MERIDIANOS e os PARALELOS

É como se dividíssemos a maçã em um monte de partes na horizontal e na vertical.

 

São 05, os principais paralelos: Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Linha do Equador, Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico. 

Quanto aos meridianos, só o MERIDIANO DE GREENWICH é nominado.

MERIDIANO DE GREENWICH - CONHEÇA MAIS - ENTRE

Juntando os MERIDIANOS e os PARALELOS

Mas afinal, qual é a importância do MERIDIANOS e PARALELOS? 


No mapa a seguir há um navio indo a pique. Imagina o capitão do navio pedindo ajuda: Socorro, estou afundando rapidamente, aqui no oceano aberto entre a África e a América do Sul.............e agora?


Onde estará esse náufrago na imensidão azul do mar?

Veremos o mapa a seguir, cheio de Meridianos e Paralelos.


O Capitão pedindo ajuda: Socorro, estou afundando em mar aberto, entre o Paralelo X e o Meridiano Y....................................Veja abaixo: já melhorou, pois, diminuiu a área de busca. 

Vejamos um novo mapa com mais PARALELOS e MERIDIANOS ainda? 

Melhorou ainda mais, pois o capitão pedirá socorro indicando uma área de busca ainda menor


Agora, imagina um mapa-mundi ou o globo terrestre com milhares de paralelos e meridianos.


Conseguiu imaginar?


Parabéns, você acaba de descobrir o princípio básico de como funciona um GPS ( Global Positioning System, que em português significa “Sistema de Posicionamento Global”).

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